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* as opiniões expressas neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do 4oito
Por Adelor Lessa 05/06/2018 - 14:08 Atualizado em 05/06/2018 - 14:10

A operadora Agemed está sob intervenção da Agência Nacional de Saúde. Ato já está publicado no Diário Oficial.

Alegação básica - problemas financeiros.

Informação foi dada no início da tarde pelo jornalista Moacir Pereira em seu blog no portal NSC Total:  

"A Agência Nacional de Saúde - ANS - publicou Resolução no Diário Oficial da União decretando Regime de Direção Fiscal na operadora Agemed.

A decisão foi tomada em reunião da Diretoria Colegiada de 25 de maio. Na prática, a ANS está intervindo na operadora de saúde catarinense sob alegação de problemas financeiros.

A Resolução Ro-2.303, de 4 de junho, cita anormalidades econômicas e financeiras graves”.

Por Adelor Lessa 05/06/2018 - 08:21 Atualizado em 05/06/2018 - 10:10

O PSD de Criciúma fará convenção municipal na segunda-feira, dia 11 de junho, no plenário da câmara de vereadores, quando elegerá o vice-prefeito Ricardo Fabris como presidente da executiva.

O partido vinha operando com comissão provisória em Criciúma faz mais de uma década. O atual presidente é Lourival Pizzolo.

A realização da convenção segue orientação da direção nacional do partido.

Mas, a articulação para eleição de Fabris tem as digitais do ex-deputado Julio Garcia e do deputado Ricardo Guidi, e a participação de Pizolo. 

Fabris se filiou no PSD no dia 24 de março, por convite de Julio Garcia.

No partido, ele está envolvido com "duas missões” - coordenar um plano de novas filiações e participar da coordenação das campanhas de Julio Garcia a deputado estadual e Ricardo Guidi a federal.

No dia 7 de julho, será realizado um evento para registro de algo em torno de 1 mil novas filiações.

Fabris teve duas experiência eleitorais. Foi o segundo vereador mais votado de Criciúma em 2012 e eleito vice-prefeito na chapa de Clesio Salvaro em 2016.

No comando do PSD, ele ficará mais fortalecido politicamente e poderá ser lançado candidato a prefeito em 2020.


Gotuzzo no PSD

O ex-secretário da fazenda de Criciúma, Robson Gotuzzo, vai se filiar no PSD.

Ele foi convidado pelo vice-prefeito Ricardo Fabris faz 30 dias e ontem respondeu que vai ingressar na militância política pelo partido.

Gotuzzo é funcionário carreira da fazenda estadual, técnico altamente qualificado, e foi secretário da fazenda do governo de Salvaro até fevereiro.


Amin não vai

O deputado federal Esperidião Amin, PP, anunciou ontem na rádio Som Maior FM que não vai no lançamento da candidatura do deputado Gelson Merisio, PSD, ao governo do estado, no sábado, dia 9, em Chapeçó.

O argumento usado por Amin é pessoal e familiar - no mesmo dia será o batizado da sua primeira neta, Catarina.


Curto circuito

No últimos dias, houve um certo "curto circuito" na relação de Merisio com o PP, especialmente com Amin, depois que o empresário Ninfo König, PSB, de Joinville, revelou ter sido convidado por Merisio para compor de vice na sua chapa e que aceitou.

Como registrou a coluna de sábado, Merisio havia contado do convite que fez a Ninfo na festa de aniversário do empresário Guto Fretta, em Criciúma, no dia no dia 12 de maio.


Também é candidato

Amin já estava contrariado com a decisão de Merisio de não convidar Paulo Bauer, PSDB, para o lançamento de sua candidatura.

Ficou mais um pouco, com a operação para fazer Ninfo o candidato a vice e o colocando na chapa da eventual aliança PSD-PP como candidato ao senado.

Amin disse ontem na Som Maior - “eu não sou pré candidato ao senado, eu sou pré candidato ao governo, e estou muito bem nas pesquisas, por sinal”.

Por fim, arrematou - “o que tem animado nosso time para a eleição é a constatação que mudança mesmo somos nós".


Apaga tudo

Gelson Merisio disse ontem ao jornalista e colunista Upiara Boschi, do Diário Catarinense e portal NSC Total, que fez apenas uma sondagem a Ninfo König se ele aceitaria ser vice, caso a vaga na chapa coubesse ao PSB. 

Disse ainda, segundo Upiara, que a primazia de escolher se quer a vaga de vice ou a candidatura ao Senado pertence, ainda, ao PP de Esperidião Amin. “Mas, só uma das duas vagas, as duas não dá”, acrescentou.


O vice

O empresário Ninfo König, vereador em Joinville, PSB, afirmou ontem na rádio Som Maior FM que foi efetivamente convidado por Gelson Merisio para ser o vice na sua chapa para disputar o governo e aceitou. 

Acrescentou que a confirmação da chapa dependia das conversas que ainda terão que ser feitas pelos partidos até as convenções, no início de agosto.


Certificados

O deputado estadual Valmir Comin, PP, entregou ontem para a reitora da Unesc, Luciane Cereta, e o presciente do DCE, Alexandre Bristot, documentos aprovados na Assembleia Legislativa com referência aos 50 anos de fundação da universidade.


Na rede

O PSL, partido de Bolsonaro, deflagrou no fim de semana uma ação nas redes sociais com veiculação depois vídeos. Até ontem, foi registrado o engajamento de mais de 100 mil pessoas.

Assim como o presidenciável Jair Bolsonaro, o presidente estadual do PSL e candidato ao senado, Lucas Esmeraldino, definiu a atuação no meio digital como principal estratégia eleitoral.

Por Adelor Lessa 04/06/2018 - 16:29 Atualizado em 04/06/2018 - 16:34

O empresário Ninfo König, de Jonville, vereador pelo PSB, confirmou hoje durante entrevista para a rádio Som Maior FM, de Criciúma, que foi convidado pelo deputado Gelson Merisio, candidato do PSD a governador, para ser o seu vice na chapa. E disse ainda que aceitou.

Mas, acrescentou - "a confirmação de tudo isso depende das conversas que ainda precisam ser feitas entre partidos e politicos". Lembrou que as convenções só serão realizadadas em julho ou inicio de agosto.

Por Adelor Lessa 04/06/2018 - 16:14 Atualizado em 04/06/2018 - 16:22

O deputado federal Esperidião Amin, PP, não vai no evento de lançamento da candidatura do deputado Gelson Merisio, PSD, ao governo do estado.

O evento será realizado no sábado, dia 9, em Chapecó. A expectativa de Merísio é reunir em torno de 15 mil pessoas.   

