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* as opiniões expressas neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do 4oito
Por Adelor Lessa 23/11/2017 - 09:20 Atualizado em 23/11/2017 - 09:21

O deputado federal Esperidião Amin, presidente estadual do PP, que passou a admitir sua candidatura ao governo do estado, confirma conversações com o senador Paulo Bauer, PSDB, sobre aliança para 2018.

Palavras textuais de Amin: “tenho dito ao senador Paulo Bauer que o maior desserviço que podemos prestar ao estado é chegarmos a um ponto de disputar um contra o outro”.

O entendimento é que os dois juntos podem inviabilizar a continuidade do PMDB no governo do estado.

E sobre isso, ele dispara: “Se o projeto do PMDB vencer em 2018, vai completar 20 anos de poder; o outro estado do país que tem 20 anos de PMDB no poder é o Rio de Janeiro e os efeitos estão aparecendo, são desastrosos”.

Por enquanto, as tratativas são pessoais, entre Amin e Bauer, não passam pelos partidos.

Duas possibilidades são consideradas: Bauer candidato ao governo e Amin ao senado, ou  o contrário. Amin para o governo e Bauer disputando reeleição ao senado.

Na possibilidade de Paulo Bauer ser candidato ao governo numa aliança PSDB-PP, o vice mais provável é o deputado federal Jorge Boeira, PP, representando o sul do estado na chapa.

Nos bastidores, a alternativa é avaliada.

Boeira diz que é “simpático” a idéia, mas por enquanto só trata da candidatura a reeleição. Vai pensar na possibilidade de chapa majoritária se o assunto for tratado oficialmente pelo partido.

As conversações sobre aliança PP-PSDB, ou Amin-Bauer, foram aditivadas depois que veio a público a divisão no PSD.

Até semana passada, deputado Gelson Merisio era o candidato do PSD a governador, em aliança acertada com PP. Mas, o PSD agora tem outro candidato ao governo, deputado João Rodrigues, lançado no fim de semana, e já com “comício" marcado para sábado em Braço do Norte.

Além disso, porque há indicativos fortes que João Rodrigues está operando em sintonia com Julio Garcia e com conhecimento (ou consentimento) do governador Raimundo Colombo.

 

Na estrada

O ex-deputado Julio Garcia começou pelo vale do Ararangua o seu primeiro roteiro politico, visando a eleição de 2018, depois que deixou o Tribunal de Contas.

Ontem fez reuniões com o deputado Ricardo Guidi em Araranguá, Arroio do Silva, Ermo, Jacinto Machado, Timbé do Sul e Meleiro (foto).

Hoje os dois vão continuar no vale e amanhã estarão em Criciúma.

Guidi e Julio estão anunciando nas reuniões que farão “dobradinha" para 2018. Julio a deputado estadual e Guidi a federal.

No sábado os dois estarão no ato politico de apoio a candidatura de João Rodrigues ao governo em Braço do Norte.

 

Por Adelor Lessa 22/11/2017 - 14:48 Atualizado em 22/11/2017 - 15:06

O deputado federal Esperidião Amin, presidente estadual do PP, emitiu ontem o primeiro sinal de que pode ser candidato a governador em 2018.

Disse que nada o impede de ser candidato, que não está mal nas pesquisas de intenção de voto, e arrematou: “percebo em outras siglas partidárias muito burburinho, o que me leva a concluir que estão trabalhando, fora do PP, para eu ser candidato”.

Não deu detalhes do que definiu com “burburinhos”. Apenas acrescentou: “tem a ver com tudo que tem sido noticiado nos últimos tempos”.

O movimento de Esperidião deve ter relação direta com a divergência aberta no PSD, que já coloca em duvida a candidatura do deputado Gelson Merisio a governador.

A principal demonstração disso foi o lançamento da candidatura ao governo do deputado federal João Rodrigues, PSD, também do oeste, base eleitoral de Merisio.

Outro fato é a  entrada no processo do ex-deputado Julio Garcia, que opera no PSD fora de sintonia com Merisio. Ele está fechado com Rodrigues e tem dado sinais que prefere aliança do PSD com PMDB ou PSDB.

Como o PP estava fechado com o PSD em torno da candidatura de Merisio ao governo, a aliança fica ameaçada e Esperidião projeta caminho próprio do PP.

Em 2014, o PP também tinha aliança fechada com o PSD até última hora, mas acabou ficando na “estrada”. Na convenção, realizada no ultimo dia do prazo, Esperidião se lançou candidato. Foi aclamado. Mas, acabou encaminhando aliança do PP com o PSDB, apoiando Paulo Bauer, PSDB, ao governo.

Para 2018, com mais tempo para construir um projeto eleitoral, a tendência é Amin tentar construir de novo uma composição Paulo Bauer e o PSDB. Só que desta vez, com Bauer disputando a reeleição para o senado.

 

Chapa pura

Vereador criciumense Miri Dagostim, PP, aposta suas fichas na candidatura de Esperidião Amin ao governo em 2018.

Disse ontem que dá até para disputar com chapa do PP, tendo o deputado federal do sul Jorge Boeira como vice.

 

Por Adelor Lessa 21/11/2017 - 11:11 Atualizado em 21/11/2017 - 11:12

No final da década de 60 foi discutido por Criciúma e Tubarão ter apenas uma universidade para todo o sul. A proposta mais objetiva foi do professor Osvaldo Della Giustina, de Tubarão. 

As duas cidades definiriam os cursos em comum acordo e a universidade seria instalada em Morro da Fumaça ou Jaguaruna. 

Como já existiam na época as faculdades de Criciúma e de Tubarão (Fucri e Fesc), a proposta implicaria na uma fusão das duas. Mas, não avançou. O assunto não passou da primeira reunião.

