Se o modelo atual é ruim, por que não experimentar o distritão?
Era comum ouvir até “ontem" criticas do eleitor/cidadão ao atual sistema de eleição. Pelo “formulismo”, que inclui o tal coeficiente, que faz com que sejam eleitos candidatos menos votados, deixando mais votados na suplência.
No sul, tivemos dois exemplos na eleição passada. Um candidato se elegeu deputado estadual com menos de 15 mil votos, enquanto outro com mais de 42 mil votos ficou na suplência.
Para federal, um candidato fez mais de 100 mil votos e ficou de fora, na suplência, perdendo a vaga para quem fez a metade.
Isso nunca entrou direito na cabeça do eleitor, porque não parece justo.
Sempre foi dito que o ideal seria consagrar os mais votados. Independente de partido, ou aliança.
Pois, o distritão é isso.
Corre a eleição, os 16 mais votados para deputado federal serão os eleitos, e os 40 mais votados para deputado estadual assumem na Assembléia.
Os críticos da proposta argumentam que o distritão favorece os atuais deputados, candidatos a reeleição.
Mas, o sistema atual também!
Quem tem mandato, fica quatro anos em evidência, trabalhando a reeleição, com uma “bela" estrutra de gabinete, dezenas de funcionários, e mais carro, gasolina, celular, correio, passagens aéreas e material de escritório liberado, tudo pago pelo poder público.
Quer melhor vantagem que isso? São comitês permanentes de campanha!
Dizem também que o distritão “pessoaliza”, enquanto o sistema atual privilegia os partidos. Mas, quem vota em partidos hoje em dia? Quem não vota nos candidatos?
O que deve mudar com o distritão é que os partidos vão lançar menos candidatos.
Mas aí, vão lançar os “melhores”. Os “cacarecos" serão “rifados” na seleção interna. E isso não é ruim para o eleitor.
Mesmo assim, na pior das hipóteses, vai ter pelo menos três vezes mais candidatos que o números de vagas, e dos atuais que buscarão a reeleição.
A mostrar que tem condições plenas de renovar, de substituir os atuais. Muitas opções serão apresentadas.
Depois, se o distritão também não aprovar, muda em 2022. A proposta até já prevê isso.
Então, por que não testar um modelo novo para substituir o que é ruim, criticado, e que não é justo?