Amin apresenta um argumento familiar para não ir à Chapecó. No mesmo dia será feito o batizado de sua primeita neta, Catarina.

Ele disse que iria no dia 26 de maio, primeira data marcada para o evento.

No últimos dias, houve um certo "curto circuito" na relação de Merisio com o PP, especialmete com Amin, depois que o empresário Ninfo König, PSB, de Joinville, revelou ter sido convidado por Merisio para compor de vice na sua chapa e que aceitou.

Nesta chapa proposta, Amin seria "mapeado" como candidato ao senado, representando o PP.

Esperidião disse hoje na radio Som Maior FM que  é pré-candidato a governador e não ao senado.

Ele não disse textualmente, mas deu a entender que não gostou de o PP ficar com apenas uma vaga na chapa especulada.     

Por Adelor Lessa 04/06/2018 - 06:00 Atualizado em 04/06/2018 - 11:11

Depois da greve dos caminhoneiros, as atenções se voltam para as articulações políticas e negociações de alianças para eleição de outubro. Pelo menos até o dia 14, quando começa a Copa do Mundo, e pára tudo, porque muda o foco de novo.

Na região, voltam especulações sobre a possibilidade de o deputado federal Jorge Boeira, PP, ser “escalado" para eleição majoritária. Pode ser vice de Paulo Bauer, numa aliança PP-PSDB. Ou de Gelson Merisio, no caso de confirmar a aliança PP-PSD.

Isso é desdobramento do novo “curto circuito” na relação PP-PSD.

O PP, pela voz de seu principal quadro, deputado Esperidião Amin, reagiu à chapa montada por Gelson Merisio, PSD, onde o PP teria apenas uma vaga. Que seria do próprio Amin ao senado.

O vice de Merisio, já convidado por ele e que aceitou, é Ninfo Köenig, PSB, empresário e vereador em Joinville.

Foi registrado nessa coluna, edição de sábado, que a operação de Merisio empurrou o PP para possibilidade de aliança com o PSDB. E isso rendeu no fim de semana.

Na eventual composição PP-PSDB, o candidato a governador seria Amin ou Paulo Bauer, PSDB.

Jorge Boeira pode ser o vice no caso de Bauer ser o candidato a governador.

Mas, se Amin for o candidato a governador, o vice pode ser Napoleão Bernardes, PSDB, ou João Paulo Kleinubing, DEM, dois ex-prefeitos de Blumenau.

Sem duvida, numa ou na outra composição, seria uma chapa forte, com reconhecida densidade eleitoral.

Merisio terá praticamente cinco dias para refazer a sintonia com o PP, porque realizará no sábado, em Chapecó, o lançamento de sua candidatura ao governo, com a projeção de reunir em torno de 15 mil pessoas.

A presença se Esperidião Amin e o comando são fundamentais para ele, e o seu projeto.

Sem o PP, e sem PSDB (que ele já dispensou), Merisio ficará apenas com PP, PSB e um grupo de pequenos partidos.

A saída deve ser desconvidar o empresário Ninfo König.


O tamanho do furo

Depois de uma bem sucedida gestão da crise, reconhecida pelo Ministério Púbico Federal como a melhor entre todos os estados, o governador Eduardo Moreira, MDB, se volta para a política.

Nos bastidores, vai continuar “investindo" na aliança com o PSDB para respaldar sua candidatura a reeleição.

No governo, deve fazer a apresentação dos números dos primeiros 100 dias do seu período de governo, que seria na semana passada.

Destaque para o volume de empenhos de 2017, mais de r$ 420 milhões, e o deficit projetado para 2018, em r$ 1,5 bilhão.


Não confirma preço

No fim de semana, em Criciúma, alguns dos postos que receberam diesel, pagaram desconto de no máximo r$ 0,41 (41 centavos). Mas, repassaram ao consumidor com desconto de r$ 0,46 (46 centavos), por causa das milhas e sanções fixaras pelo governo federal, que incluem até cassação da licença. Só que a conta não fecha.

Para tratar disso, o presidente estadual do sindicato dos postos de combustíveis, Luiz Antonio Amin, de Joinville, estará em Criciúma hoje, para reunião com o prefeito Clesio Salvaro, às 16h.

A reunião foi articulada pelo coordenador do Procon, Gustavo Colle. Também participarão os representantes de postos de combustíveis da região.


Gasolina

A greve dos caminhoneiros conseguiu baixar o preço do diesel, mas a gasolina subiu. Em todos os postos. E nas distribuidoras.


Falta carne

Num supermercado da área central de Criciúma, ontem, fim da tarde, setor de carnes estava vazio.

Informação do funcionário é que só vai ter reposição amanha.


Saindo

Os vizinhos do centro cultural Jorge Zanatta, que registaram angustiados o abandono, a queda e a destruição do prédio pelo incêndio, agora acompanham a reforma.

Um deles faz fotos praticamente todos os dias das obras.

A previsão do Paço é que a reforma seja inaugurada em outubro.

O que ainda não está definido é como ocupado e quem vai fazer a gestão do prédio. Uma alternativa seria firmar parcerias com a iniciativa provada para garantia de continuidade de projetos culturais.


Em recuperação

Faz 90 dias, um menor com dezenas de passagens de policia, conhecido como Mateuzinho, aterrorizava a região do Pinheirinho. Normalmente “atacava" nas sinaleiras. Era dependente químico e “morava" na rua.

O comerciante Reginaldo Fernandes, que dava apoio à ele, como comida, roupas, o convenceu a deixar o conselho tutelar levá-lo para internação em Joinville. Onde está em franca recuperação. Parece outra pessoa.


Compromisso na eleição

Depois de tudo o que aconteceu no país, e no estado, o cidadão/eleitor vai para a eleição de outubro para decidir se fará a mudança de verdade ou se participará de mais um jogo de cena. 

Vai deixar prevalecer a sua indignação com tudo o que viu e ouviu, ou vai guardar a indignação na gaveta, para retirar depois da eleição. 

Por exemplo - um levantamento do jornal O Estado de São Paulo mostrou que 91% dos deputados federais alvo que são alvo em inquéritos e ações penais na Operação Lava jato vão disputar reeleição. Quantos vão ser “consagrados" pelas urnas?”

Outros que vão para as urnas, serão substituídos por filhos ou esposas. Um deles, o ex-deputado Eduardo Cunha, preso em Curitiba, terá sua filha como candidata a deputada federal pelo Rio de Janeiro. E a projeção é que seja uma das mais votadas!

