O Programa Adelor Lessa desta quarta-feira, 01, contou com a participação de uma figura muito especial para Criciúma. Trata-se do criciumense Antônio Zanette que completa nesta quinta-feira, 2, 101 anos de vida. Durante a conversa, o idoso que acompanhou todas as mínimas evoluções que a cidade já teve, relembrou várias histórias vivenciadas desde a sua juventude.
Nascido em 1920, Antônio Zanette é conhecido na região do Morro Estevão pela sua comercialização de cachaça de alambique. Trabalhou desde criança na roça com os seus pais e quando se tornou independente, investiu no cultivo de banana e cana. Para realizar as vendas, fazia trajetos com seu carro de boi que duravam até quatro horas. “Não existia a Avenida Centenário e então eu precisava passar pelos trilhos, que demorava mais”, afirmou.
Para ir à missa na Catedral São José, localizada no atual Centro de Criciúma, era preciso ir de cavalo. Os animais dos moradores eram amarrados em um espaço antes de chegar no rio situaado na rua João Zanette. “O pai sempre deixava o cavalo pra gente ir à missa aos domingos. A gente tinha que amarrar ele naquele local, atravessar o rio e terminar de ir a pé”, disse Antônio Zanette.
A igreja era frequentada tanto pela crença religiosa, quanto por um momento de passeio. Na época, Criciúma tinha poucas opções de locais para visitar. Os matos e as áreas de banhados destacavam a cidade carbonífera. “O Centro da cidade não era onde conhecemos hoje, ele ficava no bairro Santo Antônio”, acrescentou o idoso.