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A Páscoa e a Sexta-feira Santa

O comentário de Archimedes sobre as datas importantes do catolicismo

por Archimedes Naspolini Filho Criciúma - SC , 09/04/2020 - 13:12 Atualizado em 09/04/2020 - 13:14
Foto: arquivo / 4oito
Foto: arquivo / 4oito

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Com certeza grande parte da sociedade católica de nossa região, atônita com a experiência do confinamento em sua própria casa, está meio esquecida de que vivemos a semana santa, tradicional período do calendário católico, que nos remete à Paixão e Morte de Jesus Cristo.

A mídia tem se ocupado diuturnamente do coronavírus, e nós, amedrontados, não pensamos noutra coisa a não ser na possibilidade do contágio e no perigo de um óbito iminente.

Hoje é a quinta-feira santa. Hoje, na casa de meus pais, há tempos, era um dos dias que mais trabalhávamos os afazeres domésticos. Tudo em dobro, haja vista que a tradição e o costume eram fazer absolutamente nada na sexta-feira da Paixão. Na Sexta-feira Santa falava-se baixinho, fazia-se o jejum, não se faziam nenhum dos costumeiros serviços diários: sequer a casa era varrida. Tudo para não perder a concentração de que, naquele dia, comemorava-se a morte de Jesus Cristo.

Evidentemente que os tempos são outros, a educação deu um pulo à frente, os costumes são outros, a igreja se renovou. Mas já foi exatamente assim como explanei. Hoje é a Quinta-feira Santa. Foi na quinta-feira que ocorreu a última ceia do Mestre, a qual tomaria o nome de Santa Ceia ou Última Ceia. E foi nela que foi instituída a eucaristia, e foi nela que foi instituído o sacerdócio.

A eucaristia, quando Jesus tomou o pão e o vinho e, depois de abençoá-los os distribuiu aos seus discípulos com o mandamento: tomai e comei, isto é o meu corpo. O sacerdócio, quando ele determinou: fazei isto em memória de mim.

É hoje, também, que o ritual sacro do catolicismo realiza a cerimônia do lava-pés e a bênção dos santos óleos. Na do lava-pés remonta-se à época em que os judeus, ao fazerem visitas ao próximo, antes de adentrar à casa, lavavam seus pés para purificá-los e não portarem resquícios de sujeira àquele lar. Tem-se, também, como significado, a humildade de Cristo em se abaixar e praticar a lavagem dos pés de seus semelhantes.

Nas cerimônias religiosas de hoje, a Igreja Católica, nas suas catedrais, faz a bênção dos óleos que, durante o ano serão utilizados pelos sacerdotes em diversas ocasiões como: batizado, crisma, unção dos enfermos, extrema unção, etc. O ato é presidido, sempre, pelo bispo da respectiva diocese.

A partir de hoje os sinos de todos os templos católicos deixarão de bater e permanecerão em silêncio até o domingo de Páscoa que, como todos sabemos, celebra a ressurreição de Cristo. Até lá o som será o das matracas. Então, feliz páscoa!
 

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