A a mudança? Na urna, e no voto, o juiz Moro não vai fazer pelos outros!

Por Adelor Lessa 02/06/2018 - 09:11 Atualizado em 02/06/2018 - 09:12

Na festa de aniversário do empresário Guto Fretta, no dia 12 de maio, em Criciúma, o deputado Gelson Merisio, candidato do PSD a governador, afirmou que o seu vice ja está definido. Será o empresário Ninfo König, que é vereador em Joinville, filiado ao PSB.

No feriado de quinta-feira, em Joinville, o empresário Ninfo König confirmou durante entrevista ao jornalista Claudio Loetz, do NSC, que foi convidado e aceitou ser o vice de Merisio.

Então, chapa fechada. Merisio e Ninfo), e e mais Raimundo Colombo, PSD, e Esperidião Amin, PP, ao senado. 

Se Esperidião não se interessar pela disputa ao senado, o PP indicaria outro nome.

Tudo isso ainda precisa passar pelos partidos e as convenções. Para confirmação de alianças e chapas.

Mas, a primeira leitura que pode ser feita é que o PSDB está efetivamente fora dos planos de Merisio.

A aliança projetada é PSD-PP e PSB.  

Outra leitura é que o PP terá apenas uma vaga na chapa, e para candidatura ao senado. Não terá candidato a vice.

Merisio tem grande ascendência sobre o grupo que comanda o PP. Em principio, pode ter facilidade em convencê-los que a chapa que idealizou é a melhor alternativa. Pelo perfil de Ninfo e a sua região.

Mas, o PP espera estar no comando do governo a partir de 2019. Mais do que voltar a ter um senador.

De outro lado, a exclusão do PSDB não agrada Esperidião, que vem tratando de aliança com os tucanos desde 2016. Especialmente com o senador Paulo Bauer. E preferencialmente para uma dobradinha com os dois na disputa majoritária.

Ademais, fatos recentes fragilizaram a candidatura de Bauer ao governo, enquanto as pesquisas mostram que Amin lidera com larga folga a preferencia do eleitoral entre os candidatos a governador.

Esperidião não é o candidato da cúpula do partido ao governo, mas se ele decidir encaminhar o seu nome à convenção como candidato a governador, será aprovado por aclamação.

Por tudo isso, começam a ser feitos movimentos no PSDB e no PP para uma aliança entre os dois partidos, sem o PSD, com Amin candidato ao governo e Paulo Bauer ao senado. O vice seria Napoleão Bernardes, PSDB, ou João Paulo Kleinubing, DEM, dois ex-prefeitos de Blumenau.

Políticos de peso estão matriculados nesta articulação.

 

Nomes e marcas

Neste sábado, 9h30, apresento segundo programa Nomes de Marcas, na radio Som Maior.

O entrevistado desta semana é o empresário José Locks, presidente do grupo Setep.

O programa reprisa no domingo, 12h.

Locks começou na vida como servente de pedreiro, se firmou como o empresário mais importante do estado no setor.

 

Os números

O governo do estado projeta queda na arrecadação estadual em maio de r$ 130 milhões, por causa da greve dos caminhoneiros.

A Fiesc ainda não a conta fechada, mas já anunciou que 70% das industrias foram total ou parcialmente afetadas e o prejuízo do setor passa de r$ 1,7 bilhão. 

Já falam em 30 mil demissões para compensar perdas.

 

O desastre

O governador Eduardo Moreira afirmou na reunião com Fiesc e outras entidades do setor produtivo que o estrago na economia é equivalente a um desastre natural. E emendou: “a saída deve ser a mesma usada depois dos desastres, que é a união; é assim que se resolve”.

Como estratégia pela recuperação, o governo vai lançar na próxima semana a campanha “Compre SC”. Para tentar induzir o cidadão a dar preferência pela compra de produtos do estado, que vai fazer tirar a roda da economia.

 

A confirmação

Escrevi na coluna da edição passada que Eduardo Moreira teve desempenho elogiável na condução da ações no período de crise e que estado conseguiu fazer do limão a limonada.

Nesta sexta-feira, o chefe do Ministério Público Federal no estado, o procurador Darlan Dias, disse que Santa Catarina fez o melhor trabalho do país na gestão da crise e que o reconhecimento é da procuradora Raquel Dodge, chefe do Ministério Público Federal no país.

A propósito - Darlan foi procurador da republica em Criciúma por mais de uma década, onde fez um trabalho histórico pela recuperação ambiental.

 

Renúncia fiscal

Trecho de e-mail do deputado federal Esperidião Amin, PP:

“Um dos bons produtos da greve dos caminhoneiros é a discussão sobre os volumes astronômicos de renúncias de receitas. Somente no Orçamento da União de 2018, esse montante chega a r$ 287 bilhões! O déficit da previdência deste ano é de r$ 160 bilhões! O montante de renúncia fiscal de Santa Catarina em 2018 é de r$ 6 bilhões.

Em 1991, apresentei projeto de lei exigindo que tais benefícios fossem avaliados anualmente pelo IPEA e pelo Tribunal de Contas. Foi aprovado pelo Senado e barrado na Comissão de Finanças da Câmara dos Deputados.

Agora, apresentamos projetos semelhantes (o deputado Jorge Boeira também apresentou), que tramitam apensados, e já temos parecer favorável na comissão de finanças da Câmara”.

 

Fake news

Uma das marcas negativas da greve dos caminhoneiros foi a proliferação de fakes.

Impressionante o volume, os absurdos que são passados, e o quanto as pessoas se deixam levar, acreditam em tudo, e passam adiante.

Na sexta-feira correu no wtahsap que a greve dos caminhoneiros recomeçaria no domino e seria mais forte. Foi a principal causa para as filas nos postos de gasolina.

Imaginem como será na campanha eleitoral! Estejam “vacinados”!

 

Por Adelor Lessa 01/06/2018 - 05:54 Atualizado em 01/06/2018 - 09:08

O movimento acabou em Santa Catarina na quarta-feira, quando a volta à normalidade foi assegurada. Ontem, foi o desdobramento. Cumprimento de providências.

Mas, tivemos momentos delicados durante a semana, conseqüência do que acontecia no pais. Na segunda-feira, foi real o risco de derivar para a inconstitucionalidade.

O governador Eduardo Moreira teve postura elogiável no episódio.

Conversou quando era preciso, porque tratava-se de um movimento justo, legitimo, procedente, carregado de causas e razões.

Mas, soube endurecer e elevar o tom quando o movimento passou da hora, saiu do foco, e estava prejudicando a população.