O registro é feito no livro do contador Carlos Augusto Borba, um dos fundadores da Fucri e seu primeiro presidente do conselho curador (eleito em outubro de 1968).

No livro, página 201, lançado em 2011, ele comenta: “com o passar do tempo, o assunto, satisfatoriamente, ficou esquecido, e hoje temos a nossa Unesc com toda a sua força, trazendo desenvolvimento, educação, cultura e orgulho para nossa região”.

O que seria da fusão, ninguém sabe. O que é fato é que a Fucri se consolidou, cresceu, explodiu e se transformou numa das mais importantes instituições de ensino superior do estado.

Sem duvida, foi uma das “grandes obras” dos homens de Criciúma daquela época.

Borba cita no livro as andanças que tiveram que ser feitas pelos municípios da região, para convencer prefeitos a participar do processo, oferecendo bolsas de estudo. Não foi fácil. Mas, deu certo.

Em 19 de outubro 1997, a Fucri foi transformada em universidade. E hoje são mais de 12 mil pessoas envolvidas diretamente, entre acadêmicos, professores e funcionários. Mais um “batalhão" atendido pelas clinicas comunitárias.

Os 2o anos de universidade vão ser comemorados durante toda a semana por decisão da reitora Luciane Cereta, em respeito a história.

E assim como Carlos Borba, serão homenageados todos que ajudaram a fazer a Unesc, de inúmeros serviços prestados à região e que muito ainda tem por fazer.

 

Por Adelor Lessa 20/11/2017 - 10:40 Atualizado em 20/11/2017 - 10:55

Uma feliz coincidência pode ser a ponte para a primeira homanagem à professora Derlei Catarina de Luca, falecida no sábado, sepultada nesta manhã.

No dia da sua morte, no sábado, os moradores do bairro Presidente Vargas foram as urnas para votar sobre a aplicação de recursos. Duas propostas estavam apresentadas: construir um campo de futebol ou uma praça poliesportiva e cultura. Por ampla maioria (quase 12 votos por 1), a comunidade decidiu pela praça. 

Agora, a proposta em análise no gabinete do prefeito Murialdo Gastaldon é dar o nome da professora Derlei à praça que será construída. Uma bela idéia. Homenagem justa e merecida à uma grande Icarense.

A propósito, quando se destaca o papel cumprido pela Derlei na luta contra a ditadura, pelas liberdades, e a tortura sofrida por ela, está se enfatizando a importaria do respeito às pessoas, e à vida.

Ninguém deve morrer, ou ser torturado, porque defende qualquer posição política. Mesmo que pareça equivocada, no entendimento de quem analise.

Nenhum regime pode ter o direito de prender, torturar e matar os seus divergentes, adversários ou opositores.

Por Adelor Lessa 18/11/2017 - 22:01 Atualizado em 18/11/2017 - 22:22

Nestes tantos anos de jornalismo, e de vida, um dos episódios mais marcantes, emocionantes, foi a volta de Derlei para casa.

A impressão era que toda a cidade estava naquele salão paroquial, ao lado de Igreja Matriz, no centro de Içara. E chorava todo mundo. Prefeito, padre, os vizinhos, amigos, familiares, políticos.

Era a volta dos exilados depois da ditadura, e a reconquista da democracia.

Hoje em dia, ficou até meio difícil falar nisso - fim da ditadura, volta da democracia. Mas, não sabem os que não gostam desta conversa o que sofreram pessoas como Derlei Catarina de Luca.

Jovem, mas de opinião, contestadora, ela foi tratada como bandida. Perseguida, presa, torturada, exilada. Viveu fora do país durante muitos anos porque era a forma de não ter o mesmo fim de muitos amigos, que foram mortos pela repressão. 

Derlei voltou e retomou a vida. Professora maravilhosa. Encantava os seus alunos na sala de aula.

Ela voltou também à militância política.

Inspirou muitos da minha geração.

Apesar de tudo o que enfrentou, era divertida, espirituosa, fraterna, bom papo. Uma pessoa meiga, amiga.

Foi baluarte na luta para fazer o país se encontrar com a sua verdadeira história, contando as tantas mortes dos presos políticos.

As suas entrevistas eram verdadeiras aulas. Sempre inteligentes, interessantes, precisas.

Numa viagem que fiz à São Paulo, faz mais ou menos dois meses, encontrei Derlei no aeroporto de Jaguaruna, e falamos da sua nova luta pela vida. Agora,  contra um câncer. E nos despedimos no aeroporto de São Paulo com um forte abraço e um beijo. 

“Se a ditadura não te matou, não vai ser um câncer que vai te vencer” - foram as últimas palavras que ela ouviu de mim.

Mas, desta vez ela foi vencida!

Morreu hoje, 19h, aos 71 anos, em Sã Paulo, onde estava internada. Velório neste domingo, em Içara.

Ela era a ocupante da cadeira numero 1 da Academia Criciumense de Letras.

O prefeito Murialdo Gastaldon escreveu bem, logo que soube da morte:

“Içara e o Brasil perderam esta noite uma guerreira incansável na luta pela democracia.

Mulher de fibra, forte, corajosa, enfrentou diversas batalhas: a militância, a prisão, o exílio, as saudades de casa, da família e do filho, mas resistiu. 

Com marcas no corpo e na alma, seguiu lutando bravamente, nos anos pós ditadura, por memória, verdade e justiça. Gratidão por ter tido a oportunidade de conhecê-la”.

Murialdo decretou luto oficial de três dias no municipio de Içara. 

A vida de Derlei dá livro, filme, novela. História de uma vida intensa. Com muito sofrimento, mas de muitas vitórias, conquistas, paixões. De uma grande mulher.

