O prefeito Clesio Salvaro, PSDB, tem quatro assuntos na sua cabeça. Precatórios, hospital Santa Catarina, usina de asfalto e inauguração da prefeitura. Só pensa nisso. 24h por dia.
Na necessidade, se ocupa com outros assuntos, como o incêndio no centro cultural ou a negociação da Casan com os moradores da Vila Selinger. Mas, só enquanto for necessário o seu envolvimento direto. E volta em seguida para as quatro “prioridades”.
Hoje, ele vai a Brasília, junto com o prefeito de Cocal, Ademir Magagnin, presidente da Amrec, para se reunir com o ministro da saúde, deputado Ricardo Barros. Vai tentar lá o que não conseguiu por aqui. Repasse mensal de r$ 200 mil para pagar o que está faltando na conta do hospital infantil.
Salvaro tentou primeiro com o governo do estado, e até recebeu sinalização positiva. Mas, a situação financeira do estado não dá segurança que o dinheiro será repassado, mesmo que o convênio venha a ser assinado. O rombo do estado na saúde passa dos r$ 600 milhões. Com o hospital São José, a divida passa de r$ 30 milhões.
Diante disso, apelou aos prefeitos/vizinhos. Fez apelo, fez pressão, mas não levou. Nenhum prefeito se “sensibilizou”. Brasilia virou “último recurso”. Se conseguir, vai equilibrar as contas do hospital.
Já o equilíbrio das contas do governo, no seu entendimento, para pela operação que está fazendo para quitação dos precatórios contra o município.
No total, somam mais de r$ 80 milhões. Criciúma é o município que mais deve precatórios no estado. Só o governo do estado deve mais que Criciúma.
Em síntese, é um projeto de lei elaborado em parceria com o tribunal de justiça, via Fecam (federação catarinense de municípios), que vai tramitar na Assembléia legislativa a partir da próxima semana.
Se o projeto for aprovado, Criciúma simplesmente terá os seus débitos com precatórios quitados. O que representa, de forma indireta, r$ 80 milhões no caixa (porque é dinheiro que deixará de sair).
Clesio fez pelo menos 20 viagens a Florianópolis e Brasilia para tratar do assunto e participou diretamente da elaboração do projeto.
Os outros dois assuntos da linha de “prioridade zero” são da operação de governo, questões administrativas.
Com a usina de asfalto (que comprou e está sendo implantada), pretende pavimentar quase toda a cidade, e com baixo custo.
Com a inauguração da prefeitura reformada, imaginar dar o Start na segunda fase do seu governo.
A melhor parte de tudo isso é que tem um plano. A cidade precisa disso.
O atual mandato de Salvaro está longe do que era esperado. Principalmente pelo primeiro mandato que fez, com muitas e importantes realizações.