O desvio de foco se deu quando os caminhoneiros perderam o controle do movimento.

O comando ficou por conta de agentes estranhos à categoria, que queriam o agravamento da crise.

Tanto é que dos 23 que foram presos, nenhum é caminhoneiro.

Há registro inclusive de sequestro de caminhoneiros.

O grupo que o governador Eduardo Moreira montou para monitorar a crise e alinhar ações fez bom trabalho. Destaque para o coronel Araujo Gomes, comandante geral da policia militar, tecnicamente muito preparado.

Hoje, Eduardo vai se reunir com dirigentes de entidades que representam o setor produtivo e autoridades do estado para um balanço da operação bem sucedida.


Transportadora multada

Uma transportadora de Criciúma, a Transportes Itália, foi multada em r$ 800 mil por não respeitar o desbloqueio das rodovias federais durante a greve dos caminhoneiros. Foram duas multas de r$ 440 mil. 

As multas foram aplicadas pela Advocacia Geral da União, a AGU.

No total, foram oito transportadoras multadas no estado. Somadas, as multas totalizaram r$ 22 milhões. 


A conta

O estado começa a fechar as contas do prejuízo. Que é grande. Bilionário.

Pesquisa da Fiesc aponta que 70% das indústrias tiveram prejuízos. 

A Federação do comércio calcula que 80% das empresas tiveram perdas.

Mas, passou. Agora, tem que correr atrás para compensar as perdas e aprender as lições.


As filas

As filas eram gigantescas nos postos de gasolina quando o abastecimento começou a ser restabelecido em Criciuma. Desde quarta-feira à noite, e principalmente ontem pela manhã.

Mesmo com a informação que em algumas horas, todos os postos teriam combustível.

Era algo insano.

A propósito, a corrida as supermercados e postos neste episódio, é algo que precisa ser avaliado, pensado, discutido.


Em números

As forças policiais do estado rodaram nestes dias de crise, 95 mil quilômetros.

Os helicópteros do SAER fizeram 27 horas de vôos.


A volta da ditadura

O pior do movimento dos caminhoneiros foi trazer volta o discurso de apoio à ditadura militar. Como se fosse a solução mágica para todos os problemas. Que não é.

A intervenção militar não veio, primeiro porque os militares não se prepararam para isso, como em 1964. Quando ficaram dois anos se preparando para assumir.

Mas, a intervenção militar também não veio porque não tinha clima. 

Em 64, a igreja apoiou o golpe, assim como toda a mídia, o povo na rua, o empresariado. Hoje, não tem nada disso.

Também teve em 64 o apoio de fora, de outros países. Hoje, um golpe militar (ou intervenção militar, que é a mesma coisa) teria a condenação da comunidade internacional. O Brasil ficaria isolado.


O risco

Em Brasília, ontem, foi revelado para compensar as concessões feitas aos caminhoneiros o governo de Michel Temer fará cortes em recursos previstos para obras nas estradas do país.

A medida provisória que trata do assunto tirou r$ 371 milhões de 40 obras do DNIT, em 21 estados e o distrito federal.

Pode estar na lista de cortes os recursos da Br 285, na Serra da Rocinha.

 
Bom exemplo

Ontem, desde cedo, dezenas de pessoas estavam envolvidas no centro de Criciúma preparando os tapetes para a procissão de Corpus Christi. Tudo muito bonito. Uma tradição católica que se mantêm.

No bairro Boa Vista, um bom exemplo. Sob coordenação do padre Eloir, os tapetes foram montados em cima de plástico.

Depois da procissão, todo o material era recolhido com o plástico e colocado no caminhão. Em minutos, estava tudo limpo.

Por Adelor Lessa 31/05/2018 - 10:07 Atualizado em 31/05/2018 - 14:29

O feriado começa com postos de gasolina já abastecendo em Criciúma.

Alguns, desde a madrugada.

Filas acontecem.

Gás de cozinha também já está sendo vendido desde ontem à noite.

Alguns postos onde já tem gaslina para venda ao público: Imigrante - Rio Maina, Chile - Próspera, Map - centro, Angeloni - Próspera, Forgiarini - rodovia Jorge Lacerda e Daré - Próspera.

Os preços variam entre R$ 4,35 e R$ 4,39.

Até o fim da tarde, vão chegar os caminhões do comboio que saiu de Criciúma para buscar gasolina em Itajaí e todos os postos poderão abastecer.

Aos poucos, o trem volta para o trllho e a vida vai retomando à normalidade.

Por Adelor Lessa 30/05/2018 - 10:26 Atualizado em 30/05/2018 - 10:45

Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira operação para desarticular organização criminosa suspeita de fraudes na concessão de registros sindicais junto ao Ministério do Trabalho.

Segundo as investigações, o núcleo político do esquema teria como participante o senador catarinense Dalirio Bebber, PSDB.

Além dele, fariam parte do núcleo político o ex-deputado e presidente do PTB, Roberto Jefferson, os deputados Paulinho da Força, Wilson Filho e Ademir Camilo Prates Rodrigues e os senadores Dalírio Beber e Cidinho Santos, atualmente licenciado do mandato. 

Ao todo, a operação batizada de Registro Espúrio cumpriu 64 mandados de busca e apreensão, 8 mandados de prisão preventiva (sem prazo determinado) e 15 mandados de prisão temporária (de até cinco dias), além de outras medidas cautelares. Entre os alvos de mandados de prisão, estão Leonardo José Arantes e Rogério Papalardo Arantes, sobrinhos do deputado Jovair Arantes. 

A Polícia Federal cumpriu mandados no Distrito Federal, São Paulo, Goiás, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina e Minas Gerais. Em São Paulo, a PF fez buscas na Força Sindical e na União Geral dos Trabalhadores (UGT). 

As apurações começaram há um ano, segundo a PF. São investigados crimes de organização criminosa, corrupção passiva e ativa e lavagem de dinheiro.

Por Adelor Lessa 30/05/2018 - 07:41 Atualizado em 30/05/2018 - 07:57

O coronel Cosme Manique Barreto, comandante da PM no litoral sul de Santa Catarina, acaba de informar na rádio Som Maior FM que "morreu" o acordo que havia sido firmado pelo comitê de crise da região e representantes do movimento dos caminhoneiros.

O acordo não foi confirmado porque caminhoneiros recuaram do que haviam acertado.

O acordo divulgado ontem à noite por nota oficial previa que seriam liberados os caminhoes para reabastecimento dos pontos de venda de gas de cozinha e postos com gasolina e diesel.

