A informação dada em primeira mão ontem pelo blog e pela Som Maior sobre a decisão de Lucas Dalló de se colocar como candidato a prefeito provocou intensa movimentação nos bastidores.
Primeiro, porque não estava previsto. Lucas tinha candidatura encaminhada para vereador.
Depois, porque o espaço político por onde ele deve se movimentar já está ocupado.
Embora filiado ao PODEMOS, Lucas é bolsonarista, e faz parte do governo federal (ocupa cargo na secretaria nacional da Juventude). Os seus aliados, em principio, são ligados (ou muito próximos) dos deputados Jessé Lopes e Daniel Freitas. Mas, é aí que já está Julia Zanata, candidata a prefeita já em campanha. Ela é filiada ao PL, amiga pessoal da família Bolsonaro, com o apoio anunciado do deputado Eduardo Bolsonaro, filho do Presidente.
Lucas e Julia mantidos como candidatos tendem dividir o mesmo eleitorado.
O deputado Jessé, com quem conversei hoje, partilha da mesma leitura:
"O Lucas é um cara bacana, bem articulado e de direita. Mas, Julia e Lucas devem dividir votos".
Perguntado com quem ficará, respondeu:
"Não tenho como negar um pedido de apoio do Eduardo Bolsonaro".
Depois, acrescentou:
"Quem sabe, não rola uma chapa dos dois. Poderiam entrar num acordo".
Um aliado próximo do deputado Daniel disse que Julia não teria reagido bem quando lhe foi apresentada a proposta de uma chapa com Lucas.
De qualquer forma, é um fato novo que já está provocando discussões e avaliações no ambiente bolsonarista de Criciúma.
Candidato do PSL
Jeferson Monteiro, vice-presidente do PSL de Criciúma e integrante da executiva estadual do PSL, descartou a possibilidade de o partido apoiar a candidatura a prefeito do deputado Rodrigo Minotto, PDT.
O PSL ficou sem candidato a prefeito depois que Julio Kaminski saiu do partido na semana passada.
Ao atender o blog agora a pouco, Jeferson disse o seguinte:
"O que está decidido dentro do partido é que a candidatura do PSL a prefeito vai brotar de uma construção de base, dos filiados e dos pré-candidatos a vereador. É isso que vai ser. Não tem nenhum alinhamento com outro partido. Vamos esquecer por hora qualquer possibilidade de apoio ao Rodrigo Minotto. O PSL estará na eleição com candidato a prefeito".
Mesmo assim, o deputado Minotto assegurou também hoje pela manhã que vai procurar o PSL em busca de apoio.
MDB-DEM
O movimento mais consistente das últimas horas para eleição em Criciúma, também detalhado em primeira mão pelo blog e pela Som Maior, foi feito por MDB e DEM, na reunião de ontem, em Florianópolis.
Decidiram encaminhar aliança em Criciúma para disputar a prefeitura.
A chapa deve ter Anibal Dário/MDB- prefeito e Lisi Tuon/DEM - vice.
Os dois, e as executivas municipais dos partidos, devem agora se reunir em Criciúma para definir os próximos passos.
Na reunião de ontem, na Capital, estavam o presidente estadual do DEM, João Paulo Keinübing, e o deputado Luiz Fernando Vampiro, MDB.
Alem deles, a presidente do DEM em Criciúma, professora Lisiani Tuon, e o vice-presidente da executiva municipal, Alexandre Costa.
A idéia de Anibal e Lisi é dar para a chapa a marca de uma "via alternativa", evitando o confronto direto com o prefeito Salvaro e outros concorrentes.
MDB e DEM agora passam a buscar outros partidos aliados. PDT e PSL devem ser procurados.
Um aliado que a aliança já contabiliza é o vereador Julio Kamisnki, ex-PSL, hoje sem partido.
Ele já estava alinhado com o DEM e se reuniu ontem, em Florianópolis, com o ex-governador Eduardo Moreira, quando comunicou intenção de estar junto no projeto em torno da chapa Anibal-Lisi.
Em Urussanga
Por meio de nota da assessoria de imprensa, o PSD de Urussanga comunicou ontem, início da noite, que o seu candidato a prefeito será o vereador Jair Nandi.