Que vai ficar nas nossas memórias. E no coração. Para sempre.

Por Adelor Lessa 17/11/2017 - 08:10 Atualizado em 17/11/2017 - 10:43

Os três se reuniram ontem e decidiram trabalhar juntos. Márcio Burigo, ex-prefeito de Criciuma, Lei Alexandre, ex-prefeito de Forquilhinha, e Daniel Freitas, vereador, ex—presidente da Câmara de Criciúma (foto). Os três são do PP e querem que o partido tenha mais um candidato a deputado estadual na Amrec.

Pode ser qualquer um dos três. Terá o apoio dos outros.

Na tese, a proposta não faz sentido.

Hoje, o PP tem três candidatos encaminhados em todo o sul - um da Amrec (deputado Valmir Comin), outro na Amesc (deputado José Milton) e mais um na Amurel (vereador Pepe Colaço). 

Só que a região carbonífera tem praticamente o mesmo número de eleitores que vale do Araranguá e vale do Tubarão juntos. É um dos argumentos de Márcio, Daniel e Lei.

Outro argumento - faz 30 anos que o PP (antigo PDS) já teve dois candidatos em Criciúma.

O problema é que o projeto contraria os planos (e interesses) do deputado Valmir Comin, secretário de estado da ação social, e candidato a reeleição.

Comin é da cúpula estadual, principal politico do PP na região, participa das decisões estratégicas do partido no estado e, principalmente, está credor. Porque foi o único deputado que aceitou assumir uma secretaria de estado no governo Colombo para representar o partido.

Naquele momento, para aceitar a “missão”, ele estabeleceu condições. Principalmente, garantias para reeleição. Uma delas, candidatura única na Amrec.

Por isso, Márcio, Lei e Daniel, mesmo juntos, vão ter muitas dificuldades para viabilizar o projeto que passam a defender. Mas, separados, seria chance zero.

De qualquer forma, o movimento do “trio" começa a partir de uma decisão política. Márcio Burigo não sai mais do PP. Arquivou em definitivo a possibilidade de migrar para o DEM, com quem tinha conversações bem adiantadas. Acabou cedendo aos argumentos de aliados políticos próximos e familiares.

 

Por Adelor Lessa 16/11/2017 - 06:01 Atualizado em 16/11/2017 - 08:41

Numa palestra para universitários da Unibave, em Orleans, Eduardo Moreira falou pela primeira vez em público o que parece estar acertado nos bastidores. Raimundo Colombo renunciará no início de 2018 e ele assumirá como governador efetivo para o restante do ano.

Ele disse textualmente: "Política a gente faz com compromissos e o governador Raimundo Colombo deve renunciar no inicio do próximo ano e eu devo assumir o governo do estado mais uma vez”.

Lembrou que já foi governador por nove meses em 2006, quando era vice de Luiz Henrique da Silveira, que renunciou para ser candidato ao senado.

Raimundo deve renunciar também para disputar o senado. Pelo menos é o que esta encaminhado.

Em principio, os dois devem conceder uma entrevista coletiva no inicio de dezembro para anunciar a data da transição.

No PSD, partido de Colombo, há divergências sobre da data da renuncia. O deputado Gelson Merisio, presidente do partido, tem dito que o governador pode até não renunciar (e não disputar a eleição). Mas, se renunciar, garante que será no ultimo dia do prazo, que é inicio de abril.

De outro lado, políticos próximos de Colombo tem sustentado a tese que a transição deve ser feita de forma pacífica. Para isso, negociada. Por isso, a renuncia no inicio do ano.

A negociação que está em curso nos bastidores sobre a transição no comando politico do estado acaba reabrindo a possibilidade de repetição da aliança entre PMDB e PSD para 2018.

A candidatura a governador de Udo Dohler, PMDB, prefeito de Joinville, seria o nome já admitido por setores do PSD para repetir a aliança.

Tem que cortar

Na palestra que fez na Unibave, Eduardo Moreira criticou o volume de recursos da receita do estado que tem que ser repassado automaticamente para os demais poderes - judiciário, legislativo, ministério publico.

Ele disse: “A receita do estado é hoje em torno de r$ 24 bilhões/ano,  e o maior percentual de repasse é para os outros poderes - mais de r$ 5 bilhões/ano. Isso é mais que o dobro do que é repassado no Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. É dinheiro que faz falta na saúde, na segurança pública e na educação. Isso tem que mudar. É preciso diminuir este percentual”.

 

Por Adelor Lessa 14/11/2017 - 09:00 Atualizado em 14/11/2017 - 15:06

Em sua primeira articulação depois que deixou o Tribunal de Contas e volta ao processo politico, o ex-deputado Julio Garcia anunciou ontem à noite que está “fechado" com o deputado federal João Rodrigues, PSD, para as eleições de 2018 (foto). 

Julio disse: "aquele que é bom de voto tem que ser candidato e o articulador ser articulador”.

Anunciou apoio ao projeto eleitoral de João.

Os dois são citados para candidatura de vice-governador ou deputado.

Julio ainda não definiu sua nova filiação. Mas, deve assinar no PSD, durante ato em Criciúma, em data a ser definida. Pode ser em dezembro ou janeiro.

Por Adelor Lessa 14/11/2017 - 08:02 Atualizado em 14/11/2017 - 08:20

O prefeito Clesio Salvaro, PSDB, teve encontro de 1 hora e meia ontem, no Palácio Bandeirantes, com o governador Geraldo Alckimin (foto). Saiu convencido que ele é “candidatíssimo" a presidência da república e deverá aceitar assumir a presidência do partido na convenção de dezembro.

Duas testemunhas na conversa. Felipe Luz (na foto, ao centro) e Adriana Salvaro, mulher de Clesio.