Mas, os caminhoneiros não respaldaram o que foi firmado por seus representantes e por isso o acordo não foi confirmado.

Por Adelor Lessa 30/05/2018 - 06:35 Atualizado em 30/05/2018 - 09:12

O episódio dos caminhoneiros acabou de matar o governo de Michel Temer, que estava moribundo faz tempo. A partir de agora, vai apenas seguir o calendário e cumprir tabela até fim do ano, quando encerra o mandato.

Governo sem autoridade, sem crédito e incompetente. Quase levou o país ao caos. Não conseguiu perceber o tsunami que ja estava roçando as suas costas.

Os caminhoneiros já estavam nas ruas pelo país afora e o núcleo de poder do governo não estava inteirado na situação.

O governador Eduardo Moreira, MDB, contou ontem na radio Som Maior FM que na quarta feira da semana passada, quando o movimento dos caminhoneiros já tinha dois dias, e o comitê de crise já estava formado no estado, ele teve audiência ao meio dia com o ministro chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, e perguntou:

“Ministro, vocês não estão recebendo o pessoal do movimento para negociar?”

E o ministro, sem o menor sinal de preocupação, respondeu:

“Não, ainda não começamos. Acho que vou suspender minha agenda da tarde para ver isso”.

Mas, quando Padilha e Temer levantaram a cabeça, o movimento ja havia parado o país, situação quase fora de controle, com risco real de uma guerra civil, abrindo espaço até para discursos pela volta da ditadura militar. 

Em resumo, o trem saiu o trilho!

Ontem à noite, o ambiente ainda era tenso, delicado, com confronto em Imbituba entre policia e caminhoneiros, e uma disposição dos envolvidos com o movimento de continuar na luta.

O que vai dar no dia hoje, ninguém sabe com segurança.

Mas, há sinalização de que hoje as coisas possam começar a ir voltando, aos poucos, lentamente, ao caminho da normalidade. Se assim for, que o saldo de tudo isso seja o fortalecimento do processo democrático e um recado forte da população que está cansada do jeito de fazer dos políticos de hoje.


Passou batido

O caminhoneiro Rodolfo Correa, um dos lideres do movimento da região, disse ontem na radio Som Maior FM que o governo federal poderia ter fechado acordo no início de tudo com redução de r$ 0,20 (20 centavos) no preço do diesel. Mas, demorou para começar a conversar. E a pedida aumentou consideravelmente.


Vai ter gasolina

Ontem à noite, o comitê de crise de Criciuma anunciou por nota que se reuniu com representantes dos caminhoneiros e acertou a liberação de veículos para entrega de carga de gás GLP, gasolina e diesel.

Para evitar a correria, o abastecimento além do necessário e garantir que tenha combustível para todo mundo, o comitê informou que foi estabelecido um limitador de 15 litros por automóvel.

Atualização: Acordo revogado.


Ponto final

Eduardo Moreira se reuniu ontem na Assembléia Legislativa com deputados, presidente do Tribunal de Justiça e chefe do Ministério Público. Ouviu apelo por maior rigor para desobstrução das estradas.

Na saída, anunciou - “agora, é a lei!”.

Na seqüência, gravou vídeo cobrando fim da greve e determinou o desbloqueio. Pelo diálogo, ou como tivesse que ser.


Ingrediente politico

O governo do estado diz nos bastidores ter identificado forte infiltração política na greve dos caminhoneiros em Santa Catarina. Tem nomes e farto material, mas só divulgará depois que tudo for resolvido, para não complicar ainda ais a situação.


Faria na mesa

O empresário criciumense Ricardo Faria chegou ontem em Brasilia e passou o dia em reuniões no Palácio do Planalto e no Congresso. É um dos empresários nacionais que estão nas mesas de negociações. À tarde, ele deu entrevista coletiva no Congresso.

Pela manhã, falou na radio Som Maior FM, com criticas duras aos lideres do movimento, condenando o apoio dado pela população e cobrando das autoridades a liberação das estradas.

Por Adelor Lessa 29/05/2018 - 21:03 Atualizado em 30/05/2018 - 06:34

O comitê regional de crise anunciou agora à noite que fechou acordo com representantes dos caminhoneiros e que foram liberados os caminhões para o abastecimento de postos com gasolina e diesel.

Também foram liberados os caminhões com  gás GLP.

Abaixo, a íntegra do comunciado distribuido pelo comitê: 

 

COMUNICADO

 

O Comitê de Gerenciamento de Crise da Regional de Criciúma, que congrega Polícia Militar, Polícia Civil, Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Exército, Epagri, Cidasc, DEAP e Agência de Desenvolvimento Regional (ADR), reuniu-se na tarde desta terça-feira, 29 de maio, com lideranças do movimento de paralisação dos caminhoneiros, e conseguiu alguns avanços nas negociações­­­­­­­:

  1. Permanecerão liberados os veículos contendo cargas de leite, rações, remédios, oxigênio e cargas vivas;

  2. Permanecerão liberados todos os veículos de transporte público;

  3. Serão liberados os veículos contendo cargas com G.L.P;

  4. Serão liberados veículos contendo cargas de gasolina e diesel que estejam retidos nas barreiras.

  5. Nos postos de combustíveis o abastecimento ocorrerá com limitação de 15 (quinze) litros por automóvel e 5 (cinco) litros por motocicleta.

Os proprietários de postos de combustíveis devem entrar em contato com seus fornecedores para identificação dos veículos que estejam parados em barreiras, para que seja providenciado abastecimento.

É importante ressaltar que os manifestantes estão sensibilizados com os reflexos negativos da paralisação e reiteram as reivindicações que são: redução no preço dos combustíveis (gasolina e diesel); redução dos impostos PIS/COFINS; redução das tarifas de pedágio e definição de valor mínimo de frete.

Por Adelor Lessa 29/05/2018 - 05:49 Atualizado em 29/05/2018 - 08:18

Depois de tanto tempo de estrada, quatro décadas de profissão, tenho que ter compromisso é com a minha consciência, ser honesto com as pessoas e firme nas convicções.

Não me admito mais com receio de me posicionar, mesmo que não seja na sintonia da onda do momento.

O que mais quero é contribuir de alguma forma para ajudar a fazer que o mundo onde vivemos seja melhor para os filhos e netos.

Por tudo isso, externo minha angustia com o momento que vivemos.

Momento conturbado, confuso, de intensa agitação e, principalmente, sem perspectiva de como será o amanhã.

O movimento dos caminhoneiros, que é justo, legitimo, passou a ser o depositário de todo tipo de protesto. 

