Brasil fica de fora da primeira leva do fornecimento de vacinas do Consórcio Internacional Covax. A notícia explica: nosso país foi o último a aderir ao consórcio Covax, provavelmente, por negar a importância da vacina. Antes de nós, na América, receberão os primeiros lotes de vacina Colômbia, Bolívia, Peru, El Salvador, Argentina e Uruguai.
Essa semana, o Ministério da Saúde informou que reduziu em 35% a quantidade de vacinas entregues para imunizar os brasileiros em março.
Estimativa inicial que era de 46 milhões de doses em março foi reduzida para 38 milhões, depois para 37 milhões e agora para 30 milhões.
Pfizer entrega doses da vacina para 18 países das Américas, mas Brasil não faz parte deste grupo de países. Brasil não se mostrou interessado em negociar com a Pfizer desde setembro do ano passado e agora, pressionado pela população, corre atrás da Pfizer.
Faço este breve relato de algumas notícias que estão na imprensa neste momento para que a gente se dê conta de quão grave é a nossa situação.
Todos os especialistas conceituados dizem que é importante imunizar os grupos de profissionais da saúde e idosos e grupos de risco, mas, dizem eles, está é uma ação importante, mas isto não basta.
A pandemia só irá passar quando tivermos entre 80 e 90% da nossa população vacinada.
Antes disto, estamos todos em risco, mesmo aqueles que foram vacinados. Enquanto não atingirmos a chamada imunização de rebanho, nossos profissionais da saúde, nossos idosos, nossos grupos de risco continuarão a correr riscos.
Ainda precisarão manter os hábitos do uso de máscaras, do uso de álcool gel e de higienização das mãos a toda hora.
Sabe-se já que além do risco de se infectarem com o vírus, afinal, nenhuma vacina tem 100% de eficácia, os não imunizados são vetores na transmissão do vírus para os que ainda não se vacinaram.
Este é o ponto que eu gostaria de compartilhar com os senhores e com as senhoras.
O Brasil precisa de vacinas, de muitas vacinas e precisa delas para agora e não para o final de ano.
Vejo no Congresso, nas assembleias estaduais, nas prefeituras de todo o país, no judiciário, em entidades profissionais e empresariais um movimento de união em tordo desta urgência: precisamos de vacinas agora.
O próprio Ministro Paulo Guedes tem repetido em suas declarações que sem vacina, sem saúde, não existe economia.
Nós, em Santa Catarina, vivemos o pior momento da pandemia, com nosso sistema de saúde em colapso e centenas de pessoas contaminadas pelo vírus à espera de um leito de UTI.
Perto da urgência que vivemos, a hora é de darmos as mãos e nos unirmos todos nós na tarefa de viabilizar o maior número possível de vacinas para os catarinenses.
Se o governo federal deixou de fazer seu dever de casa, vamos fazer nós. Todos nós. Deputados, governo do estado, prefeitos, entidades empresariais e entidades sociais.
Não podemos mais continuar na espera do semestre que vem ou do mês que vem.
A hora de lutar pela vida é hoje. E a vacina é a única solução.
Rodrigo Minotto
Deputado estadual
2º Secretário da Assembleia Legislativa de SC
Vice-presidente estadual do PDT/SC