O prefeito comunicou que a convenção estadual do PSDB, no sábado, aprovou por unanimidade apoio à sua candidatura à presidência.

Alem disso, levou apelo dos prefeitos do PSDB catarinense para que assuma a presidência nacional do partido. Ele disse que pode assumir, desde que seja “solução”. Indicado por consenso.

Alckimin conversou todo o tempo como candidato. Em nenhum momento procurou tergiversar ou deixar alguma ponta de dúvida.

Fez, inclusive, projeções do quadro para 2018. Disse que considera como muito prováveis as candidaturas de Lula e Bolsonaro. E acrescentou: "os dois vão falar do passado, um do tempo dos militares, o outro do tempo dele, eu vou falar do futuro, do que pode ser feito”.

Salvaro oficializou o convite para que o governador paulista esteja em Criciúma no dia 6 de janeiro, na re-inauguração da prefeitura, no parque centenário. Alckimin garantiu que virá.

Alem disso, colocou a disposição a estrutura do governo de São Paulo. O prefeito já “requisitou" apoio para trazer para o seu governo o programa “Poupatempo”, que oferece em um mesmo local mais de 400 serviços, como emissão de cédula de identidade, atestado de antecedentes criminais, carteira profissional e carteira nacional de habilitação.

Em Criciúma, Salvaro que pretende implantar o Poupatempo no antigo prédio do INSS. 

Uma equipe escalada por Alckmin deverá “baixar" na cidade ainda durante novembro para ajudar na implantação.

Por Adelor Lessa 13/11/2017 - 20:50 Atualizado em 13/11/2017 - 20:55

Foi definido agora à noite o processo para sucessão na direção da Acic. Com uma novidade. 

Tudo estava encaminhado para que o vice-presidente Valcir Zanetti fosse eleito presidente, substituindo Cesar Smielevski que completar seu segundo mandato em dezembro.

Mas, Zanetti apresentou na reunião de agora à noite da diretoria que não pode assumir em função de compromissos profissionais. Vai continuar vice-presidente na próxima diretoria.

Moacir Dagostim, definido por entendimento como futuro presidente, é atualmente diretor da Acic, proprietário da TWA Fomento Mercantil. Ele também é diretor do Observatório Social.

Por Adelor Lessa 13/11/2017 - 18:58 Atualizado em 13/11/2017 - 19:00

Deu um passo adiante a possibilidade de a empresa aérea Passaredo operar no sul do estado, fazendo vôo na primeira hora da manhã para São Paulo, com retorno à noite. Provavelmente, para o aeroporto de Guarulhos.

O assunto foi tratado em teleconferência hoje, fim da tarde, pelo presidente da Associação Empresarial de Criciúma, Cesar Smielevski, com o diretor da Passaredo, Willian Agataz.

O diretor da Petrobras no aeroporto Diomicio Freitas, Kleber Fernandes, e o diretor da RDL, André Constanzo, também participaram na reunião.

A RDL faz a gestão do aeroporto Humberto Bortoluzzi, Jaguaaruna.

Agora, Willian Agatz vai marcar reunião na sede da Passaredo, em Ribeirão Preto, com o presidente da empresa para decidir sobre o assunto.

Por Adelor Lessa 13/11/2017 - 07:26 Atualizado em 13/11/2017 - 08:33

Num determinado momento das articulações para 2018, a região sul chegou a ter três possibilidades reais de estar na chapa majoritária. Clesio Salvaro, PSDB, e Jorge Boeira, PP, citados para candidatura a vice-governador, e Eduardo Moreira, PMDB, que poderia disputar o governo. Hoje, as três possibilidades saíram do radar.

Boeira não é mais citado pelo PP, nem pelos possíveis aliados. Gelson Merisio, por exemplo, que pretende ser candidato a governador pelo PSD com o PP de vice, disse quinta-feira, no seu gabinete, que a ex-deputada Angela Amin deverá ser a sua companheira de chapa. 

Se não for Angela, ele lista como outras opções, Jandir Belini, ex-prefeito de Itajaí, e Silvio Dreveck, presidente da Assembléia.

Eduardo Moreira ainda tem o movimento dos prefeitos do sul por sua candidatura ao governo. Mas, o movimento dos prefeitos esfriou, não se mexeu mais, e as atenções no PMDB se voltam de novo para Udo Dohler, prefeito de Joinville. Se o candidato do partido não for Mauro Mariani, que está na estrada para tentar se viabilizar, deverá ser ele.

Clesio Salvaro (na foto, ao centro) nunca chegou a admitir candidatura. Mas, por via das duvidas, anunciou na convenção estadual, no sábado, em Florianópolis, que não será candidato a nada em 2018. No seu discurso, defendeu Paulo Bauer para o governo (direita) e Napoleão Bernardes (esquerda) para o senado ou vice, no caso de o PSDB disputar a eleição com chapa pura.

Na tese, o sul ainda tem a possibilidade de Julio Garcia, que volta ao processo politico, aposentado do Tribunal de Contas, e pode ser candidato a vice. Mas, não é operação simples. Não pode ser tratada ainda nem como possibilidade real.

Por isso, o que se vislumbra para 2018 é uma redução do espaço de poder para o sul catarinense. Será o enfraquecimento politico da região.

Nos últimos seis mandatos, a região teve vice-governador em quatro (uma com José Hülse e três com Eduardo Moreira).

O projeto de Clésio

Clesio Salvaro chegou a estar “seduzido" pela idéia de ser vice de Udo Dohler, numa eventual aliança do PSDB com PMDB. Mas, não levou adiante. Arquivou.