Contra os aumentos sucessivos/abusivos do diesel e também contra os aumentos a gasolina, a buraqueira nas estradas, o abandono da educação e da saúde, as filas, e o governo Temer.

Mas, na esteira do movimento dos caminhoneiros vem, entre outras sugestões, a proposta da intervenção militar, que é solução velha para um problema novo.

É derrotar o processo democrático, cassar as liberdades.

É voltar ao passado, e fazer no século 21 o modelo do século 20. Que teve erros e acertos. Mas, em outro momento. Quando o país era menor, as comunicações restritas e obsoletas, os mecanismos de controle inexpressivos e insignificantes.

A mudança real deve se dar pela consciência, pela escolha mais apurada e responsável dos políticos que vai eleger.

Lembrando que os caminhoneiros podem estar nas ruas, parando o país, e encurralando o governo, porque vivemos num regime democrático.


A reação do setor produtivo

Alguns dos principais empresários do pais aterrissam hoje em Brasilia para reuniões com o governo federal sobre os reflexos do movimento dos caminhoneiros.

O sul do estado terá representantes nas reuniões. Há setores da economia da região que estão sendo seriamente afetados.


Demissão de Parente

O governador Eduardo Moreira, MDB, passou a defender abertamente a demissão do presidente da Petrobras, Pedro Parente.

Desde a semana passada, o governador vinha fazendo criticas a política de preços adotada pela direção da Petrobras. Escreveu na “carta aos catarinenses”, que distribuiu no domingo à noite, que ela foi a causa do movimento dos caminhoneiros.

Ontem à noite, durante a reunião colegiada do Centro Integrado de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cigerd), Eduardo voltou a criticar a política de preços do combustível e foi além. Disse que Pedro Parente precisa deixar o cargo.


Gasolina chegando

O prefeito Clesio Salvaro, PSDB, acertou ontem com os órgãos de segurança a chegada em Criciúma de 21 mil litros de combustível para abastecer viaturas e unidades de saúde e hospitais.


Seguindo a vida

O prefeito Salvaro seguiu com a agenda que estava previamente definida e inaugurou no fim de semana várias ruas pavimentadas.

O prefeito de Içara, Murialdo Gastaldon, MDB, manteve cerimonia do hospital São Donato.

Tentam manter a rotina, mas todos estão com as barbas de molho!

Preocupados com o “amanhã”, porque nenhum deles arrisca palpite sobre o que vai acontecer.


Preservar direitos

O momento delicado recomenda respeito aos direitos adquiridos, especialmente os que se referem a defesa dos interesses do consumidor.

Por isso, não faz sentido o projeto de lei 027/2018, encaminhado pelo executivo, e que tramita na câmara de vereadores, para revogar a garantia de tempo máximo de espera do clientes nas filas das casas lotéricas da cidade.

A eventual aprovação do projeto representa um retrocesso, com a derrubada de um direito adquirido pelo cidadão/cliente.


Lei de Gerson

Robson Izidro, empresário, diretor do Criciúma, escreveu no facebook:

"Neste primeiro momento de “suposta falta de mercadorias”, o povo que condena a corrupção e se diz honesto, na primeira oportunidade vai no mercado e compra o que pode, sem pensar no coletivo. Vi reportagens de preços de batata, cebola, tomate, 6 vezes acima do normal. Isto é oportunismo”.


O negócio

A negociação da área do hospital São José, na rua José Gaidzinski, ao lado do posto de saúde central, foi encaminhado pelo empresário Edilando Moraes, ex-presidente da Acic.

Ele representou empresários investidores que vão construir no local um edifício comercial.

A negociação se deu por algo em torno de r$ 15 milhões.


Mudou de novo

O deputado Gelson Merisio, PSD, mudou de novo a data do lançamento de sua candidatura ao governo. Por causa do movimento dos caminhoneiros.

Seria no sábado passado, mas ele passou para o dia 2, próximo sábado, e ontem remarcou para o dia 26 de junho.

Merisio mudou a data porque não sabe quando o movimento termina.

Mas, com isso terá mais tempo para “costuras internas”, no ambiente PP-PSD, onde está aquecido o debate sobre a inclusão do PSDB. Que Merisio não quer, mas Esperidião Amin, PP, e Raimundo Colombo, PSD, estão defendendo.

Por Adelor Lessa 28/05/2018 - 20:38 Atualizado em 28/05/2018 - 21:11

O governador Eduardo Moreira, MDB, acaba de defender a demissão do presidente da Petrobras, Pedro Parente.

Desde a semana passada, o governador vinha fazendo criticas a politica de preços adotada pela direção da Petrobras, que definiu como a causa do movimento dos caminhoneiros.

Agora à noite, durante a reunião colegiada do Centro Integrado de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cigerd), ele voltou a criticar a política de preços do combustível e foi além. Disse que Pedro Parente precisa deixar o cargo.

“Não há mais condições de ele permanecer no cargo. O Brasil caminha para  o abismo e a sociedade não pode pagar a conta de uma série de equívocos”, arrematou.

Por Adelor Lessa 28/05/2018 - 11:12 Atualizado em 28/05/2018 - 12:50

Falei durante a manhã com uma dezena de autoridades do estado e da região sobre o movimento dos caminhoneiros. Até onde vai? O que vai acontecer?

Incerteza é a palavra que resume tudo o que ouvi.

Ninguém tem segurança em afirmar o que vai acontecer à tarde, ou amanhã.

O que é consenso é que a situação não pode se estender por muito tempo. O país não resiste.

O problema maior é que temos de um lado o governo Temer que não tem autoridade, nem crédito. De outro, o movimento dos caminhoneiros, que é forte, é justo, está baseado em argumentos consistentes, mas que não tem comando unico. A  liderança do momento é horizontalizada.  Assim, fica muito dificil encaminhar para um etendimento que seja o consenso na categoria.

O país está mergulhado num impasse. Cujos desdobramentos são imprevisíveis.

Momento é delicado, perigoso.

Por Adelor Lessa 28/05/2018 - 06:40 Atualizado em 28/05/2018 - 08:20

No dia 20 de julho de 2017, foi divulgado o seguinte:

"Com dificuldades em recuperar a arrecadação, o governo federal decidiu aumentar tributos para arrecadar R$ 10,4 bilhões e cumprir a meta fiscal de déficit primário de R$ 139 bilhões. O Programa de Integração Social (PIS) e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) sobre a gasolina, o diesel e o etanol subirá para compensar as dificuldades fiscais, segundo nota conjunta, divulgada há pouco, dos ministérios da Fazenda e do Planejamento”.

