Sem pousos ou decolagens da Latam até 1º de maio no Aeroporto Regional Humberto Ghizzo Bortoluzzi, em Jaguaruna. O anúncio foi feito pela companhia aérea, ontem, e reforçou que a suspensão do Serviço de Prevenção, Salvamento e Combate a Incêndio é o motivo para tal decisão. Os voos estão cancelados e as vendas, suspensas.
A informação da Latam é que as operações serão normalizadas “somente quando contar com condições seguras de operação nos referidos aeroportos, com a atuação adequada da brigada de incêndio. A segurança é um valor imprescindível para a Latam e todas as suas decisões visam garantir uma operação segura”, traz a nota publicada no site da empresa. Além do Aeroporto de Jaguaruna, a operação está suspensa em Bauru, em São Paulo, pelo mesmo motivo.
Os passageiros que já possuíam passagens podem efetuar a remarcação ou reembolso integral de seus bilhetes sem custo adicional, afirma a companhia aérea.
Resposta até dia 26 de abril
Com a posição da Latam bem definida, algumas medidas estão sendo buscadas para solucionar o impasse. Ontem, a RDL, empresa responsável pela gestão do Regional Sul, esteve reunida com representantes da companhia aérea. “Estamos construindo um acordo onde manteríamos um mínimo efetivo com equipamentos e os cursos em dia dentro de um período de 60 dias até que conseguíssemos restabelecer por completo a operação sendo homologada pela Anac. Até o dia 26 a Latam pediu para analisar a proposta através do jurídico e irá nos procurar”, afirma o diretor da RDL, André Constanzo.
Já o secretário de Estado de Infraestrutura, Carlos Hassler, reforçou a tese de que, pelo número de passageiros que movimenta por ano, o Aeroporto Humberto Ghizzo Bortoluzzi, não estaria na obrigação de manter a brigada de incêndio. “Essa Notam (notificação da Agência Nacional de Aviação Civil) nos pegou de surpresa. Estão notificando por algo que temos a mais, que nem precisávamos ter e estamos tentando reverter a situação com a Anac”, aponta Hassler.
Porém, o secretário também se compromete a manter a brigada de incêndio no local. “Conversamos com o governador (Carlos Moisés) e ele entende que precisamos melhorar a estrutura para atingir o padrão, mesmo não precisando não ter”, ratificou o secretário.
A Anac informa que realizou inspeção no Aeroporto de Jaguaruna no período de 8 a 10 de abril deste ano. Na ocasião, foi constatado que o Serviço de Prevenção, Salvamento e Combate a Incêndios operava em condições inadequadas para a CAT 5, sendo adotada medida restritiva de indisponibilidade, acarretando a publicação de Notam. Mas também confirma que o aeroporto pertence à classe 1, que é isenta da provisão. Justamente o que o Governo do Estado tenta viabilizar.
Porém, a Anac também informa que a Latam tem a liberdade de optar por operar ou não nesses casos.