Está decidido a fazer um mandato de obras a partir de 2018, se gabaritar para fazer outra eleição consagradora em 2020 e se colocar na disputa de 2022 para governador.

 

Por Adelor Lessa 12/11/2017 - 18:04 Atualizado em 13/11/2017 - 08:33

Na semana, Clesio e Cao voltaram à pauta. Pelas suas mortes traumáticas. Dois suicídios. 

Clesio, fez 18 anos do acontecido no domingo passado. Cao, tem longa reportagem na Veja que está nas bancas. Dois homens decentes. Dois amigos que admirava. Que foram "vencidos" por tormentos arrebatadores.

Clesio foi meu primeiro “ídolo” no radio. Minha primeira referência. Ainda garoto, em Araranguá. Ficava na frente do rádio, depois do almoço, esperando ele entrar no ar - “boa tarde para quem é de boa tarde, saravá para quem é de saravá … “.

Anos depois, trabalhamos juntos na Tv Eldorado, radio Eldorado e Jornal da Manhã.

Ele era tão contido, retraído, tímido, que quem ia ao jornal reivindicar aumento nos seus honorários era a Solange, sua mulher. No microfone, um monstro! 

Era tão comprometido com a inserção, a lisura, a imparcialidade, que durante algum tempo torcedores mais corneteiros diziam que ele torcia para o Joinville. porque era a fase que o Joinville foi multicampeão. E ele dava o destaque que deveria ser dado.

Quando Clesio morreu, o Marco era estudante, nós o acomodamos na radio e em pouco tempo ele fazia o caminho do pai no microfone, como o melhor “plantão” estado.

Todos os dias, passo o “microfone" para o Marco na rádio So Maior, no ar, porque apresenta depois de mim o Jornal das Nove. Na segunda-feira, não consegui falar com ele sobre os 18 anos da morte do Clesio, completados no dia anterior.

Também não consegui falar com o Julio Cancelier, jornalista, irmão do reitor Luiz Carlos Cancelier de Olivo, o Cao, durante dias.

Quase um mês depois é que consegui ligar. E choramos durante minutos.

Cao foi amigo/irmão de juventude, de movimentos estudantis e envolvimentos políticos. 

Ainda não dá para acreditar na forma como acabou a sua vida. Inacreditável. E quanto mais informações, pior fica. 

Como o que está detalhado na reportagem, longa, que a Veja traz na edição deste fim de semana.

Ali está estampado o que foi feito com ele, a tortura imposta, e a humilhação, que o levaram à depressão, o tirou do ponto, o fez perdeu o norte, e o levou a fazer o que fez. Já destruído. No chão. Onde terminou.

As revistas Carta Capital e IstoÉ já haviam tratado dos fatos que levaram a morte de Cao, o professor-reitor Cancelier, em 2 de outubro. Mas, a Veja traz detalhes chocantes.

Homenagens já foram feitas aos dois. Muitas outras serão. Justas. Todas merecidas.

Saudades dos dois!

 

Da Veja

Trechos da matéria da revista deste fim de semana sobre o reitor Luiz Carlos Cancelier:

“O suicídio de Luiz Carlos Cancellier de Olivo, aos 59 anos, o Cau, reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), foi o desfecho trágico de dezoito dias dramáticos. 

Sua vida começou a desabar na manhã de 14 de setembro, quando agentes da Polícia Federal deflagraram a Operação Ouvidos Moucos, com o objetivo de apurar desvios de verbas para cursos de ensino a distância na UFSC. Às 6h30 daquela quinta-feira, o reitor ouviu tocar a campainha de seu apartamento e, enrolado em uma toalha de banho, abriu a porta para três agentes da PF, que subiram sem se fazer anunciar pelo porteiro do edifício. Os agentes traziam dois mandados — um de prisão temporária e o outro de busca e apreensão. Recolheram o tablet e o celular do reitor e conduziram-no à sede da Polícia Federal em Florianópolis, dentro de uma viatura.

Atônito, sem entender o que estava acontecendo, o reitor só se lembrou de chamar um advogado quando estava prestes a começar seu depoimento, às 8h30. Durante as cinco horas em que foi arguido, passou duas sem saber por que estava à beira da prisão. Ainda respondia a perguntas sobre os meandros operacionais do ensino a distância, com o estômago embrulhado pelo jejum matinal e pelo tormento das circunstâncias, quando a delegada Érika Mialik Marena, ex-coordenadora da força-tarefa da Lava-Jato, à frente agora da Ouvidos Moucos, adentrou o local. Apressada para iniciar a coletiva de imprensa que começaria logo mais, Érika finalmente esclareceu ao interrogado o motivo de tudo aquilo: “O senhor não está sendo investigado pelos desvios, mas por obstrução das apurações”. E correu para comandar o microfone na sala ao lado.

Desde cedo, já voava nas redes sociais a notícia de que a Polícia Federal deflagrara uma operação de combate a uma roubalheira milionária na UFSC. A página oficial da PF no Facebook, seguida por 2,6 milhões de pessoas, destacava a Ouvidos Moucos: “Combate de desvio de mais de 80 milhões de reais de recursos para a educação a distância”. Ainda acrescentava duas hashtags para celebrar a ação: “#euconfionapf” e “#issoaquiépf”. A euforia não encontrava eco nos fatos. Na coletiva, a delegada Érika explicou que, na realidade, não havia desvio de 80 milhões de reais. O valor referia-se ao total dos repasses do governo federal ao programa de ensino a distância da UFSC ao longo de uma década, de 2005 e 2015, mas não soube dizer de quanto era, afinal, o montante do desvio. Como a PF não se deu ao trabalho — até hoje — de corrigir a cifra na sua página do Facebook, os 80 milhões colaram na biografia do reitor. Em seu velório, uma aluna socou o caixão e bradou: “Cadê os 80 milhões?”.