Traduzindo - para cobrir furo nas suas contas, o governo fez o mais fácil. Colocou a mão no bolso dos contribuintes. Simplesmente “dobrou" a mordida do Pis e Confins.

A alíquota subiu de R$ 0,3816 para R$ 0,7925 para o litro da gasolina e de R$ 0,2480 para R$ 0,4615 para o diesel nas refinarias. 

A medida entrou em vigor por meio de decreto publicado em edição extraordinária do Diário Oficial da União.

No mesmo mês, julho de 2017, a direção da Petrobras mudou a regra para reajuste dos produtos, passando a alterar os preços de forma sucessiva, de acordo com as variações do mercado internacional. Chegou a aumentar 20 vezes em 30 dias o preço do diesel.

Traduzindo de novo - o governo disse usar a política de mercado, mas num caso em que o “cliente” não tem segunda opção, porque não tem concorrente no setor.

Ou seja, o governo se pintou de liberal para pôr a culpa na ideologia de livre mercado.

Nenhuma empresa privada capitalista faria aumentos como esses. Sabe que quebraria a economia e seria a própria morte.

Enfim, estão aí os fatos motivadores do movimento dos caminhoneiros, que parou o país.

Ontem, mais uma reunião entre o governo federal, governo de São Paulo e representantes dos caminhoneiros que não levou ao fim da paralisação.

Pelo wathsap, que é por onde o movimento se comunica, e se organiza, a orientação do “comando" é manter a paralisação pelo menos até terça-feira, dia 29.

O que vai dar nestas horas, ninguém sabe.

O governo Temer não tem autoridade, não tem crédito, está perdido. Os políticos estão acuados. Os estados e município tentam diminuir os prejuízos e manter a ordem. Serão tempos de alta tensão. Ninguém tem ideia de onde estará a luz, e muito menos o fim do túnel.


Consolidado

O movimento dos caminhoneiros não diminuiu nada no finde semana na região. So cresceu. E ganhou apoio. Varias manifestações foram feitas por diferentes segmentos da sociedade. 

A ultima, ontem à tarde a partir do Parque das Nacoes.


Da falta de autoridade

O site O Antagonista, comandado por Diogo Mainardi, registrou ontem:

"Em 1999, 2000 e 2015, houve greve de caminhoneiros no Brasil, mas para Miguel Reale Jr. “o que diferencia as do passado e a de hoje é o risco de anomia presente no ar.

O país virou terra sem lei”.

A saber - anomia é ausência de lei ou de regra, desvio das leis naturais.


A Carta

O governador Eduardo Moreira, MDB, gravou video que foi divulgado no domingo para a imprensa e nas redes sociais, com posição sobre o movimento e providências tomadas pelo estado.

No fim da tarde, fez circular uma “carta aos catarinenses”, onde faz critica direta à política de preços adotada pelo governo federal - “Todos nós brasileiros pagamos a conta de uma política de preços do combustível equivocada e contrária às necessidades da população”.

Moreira escreve ainda que reconhece como legitima a manifestação dos caminhoneiros, trabalhadores responsáveis pelo transporte de tudo o que mantém a sociedade em funcionamento.

Mas, no final, faz apelo pela liberação para reabastecimento dos postos - "Os catarinenses precisam de combustível. Quando falta combustível, falta trabalho, falta emprego, falta salário. Nossas famílias são todas atingidas. Por isso, precisamos da sensibilidade e apoio de todos”.


Falso e verdadeiro

Muitos áudios falsos, ou fakes, foram distribuídos nas redes sociais em torno da greve dos caminhoneiros. Muitos.

Um deles, trazia um audio atribuído ao suplente de deputado Edinho Bez, MDB. Que não é verdadeiro. A voz não é do Edinho.


Falso 2

Outra audio era aparentemente de um manifestante orientando que é preciso “segurar" o movimento até hoje a meia noite, porque o artigo primeiro da Constituição exigiria uma semana para ser possível a intervenção militar. Também não é verdadeiro. Nada a ver.

O artigo primeiro da Constituição não trata nada disso. 

Estabelece que a República Federativa do Brasil constitui-se em Estado democrático de direito e tem como fundamentos a soberania, a cidadania, a dignidade da pessoa humana, os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; e o pluralismo político. Em parágrafo único, completa -  "Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição".


Mota pagou sozinho

Quantos políticos teriam o mesmo tratamento que o deputado Manoel Mota, MDB, na manifestação em Jacinto Machado?

Ou, quantos não teriam o mesmo tratamento?

Na manifestação, o outro deputado estadual do vale do Ararangua, José Milton Schefer, PP, também foi citado.

Mas, os políticos todos que fiquem ligados, antenados.

Mota foi expulso porque foi lá. O único que foi.

A reação dos caminhoneiros representa a ira das ruas, e a voz indignada das ruas.


Internado

No ambiente da greve dos caminhoneiros, a região recebe a notícia da internação do prefeito de Orleans, Jorge Koch, MDB, por pneumonia grave.

Prefeito vem fazendo um governo exitoso, jovem ainda, e sua internação inspira cuidados.


Negocio

A direção do hospital São José deve anunciar nas próximas horas negociação da área de sua propriedade, onde hoje opera um estacionamento privado, na rua José Gaidzinski, ao lado do posto de saúde.

Negocio teria sido fechado com três construtoras da região por algo em torno e r$ 15 milhões.

Por Adelor Lessa 26/05/2018 - 07:12 Atualizado em 26/05/2018 - 07:26

O que vimos no país é reflexo de um governo fraco, sem comando, sem autoridade. 

Os caminhoneiros tem razão para protestar.

Mais de 20 reajustes em 30 dias desestrutura o plano financeiro de qualquer negócio. Ainda mais num momento de crise. 

Mas um governo com crédito e respaldo teria maior facilidade para buscar um acordo. 

Depois, o governo ainda tentou dar uma pedalada nos caninhoneiros.

Foi amador. Fez uma manobra para enganar os caminhoneiros. Se deu mal.

Mesmo assim, não ê o caso de pedir intervenção militar. Nem fora Temer. Nem volta de a ou b.

Misturar não é o caminho.

Preservar o processo democrático e resolver pela democracia. Começando por escolher melhor em outubro.

 

 

Por Adelor Lessa 25/05/2018 - 08:15 Atualizado em 25/05/2018 - 14:15

O caminhoneiros derrubaram a coletiva dos 100 dias do governo de Eduardo Moreira (que seria hoje) e o grande comício para lançamento da candidatura de Gelson Merisio (que seria amanhã). 

