Ainda neste ano haverá eleições para prefeito e vereador. Com data pré estabelecida: 4 de outubro. Mas em função da crise estabelecida no combate à praga do COVID-19, ouvem-se vozes falando em suspensão das eleições deste ano, remetendo-as para 2022, com a prorrogação dos atuais mandatos municipais, ou, adiamento do pleito, jogando-o para o mês de dezembro.
A primeira hipótese sequer será examinada pelo Tribunal Superior Eleitoral e/ou pelo Congresso Nacional. Por quê? Porque a consulta popular objetivando eleições da maneira como o são, é cláusula pétrea da nossa Constituição Federal que, por ser pétrea, só poderia ser alterada por uma Assembléia Nacional Constituinte, e seria um casuísmo pernicioso convocar uma Assembleia Nacional Constituinte para votar tal proposta.
Agora, o adiamento, para dezembro, tem fôlego e poderá até ser estabelecido, isto é, ao invés de outubro, jogar as eleições para dezembro. O que se nota, relativamente ao ano eleitoral, é que a discussão político-eleitoral também entrou no clima do confinamento: os partidos, os políticos, os candidatos, as consultas, os convites, as visitas, os conchavos, a cooptação, tudo na caserna: com o COVID-19, as candidaturas murcharam, os candidatos deixaram de se assanhar, os sonhadores emudeceram.
E, com esta da suspensão do pagamento do Fundão, para pagar as despesas eleitorais, muitos “potenciais” candidaturas passam a ser esquecidas. Sem recursos financeiros, diria Dona Chiquinha, o buraco é mais embaixo!