Encerrado seu depoimento, o reitor deveria ficar retido na sede da PF, mas, como a carceragem havia sido desativada, foi para a Penitenciária de Florianópolis, um complexo de quatro pavilhões construído em 1930". 

 

"Acorrentaram seus pés, algemaram suas mãos e, posto nu, ele foi submetido a revista íntima. Um dos agentes ironizou: “Viu, gente, também prendemos professores!”. 

Cancellier vestiu o uniforme laranja, foi fichado e passou a noite em claro. Seus dois colegas de cela, presos na mesma operação, choravam copiosamente. Cancellier estava mudo, como que em transe, e cada vez mais sobressaltado com os rigores do cárcere. Ficou trinta horas na cela na ala de segurança máxima. Teve sintomas de taquicardia: suava muito e a pressão disparou para 17 por 8. Seu cardiologista foi autorizado a examiná-lo, trazendo os remédios que ele havia deixado em casa (desde dezembro, quando implantou dois stents, Cau tomava oito medicamentos).

Quando deixou a cela, Cancellier era um homem marcado a ferro pela humilhação da prisão. 

Sua família o recebeu em clima de festa e alívio. Os irmãos, Julio e Acioli, tinham comprado de tudo um pouco no Macarronada Italiana para um jantar regado a vinho branco Canciller, rótulo argentino escolhido pela similaridade com o nome de origem italiana da família. Também ali estava o filho do reitor, Mikhail, de 30 anos, doutor em direito como o pai, com quem ele mantinha um laço inquebrantável. 

Mas, entre piadas e risos, Cancellier exibia um semblante sem expressão”.

 

“Mais que tudo, o reitor estava sendo esmagado pelo peso da proibição de pisar na universidade até o final das investigações. A decisão fora tomada junto com o mandado de prisão e, para o reitor, soou como uma punição cruel”.

 

"A UFSC era uma extensão da casa do reitor. Seu apartamento, de três cômodos, onde viveu dezenove anos, dois deles casado e o restante na companhia do filho, fica a 230 passos do campus. 

Nos fins de semana, o reitor fazia uma ronda informal, bem à vontade em seu moletom. Na UFSC, ele teve, para os padrões acadêmicos, uma carreira meteórica. Em apenas dezoito anos, concluiu o curso de direito, fez mestrado, fez doutorado em direito administrativo, virou diretor do Centro de Ciências Jurídicas e, numa eleição acirrada, elegeu-se reitor — cargo que ocuparia por dezesseis meses. Na eleição, a paciência para tecer alianças foi arma decisiva em um jogo embaralhado”.

 

“A juíza Janaína Cassol, da 1ª Vara Federal de Florianópolis, analisou o pedido da PF em 25 de agosto e concedeu as prisões. Sobre o reitor e os outros seis acusados, ela escreveu: “Essas pessoas podem efetivamente interferir na coleta das provas, combinar versões e, mais do que já fizeram, intimidar os docentes vitimados pelo grupo criminoso”. Em 12 de setembro, a juíza pediu licença por problemas de saúde e foi substituída por Marjorie Freiberger. Dois dias depois, em 14 de setembro, a polícia lançou a Operação Ouvidos Moucos e prendeu o reitor e os outros seis. No dia seguinte às prisões, a juíza Marjorie Freiberger, sem que houvesse recurso da defesa do reitor e dos outros seis, resolveu revogar a decisão de sua colega e suspendeu as prisões. Ao contrário da antecessora, a juíza Marjorie não conseguiu ver motivo para tê-los levado para a penitenciária. Escreveu ela: “No presente caso, a delegada da Polícia Federal (refere-se a Érika Marena) não apresentou fatos específicos dos quais se possa defluir a existência de ameaça à investigação e futuras inquirições”. Mandou libertar todo mundo. 

 

"Em seus últimos dias, Cancellier chegou a dar sinais de que não abandonaria o ringue. Em artigo publicado no jornal O Globo em 28 de setembro, quatro dias antes do suicídio, saiu em defesa própria e dos demais professores presos: “A humilhação e o vexame a que fomos submetidos há uma semana não têm precedentes na história da instituição”. O reitor também tentou recorrer da proibição de pisar no campus. Alegou que, como orientava teses de mestrado e doutorado, não podia deixar os alunos à deriva. A resposta da Justiça veio no sábado 30 de setembro, dois dias antes do suicídio: Cancellier estava autorizado a entrar na UFSC por três horas em um único dia. A decisão o devastou. “Como pode?”, perguntava. “Se demorar um minuto a mais, serei preso?”

Por Adelor Lessa 10/11/2017 - 08:16 Atualizado em 10/11/2017 - 08:49

Só terminou às 5h de hoje a apuração de votos na eleição para o DCE da Unesc. A chapa dois venceu a eleição. Alexandre Bristot é o novo presidente.

O atual presidente, Marcos Machado, tentou a reeleição, mas foi derrotado.

Números: chapa 1 - 858 votos; chapa 2 - 1.392

Sete urnas foram anuladas ou impugnadas. Posse do novo presidente será no dia 1 de dezembro.

 

Por Adelor Lessa 09/11/2017 - 08:16 Atualizado em 09/11/2017 - 09:08

O prefeito de Praia Grande, Henrique Maciel, expressou bem a indignação dos prefeitos do vale com o governo do estado em relação a Serra do Faxinal, na divisa com o Rio Grande do Sul, passando pela turística região do canyons. Diante do vice-governador Eduardo Moreira, ontem, em Florianópolis, ele disse com todas as letras: “me sinto traído”.

