Em seu comentário desta quinta-feira (21), Archimedes Naspolini Filho falou sobre o início das reformas prometidas por Jair Bolsonaro durante a campanha eleitoral. Citou ainda o ressurgimento da União Democrática Nacional (UDN). Archimedes lembrou de outros partidos políticos que surgiram com ideias polêmicos e outros que surgiram ser forças.
Ouça o comentário:
Confira o texto na íntegra:
In primo loco, meu caro e preclaro amigo Arthur, dois registros: o primeiro de cumprimentos aos médicos Dr. João Cláudio da Rocha Wasniewski e ao Dr. Josué Ferreira da Silva Júnior. Sobram, a um e outro, competência à especialidade médica que dominam e à essa competência soma-se a lhaneza no trato do paciente. Podemos nos orgulhar de um e de outro.
O outro registro, Arthur, vai te deixar com inveja: jantamos, ontem, no Fefê Damiani. E quando se janta no Fefê Damiani, não precisa dizer mais nada. De quebra, no restaurante, a presença do dr. Jamilto Colonetti, um dos mais competentes advogados da comarca, acompanhado do filho Luigi e dos cunhados Moacir e Heitor Milanez. Só alegria!
A proposta de emenda constitucional reformando a previdência social brasileira se completou, ontem, quando foi entregue ao presidente da Câmara, o capítulo da previdência dos militares, para a superior análise e votação dos nossos representantes: os deputados federais.
Ótimo!
É o começo do cumprimento das promessas eleitorais do presidente Jair Bolsonaro de reformar o país. Se a proposta é boa ou ruim, se contempla todas as situações ou não, se projeta menos ou mais dispêndios pecuniários e se atende aos anseios corporativistas de tantos grupos esparramados por este brasilzão de Deus, compete aos deputados nos dizerem. E certamente o dirão.
Outras reformas estão na forma para serem encaminhadas à consideração do Congresso Nacional e uma que grita prioridade é a reforma política. Começa por esse número exagerado de partidos políticos com registro na justiça eleitoral, outros tantos às portas para serem reconhecidos, e a forma como são constituídos os diretórios municipais, regionais e nacional de cada um deles. Passa pelo tamanho dos mandatos, pela reeleição, pela necessidade de suplente de senador e do número destes por unidade federada, pelas particularidades ao se formarem novas agremiações políticas, pela fidelidade partidária, e daí pra frente.
Noutro dia falei, aqui, do ressurgimento da União Democrática Nacional e, imediatamente, fui lembrado de que, com ela, a UDN, os três grandes partidos de 1946 a 1965, estão de volta: PSD, UDN e PTB.
E é verdade, mas há uma condicionante que faz a UDN diferente dos seus parceiros PSD e PTB.
Por que?
Porque o PTB foi fundado pela ex-deputada Ivete Vargas, sem a força das bases trabalhistas dos velhos tempos. O PSD foi criado pelo ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, para ser cacique de agremiação partidária. E a embrionária UDN está brotando, ao natural, das bases que lhe darão força no futuro próximo. Se são ou deixam de ser remanescentes das hostes do tempo pretérito, não vem ao caso. O que interessa, agora, é que os núcleos pró fundação da UDN estão proliferando em todo o território nacional e projeta-se uma grande concentração de células municipais em congresso nacional para sedimentar o Partido que brota. Só há uma agremiação política que foi trabalhada e fundada assim: o Partido dos
Trabalhadores, cujas lideranças maiores chamuscaram sua história nas vergonhosas falcatruas conhecidas de nós todos. Os demais partidos que aí estão nasceram em gabinetes de parlamentares ouvindo meia dúzia de apaniguados do poder.
Posso estar deixando a imagem de que tivesse sido udenista em tempos passados.
Não! Pelo contrário: sou descendente de políticos que militavam no maior adversário da velha UDN, o PSD. Então fico bem à vontade para dizer o que estou dizendo e arrematar colocando, alto e bom som: preparemo-nos: a UDN vem aí. Mais forte do que tudo o que conhecemos, e nascida nas bases da pirâmide política nacional: nos municípios, nos vereadores, nos prefeitos. Em última análise, retorna pela ação dos que carregam o andor da procissão eleitoral. Como deveria ser.
E que todos comecemos o dia como queremos termina-lo! Bom dia!