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A flexibilização de Moisés e o "retorno" da normalidade

O comentário de Archimedes sobre o novo decreto do Estado e o seu impacto no cotidiano de SC

por Archimedes Naspolini Filho Criciúma - SC , 06/04/2020 - 13:47 Atualizado em 06/04/2020 - 13:49
Foto: arquivo / 4oito
Foto: arquivo / 4oito

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Parece que, a partir de hoje, Santa Catarina retomará o caminho da normalidade do cotidiano, abalada com o “andaço” do Covid-19. Muita gente vai se achar enquadrada nos dispositivos do decreto do governador Moisés e alcançará as ruas: “Todo mundo é encanador”, um dos profissionais liberais.

Aos idosos, é melhor ficar fazendo nada dentro de casa, pois a nonna já nos dizia: cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém. Já perdi a conta de quantos dias ficamos trocando os cômodos dentro de casa, afundando o assoalho: quarto, sanitário, cozinha, copa, área de serviço e sala com tv, ida e volta, diariamente, o dia todo. 

E nesse confinamento, fomos poucos os que nos lembramos que há um exército de profissionais que ficou trabalhando, para que tivéssemos um mínimo de conforto. Os colonos, os granjeiros, os donos de galinheiros, os fruticultores, os caminhoneiros, os lixeiros, os garis, os motoristas de ambulâncias, os jornalistas e os radialistas, o açougueiro, o padeiro, os supermercadistas, os donos de armazéns, o pessoal das funerárias e dos cemitérios, o pessoal da Celesc, os da Casan e os da Internet, o pessoal do governo municipal, a turma da saúde, e aqui temos a obrigação de incluir desde os porteiros até os dirigentes de nossas casas de saúde, passando pelo corpo de enfermagem e pelo corpo clínico. 

É nosso dever não voltarmos à normalidade do dia-a-dia, brecada com a chegada dessa praga do novo coronavírus, sem deixar consignado um agradecimento especial e profundo a esses profissionais todos. Com certeza estavam, e ainda estão, correndo risco com mais intensidade do que nós outros, recolhidos ao recôndito de nossas casas. 

Agora, vamos adentrar ao terreno das suposições: como você aí, que me dá a honra da audiência, também tenho recebido muitas mensagens com depoimentos de técnicos e de pseudos técnicos, alguns defendendo o recolhimento e muitos defendendo a liberdade do ir e vir, com cuidados especiais aos idosos e doentes crônicos. 

Igual a cada um de vocês, eu também balanço entre defender este ou aquele ponto de vista. Há manifestações favoráveis ao que diz o presidente Bolsonaro, relativamente à praga, e há as que defendem o proselitismo da mídia televisiva maior que, não raras vezes, nos deixa a impressão de que defende a política do “quanto pior melhor”, divulgando tudo o que é ruim e sonegando as informações positivas relativas aos bons resultados colhidos pela medicina nacional, relativamente a essa doença.

Tenho certeza de que todos queremos voltar à normalidade. O Brasil pede para voltar à normalidade. Só Deus saberia responder de quanto tempo precisaremos para retomar o caminho da produção e retornar ao status quo derrubado pela Covid-19 que, o país inteiro estava acompanhando, era de fortalecimento de nossa economia.

Os de minha geração e de gerações periféricas, devemos nos manter recolhidos às nossas casas. Os de idade inferior, que vão tocar o Brasil pra frente, que tenham a responsabilidade de se cuidar a ponto de não trazerem, para nós, os confinados, esse vírus desqualificado.
 

Tags: coronavírus

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