Disse que na eleição de 2014 contrariou a orientarão do seu partido, o PSDB, para votar na reeleição de Raimundo Colombo/Eduardo Moreira porque teve a promessa que a obra seria executada.

A principal cobrança na reunião foi o destino dado ao dinheiro do BID que estava programado para obra da Serra do Faxinal e “sumiu” (r$ 50 milhões). A única informação dada é que foi repassada para outra outra. Mas, não disseram qual.

O presidente do Deinfra, Vanderlei Agostini, não apareceu na reunião, apesar de ter sido realizada na sede do Deinfra, e ninguém esclareceu onde foi usado o dinheiro.

O próprio secretário de infraestrutura do estado, Luis Fernando Vampiro, se disse indignado porque não tinha informações para esclarecer quando a obra saiu do plano do BID.

A reunião foi tensa. Os prefeitos disseram que para o governo o sul acaba em Araranguá.

Para completar, Eduardo Moreira foi claro: “prioridade do governo agora é pagar salários e décimo terceiro”. Ou seja, chance “zero” de a obra ser encaminhada com dinheiro próprio do estado.

A saída é incluir a Serra do Faxinal num futuro empréstimo, do BID ou Banco do Brasil.

Falaram ontem em problema com licença ambiental. Mas, não é isso que impede a obra. Se tiver dinheiro, tudo será resolvido com facilidade.

Por isso, fizeram bem os prefeitos do Vale. Só assim mesmo para resolver. Na pressão. E melhor ainda porque mostram unidade quando vão todos juntos, num ônibus especial.

Está aí um exemplo a ser seguido.

 

Mudança necessária:

A boa noticia da “missão" dos prefeitos do vale foi a anunciada licitação para mudar o gestor do hospital regional da Ararangua. O serviço prestado está muito ruim. Atendimento precário. Serviços suspensos.

Os prefeitos não pediram exatamente isso. Apenas cobraram do governo que o hospital atenda bem. Foi o próprio secretário de saúde, Vicente Caropreso, quem tomou a iniciativa de anunciar a licitação, com bases em todas as informações que ja tinha a respeito.

Por Adelor Lessa 08/11/2017 - 18:49 Atualizado em 09/11/2017 - 10:44

Às 18h02 desta qarta-feira, José Nei Ascari entrava no gabinete do presidente do Tribunal de Contas do Estado, Dado Cherem, para ser empossado como novo conselheiro.

Poucos minutos antes, havia feito seu último discurso na tribuna da Assmbléia Legslativa como deputado estadual. Renunciou na seqüência. Interrompeu uma carreira politica vitoriosa, que começou como prefeito de Grão Pará. O mais jovem da época.

Quando Julio Garcia assumiu a presidência da Assembléia, ele foi nomeado chefe de gabinete. Depois, ocupou o espaço politico de Julio quando ele renunciou para assumir o Tribunal de Contas. Foi duas vezes deputado estadual. Na eleição de 2014 fez votação consagradora - mais de 70 mil votos.

A operação para fazê-lo conselheiro do Tribunal de Contas foi "the flash". Tudo em 48 horas.

Julio Garcia requereu aposentadoria no Tribunal na terça-feira, o governador Raimundo Colombo indicou Zé Nei no começo da tarde para a vaga aberta, a Assembléia recebeu o oficio e montou comissão especial, que analisou o nome e o sabatinou em 15 minutos, a indicação foi a voto no plenário e aprovada ontem à tarde.

A bancada do sul na Assembléia perde um membro. Mas, a região tem a volta de um politico habilidoso, influente, articulador nato e com trânsito em todas as áreas. Sem diminuir os meritos de Zé Nei, que são muitos, o sul fica mais fortalecido politicamente com a volta de Julio Garcia ao processo politico.

Ele será candidato a deputado estadual ou a vice-governador em 2018. 

 

. Agradeceu lehieor.

 

Por Adelor Lessa 08/11/2017 - 08:26 Atualizado em 08/11/2017 - 08:47

O governador Raimundo Colombo e o vice, Eduardo Moreira, fizeram ontem pela manhã, no centro administrativo, a tão esperada reunião para definir a data da renúncia do governador e posse do vice. A conversa não teve testemunha. Mas, terminou com “fumaça branca”.

Os dois ajustaram a data, mas acertaram que só farão o anúncio, juntos, em dezembro.

De qualquer forma, se vão anunciar juntos, é porque se acertaram. Definiram uma data em comum acordo.

Raimundo vinha anunciando que renunciaria só no limite do prazo legal, que é abril. Disse isso pela primeira vez em Urussanga, faz 30 dias, e nesta semana, em Florianópolis. E não poderia estar dizendo outra coisa.

Se ele disser hoje que vai renunciar em dezembro ou janeiro, estará antecipando o fim do seu mandato.

Por sua vez, Eduardo dizia que a transmissão de cargo teria que ser na virada do ano. Também compreensível o seu discurso.

Mas, nem tanto ao mar, nem tanto a terra. Deve prevalecer o “pêndulo”!

Raimundo faz aniversário no dia 28 de fevereiro. Uma data “sugestiva”. Pode ter uma grande festa em Lages pelo fim do seu tempo de governador, anuncio da candidatura ao senado e o aniversário.

Mas, antes disso, Raimundo vai pegar ferias em janeiro. Nos primeiros 15 dias. Eduardo assume e, inclusive, vai participar da inauguração da “nova prefeitura” de Criciúma, no dia 6 de janeiro.

O encaminhamento reflete a relação entre governador e vice nos dois mandatos. Ja teve altos e baixos, mas nunca chegou ao rompimento. Na média, mantiveram boa relação. Respeitosa, acima de tudo. Não iriam quebrar os pratos no final.

