Desde de a década de 30, e provavelmente anteriormente à esta, a Amazônia é vista sob olhares nacionais e internacionais de muitos gestores. No final da década de 30, os irmãos Villas-Bôas comandaram a primeira expedição para desbravar o noroeste brasileiro, na qual resultou em duas visões sob os indígenas: pelos Villas, mantinham-se eles com suas culturas e terras na região amazônica. A outra, de que o índio deveria ser parte da vida cultural ativa nacional.
“A partir da década de 60, o Brasil começou a efetuar bases das forças armadas por toda Amazônia nacional, a fim de preservar a soberania do nosso território que começava a ter olhos de cobiça internacional a sua volta. A partir de 1991, com maior voracidade, iniciaram-se as pressões internacionais para demarcar territórios indígenas em regiões amazônicas em fronteiras”, comentou o coronel Márcio Cabral.
Segundo o coronel, o objetivo de preservar a cultura indígena não se centrava nas ideias dos irmãos Villas-Bôas, mas no interesse de criar uma nação indígena de acordo com interesses de vontades de grandes potências internacionais. O coronel cita ainda, um cedimento à pressão nos anos que sucedem 1991.
“A partir do momento que Collor demarcou a terra indígena Yanomami, do tamanho de Portugal, na faixa de fronteira com a Venezuela para evitar boicote a ECO 92 no Brasil, países desenvolvidos, observando facilidades locais, passaram a pressionar governantes brasileiros daí pra frente. Fernando Henrique Cardoso, Lula e Dilma se dobraram a pressão global”, disse.
O coronel ainda comenta sobre ONGS capitaneadas por potências da farmacologia e da indústria química europeia, e dos interesses estrangeiros que moldavam a Amazônia.
“França, Alemanha e Bélgica passaram a marcar presença constante em terras brasileiras. No atual governo, houve um aumento da presença militar no território amazônico, colocando em risco a estratégia internacional de limitar nossa soberania”, disse.