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Archimedes fala sobre as antigas disputas de Carnaval

Comentarista cita que não existe crise durante essa época do ano

Por Redação Criciúma - SC, 04/03/2019 - 12:33

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Em seu comentário desta segunda-feira (4), Archimedes Naspolini Filho falou sobre o Carnaval e relembrou de fatos históricos que marcam esse tipo de evento, como as disputas entre clubes para ver quem organizava a melhor festividade. Segundo ele, nessa época do ano as pessoas esquecem das crises e querem é comemorar.

Ouça o comentário:

Confira o texto na íntegra:

O Carnaval é a maior festa popular do país. Não raras vezes é referido como o "Maior Espetáculo na Terra" (certamente um exagero). A História nos revela que a primeira verdadeira expressão carnavalesca desta festa brasileira, ocorreu através dos entrudos a partir do século XV em todo o território da Colônia do Brasil.  

Consistia em brincadeiras e folguedos que variavam conforme o local e os grupos sociais envolvidos. Dele participavam os amos e seus escravos, sem distinção. Sua característica era surpreender a outro com baldes de água e outros líquidos molhando seu rosto e, quase sempre, o corpo inteiro. Aqui mesmo em Criciúma, até os anos 1950, o entrudo marcou muitos carnavais, ora com bacias, baldes ou canecas de água e, até, com limão de cheiro, um artefato de formato do cítrico que, cheio de água, era arremessado contra a pessoa. O entrudo servia inclusive para aproximar pessoas, especialmente candidatos ao namoro. Não raras vezes os casamentos começavam no carnaval e justamente na troca de canecas d’água arremessadas contra ela ou contra ele.

Em finais dos anos 1800, uma série de grupos carnavalescos ocupava as ruas do Rio de Janeiro, servindo de modelo para as diferentes folias. Nessa época, esses grupos eram chamados de cordões, ranchos ou blocos.  Depois evoluíram para as atuais escolas de samba.  

Em 1890, Chiquinha Gonzaga compôs a primeira marcha carnavalesca, "Ô Abre Alas!". A música havia sido composta para o cordão Rosas de Ouro que desfilava pelas ruas do Rio de Janeiro durante o carnaval. 

Os foliões frequentavam os bailes fantasiados, usando máscaras e disfarces inspirados nos bailes de máscaras parisienses. As fantasias mais tradicionais - e usadas até hoje - eram as de Pierrot, Arlequim e Colombina, originárias da cultura francesa.

Essas fantasias evoluíram para a crítica, especialmente a políticos, e houve carnaval em que as máscaras de um senador, deputado, governador e presidente esgotavam no momento em que eram colocadas à venda. E sempre no sentido de criticar o modelo mascarado.

Em Criciúma e na região, o Carnaval vem perdendo força ano após ano. Mas marcou época. 

Especialmente nas décadas de 1950 a 1980 havia disputa entre clubes para apresentar o melhor carnaval e a Praça Nereu Ramos via, em pelo menos dois dias, o desfile carnavalesco do seu carnaval de rua. Nos clubes despontavam o Mampituba, o Criciúma Clube, o City Clube, o União Mineira, o Próspera Clube Recreativo, o Catarinense, o Brotolândia, o Recreio do Trabalhador, de Siderópolis, o Urussanga, o Cocal, o clube de Morro da Fumaça, o Ipiranga, de Içara. Cada bairro fazia o seu carnaval no seu clube comunitário. Na rua as escolas Rosa de Maio, Vila Izabel, Xavantes e Unidos do Santo Antônio deixaram saudades.

O carnaval de rua, especialmente o praticado nos grandes centros como Rio, São Paulo, Salvador, Recife sempre se caracterizaram por belas e ricas fantasias e estas fazem parte da indústria do carnaval, o nome dado ao conjunto de atividades para produção de fantasias, adereços, e materiais para os carros alegóricos, que movimentou cerca de 6,25 bilhões de reais e gerou mais de 20 mil empregos em 2018. Só as escolas de samba do grupo especial, do Rio de Janeiro, gastam cerca de 100 milhões de reais em matéria-prima para pôr seu enredo na avenida, sem contar salários e serviços.

E olha que ainda estamos vivendo uma grande crise econômica! cadê a crise? Crise? Está todo mundo no refrão: Hoje eu não quero sofrer, quem quiser que sofra em meu lugar...

E que todos comecemos o dia como queremos termina-lo! Bom dia!

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