Por Adelor Lessa 07/11/2017 - 09:04 Atualizado em 07/11/2017 - 09:21

Em principio, seria um ato administrativo, apenas para constar, com o secretário de estado Valmir Comin, PP, comunicando pessoalmente ao prefeito Clesio Salvaro, PSDB, a liberação de uma emenda de r$ 600 mil para o município. Mas, Comin aproveitou a ocasião para produzir um fato político, em busca da reaproximação.

Levou consigo o presidente do PP, ex-vereador Itamar da Silva, os dois vereadores, Miri Dagostim e Daniel Freitas, e os outros membros da executiva municipal (foto).

A reunião foi ontem pela manhã, no gabinete do prefeito.

Mais tarde, o deputado-secretário confirmou: “eu desejo, sim, a reaproximação e estou trabalhando para isso”.

Disse que o rompimento entre os dois partidos foi desdobramento da briga de Marcio Burigo com Clesio Salvaro e que o PP não tem intenção de manter este litígio. “O que passou, passou”, arrematou.

O raciocínio de Comin é que PP e PSDB estarão juntos em 2018 no primeiro ou no segundo turno da eleição estadual. Por isso, quer fazer algum encaminhamento objetivando “lá na frente”.

Antes da reunião de ontem, Comin e políticos do PP participaram da inauguração da usina de asfalto e de outros atos oficiais do governo, no sábado.

O gesto do PP dá a entender que o partido não conta mais com o ex-prefeito Marcio Burigo, que vem “namorando" com o DEM faz três meses.

De outro lado, sinaliza para ampliação da base de apoio do governo de Salvaro na câmara municipal.

Dos dois vereadores do partido, Miri Dagostim já vinha muito próximo do governo, mas Daniel Freitas se declarava independente e normalmente votava com a oposição.

Também representa mudança de postura do presidente do partido, ex-vereador Itamar da Silva, que havia anunciado o PP na oposição quando assumiu.

Por Adelor Lessa 06/11/2017 - 11:33 Atualizado em 06/11/2017 - 12:28

Foi tudo muito bonito, sábado, na praça Nereu Ramos, o Criciuma in concert.

Principalmente porque o publico compareceu mesmo com toda aquela chuva! E ficou até o fim! E queria mais!

As pessoas se protegeram na grande estrutura montada pela Unesc, numa outra colocada pela Geração Hyundai, em duas "tendas" montadas de ultima

hora, ou em uma proteção aqui, outra ali, na porta do bar, no "redondo", na entrada do Shopping.

E muita gente veio de guarda chuva. Mas, outros tantos não quiseram nada disso. Ficaram na chuva mesmo.

A mostrar que as pessoas gostam de cultura, sim!

Não tem como dimensionar o tamanho da emoção quando as pessoas foram chegando, debaixo de chuva. 

Mas, destacar é lembrar: 

por que estávamos todos lá? por que o concerto - o Criciuma in Concert - ali na praça Nereu Ramos?

por que Camerata, Dazaranha, prefeito, reitora da Unesc, vereadores, autoridades e todos do publico foram para a praça?

Porque era o dia do aniversário de Criciúma, que nasceu num 4 de novembro.

Criciúma pertencia ao territorio de Araranguá, foi elevada à categoria de distrito em 1892 e conquistou sua emancipação, virou municipio, em 1925.

A rádio Som Maior FM, com A Tribuna e outros parceiros, faz o Criciuma in Concert para ser a festa de aniversario da cidade. E faz na sua praça mais tradicional, no coração da cidade, porque não teria local mais apropriado pelo que representa na historia.

Assim, valorizar a vitória de todos aqueles que lutaram pela emancipação e fizeram da cidade a maior de todas no grande sul catarinense.

2018 tem mais.

Mas, vai ser difícil superar a carga de emoção deste sábado, dia 4/11.  

 

Por Adelor Lessa 06/11/2017 - 09:57 Atualizado em 06/11/2017 - 10:58

Falta definir quando, mas a posse de Eduardo Moreira como governador efetivo em 2018 é quase que inevitável. Até pela intenção de Raimundo Colombo de disputar o senado.

De outro lado, assumindo por 10 ou 8 meses, Eduardo não terá tempo de lançar e executar uma grande obra para Criciúma, cidade onde “nasceu" para a política, que o elegeu prefeito e deputado federal. No máximo, lançar um grande projeto, ou um ato administrativo de repercussão.

Quando foi governador pela primeira vez, no último ano do primeiro mandato de Luiz Henrique, Eduardo lançou a obra da Via Rápida/Via Vêneto, que foi executada no atual mandato, com inauguração agendada para 20 de dezembro.

Em 2018, a “grande obra” de Eduardo para Criciúma pode ser a estadualização do hospital infantil Santa Catarina.

Comprado pela prefeitura de Criciúma em um mandato do PMDB, do prefeito Paulo Meller, final dos anos 90, até hoje, 20 anos depois, o hospital vai aos trancos e barrancos. Já fechou, voltou, reduziu, ampliou, enfrentou várias crises.

Não foi ainda concluído o projeto original de transforma-lo em hospital materno infantil. É quase um ambulatório infantil.

Falta recursos para o município concluir o projeto e, principalmente, custear depois a manutenção.

Mesmo assim, o atendimento feito hoje no Santa Catarina é regional.

Praticamente metade da sua demanda é para pacientes de municípios do entorno de Criciúma.

Cobrar dos prefeitos da região para desviem recursos dos seus caixas para partilhar a conta do Santa Catarina, é ilusão. Porque não tem. As prefeituras, todas, mal conseguem pagar suas contas.

Ademais, o governo do estado tem mais condições de conseguir recursos federais para fazer “rodar" o Santa Catarina como hospital materno infantil.

 

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