Faz poucos dias, a Polícia Militar foi recebida a tiros quando tentava entrar em um bairro de Criciúma, numa região considerada delicada, campo minado, com forte presença e movimentação da criminalidade.
O fato acendeu mais um sinal sobre a necessidade de reforçar o aparato policial da cidade.
Mais um sinal, porque outros tantos foram emitidos e por isso as entidades organizadas, lideradas pela associação empresarial, incluíram, entre as pautas da cidade, a necessidade de reforço do efetivo policial e investimento em equipamentos e tecnologia.
A Câmara de Vereadores encampou o assunto, se mexeu, fez investidas com audiências sobre o assunto.
Deputados da região falaram sobre o assunto na Assembleia e trataram com autoridades.
Era esperado então que algo fosse feito para atender a cidade.
Mas, a notícia que vem é no sentido contrário.
Vai ser desativada, desmobilizada, a guarnição reforçada, grupo criado pela Polícia Militar em 2018 para fazer patrulhamento em áreas de vulnerabilidade.
A guarnição reforçada é identificada como GR9 e conta com seis policiais, divididos em dois grupos de três.
Tem sido, faz quatro anos, importante aliado no combate à criminalidade na cidade.
É o grupo que entra nas áreas de risco, onde tem presença mais forte da criminalidade, e faz a repressão qualificada.
Nestas áreas, a Polícia Militar simplesmente não entrava antes da GR9.
E agora, no momento em que a cidade está mobilizada para o Governo do Estado viabilizar um reforço do efetivo da polícia, vão desmobilizar o grupo que faz o enfrentamento a chamada elite da criminalidade?
Sem a guarnição reforçada, a GR9, tende a voltar aos altos índices de criminalidade.
E o medo?
Em tempo de campanha eleitoral, com os políticos que têm mandato, e por isso poder de influência para resolver, é preciso que o assunto seja colocado à mesa.
Que passe a ser tratado com todos eles.
Se um não conseguir resolver sozinho, que se juntem todos os deputados da cidade e da região.
Que se juntem os prefeitos.
E mais as entidades representativas.
Porque o cidadão pagador de impostos espera, e merece, que os problemas sejam resolvidos, que as coisas avancem, olhar pra frente, sem retrocessos.
Nada de ressuscitar problemas velhos.
O que está resolvido, tem que estar resolvido.
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