Eles expulsaram o deputado Manoel Mota da manifestação em Jacinto Machado e fizeram correr sindicatos e centrais sindicais.

O movimento estava muito forte. Cresceu a cada dia. E foi só deles. Não teve paternidade. Não foi puxado por nenhuma entidade, não teve vinculação política.

Mas, as circunstâncias de momento também ajudaram. Há muitos focos de insatisfação na população, em várias categorias. Por vários motivos. E de certa forma, todo mundo se viu representado pelos caminhoneiros.

Mas, em condições normais de temperatura e presão, os caminhoneiros nem capacidade de articulação para fazer um movimento do tamanho que foi, que parou o país em quatro dias.

No fundo, o governo federal deu uma força para o movimento.

Porque a Petrobras pode (e deve) repassar os ajustes do preço internacional do petróleo aos seus produtos, mas, não pode ser “on line”. Não pode fazer 20 reajustes no peço do diesel em 30 dias.

Nem 22% de aumento em 10 meses, quando a inflação oscila na faixa dos 3%.

Os acionistas da Petrobrás não querem perder dinheiro. Ok. Mas, não precisa (e não deve) ser assim. Não há negócio que se sustente.

Ontem à noite o governo fechou acordo com os representantes dos caminhoneiros, que deve ser referendado hoje pela categoria. Ou não.

Mesmo assim, como o governo não previu tudo isso? Como não se preparou? 

A mostrar que o país está como está por conta de um governo sem autoridade, sem poder, sem crédito e sem gestão.


Efeito dominó

Em Criciúma, início da dedada de 80, os mineiros entraram greve. E foram recebendo apoio de outras categorias, que também tinham focos de insatisfação e foram entrado em greve. De repente, tinha 11 greves na cidade. Até os garçons fizeram assembléia para avaliar uma greve.

O movimento dos caminhoneiros, se não fosse resolvido agora, poderia acabar produzindo o mesmo efeito.

Ontem, os petroleiros já haviam sinalizado com possibilidade de greve.


Sem plano B

Como pode um país desse tamanho, com tanta água, tantos rios, e com tanto espaço, ainda dependente das rodovias, que leva a dependência do petróleo. Não tem segunda opção.

Por que não investe em hidrovias, ou ferrovia? Por que não diversificar?


Da carga tributária

Jayminho Zanatta, empresário, Criciúma, sobre a greve dos caminhoneiros:

“Primeiramente, sou a favor da manifestação dos caminhoneiros. Mas, é difícil equacionar essa conta de aumento de 50% no preço do petróleo com mais 20% na variação cambial.

Precisamos urgentemente de uma mudança na forma de cobrar impostos. O setor público todo quebrado e feroz na cobrança de impostos, taxas, contribuições, tarifas, etc.

Um exemplo é a cobrança de royaltes na exploração de petróleo, onde beneficia poucos municípios e estados”.


Formal/protocolar

Eduardo Moreira e Paulo Bauer se encontraram ontem em Tubarão, trocaram cumprimentos, conversaram animadamente, e riram.

Eduardo se encontrou também com Raimundo Colombo, seu ex-companheiro de governo, e até riram. Mas a relação ficou apenas na formalidade.

Os três foram homenageados pela câmara de vereadores de Tubarão com títulos de cidadania.

Antes, Eduardo e Bauer participaram da inauguração da Arena de Multiuso.


Amin no evento de Merisio

O deputado Esperidião Amin, PP, revelou ontem que vai ao ato organizado pelo deputado Gelson Merisio, PSD, em Chapecó, para lançamento de sua candidatura ao governo.

"Vou lá porque o Merisio, o Raimundo (Colombo) e o PSD são nossos parceiros para a eleição, e vou aproveitar para lembrar que também sou candidato ao governo”, disse Esperidião.

Ele divergiu, no entanto, da decisão de Merisio de não convidar o senador Paulo Bauer e o PSDB. "Eles estão no nosso arco de alianças e deveriam ser convidados”.


Mudou a data

O deputado Gelson Merísio, PSD, anunciou a transferência do ato que faria amanhã, em Chapecó. Passou para o dia 2 de junho, sábado da próxima semana. 

Disse em comunicado que tomou a decisão em solidariedade aos caminhoneiros.


Também mudou

O PSD de Criciúma também decidiu mudar a data de seu evento para novas filiações, que seria realizado amanhã, mesmo dia e horário do que seria realizado pelo deputado Merísio.

O motivo foi o mesmo - prestar solidariedade ao movimento dos caminhoneiros.

Com a mudança de data, não haverá mais choque com o evento de Merisio.

Agora, o ato de Criciúma passou o dia 7 de julho.


Sem coletiva

A coletiva de 100 dias do governo de Eduardo Moreira não tem nova data definida. Seria hoje e, num primeiro momento, foi transferida para segunda-feira.

Ontem, no fim da tarde, a assessoria do governador distribuiu nota informando que a nova data será marcada.

Por Adelor Lessa 24/05/2018 - 18:40 Atualizado em 24/05/2018 - 18:45

O PSD de Criciúma acaba de anunciar, por nota, a transferência do ato que seria realizdo no próximo sábado, dia 26, para novas filiações.

Na nota, o PSD registra que decide transferir o ato em solidariedade ao movimento dos caminhoneros e integrado aos anseios da sociedade.

O ato foi transferido para o dia 7 de julho.

Desta forma, o ato de Criciúma não será mais na mesma data do ato programado pelo deputado Gelson Merisio, PSD, para Chapecó.

Até hoje à tarde, os dois seriam no sábado.

Merisio transferiu o seu evento para o dia para o dia 2 de julho.

 

Por Adelor Lessa 24/05/2018 - 17:56 Atualizado em 24/05/2018 - 20:49

O deputado federal Esperidião Amin, PP, confirmou agora a pouco - vai participar do ato organizado pelo deputado Gelson Merisio, PSD, para lançamento de sua candidatura ao governo, que seria realizado neste sábado em Chapecó.

Mas, Amin acrescentou - "vou lá porque o Merisio, o Raimundo (Colombo) e o PSD são nossos parceiros para a eleição, e vou aproveitar para lembrar que também sou candidato ao governo".

Ele divergiu, no entanto, da decisão de Merisio de não convidar o senador Paulo Bauer e o PSDB. "Eles estão no nosso arco de alianças e deveriam ser convidados", comentou.

Mas, o deputado Merísio anunciou faz poucos minutos a transferência do ato. Passou de sábado, dia 26, para o dia 2 de junho, sabado seguinte.

Disse em comunicado que tomou a decisão em solidariedade aos caminhoneiros.

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