O universo político está sujeito a uma metamorfose de dinâmica imensurável, em que tudo que foi dito e acertado pode ou não ser honrado até o momento do pleito - que está logo aí. Acontece que, devido à tantas incertezas, o tempo vai contra aqueles que já estabeleceram as suas verdades e que querem vê-las executadas no dia 4 de outubro.
Em Criciúma, o MDB se reúne em nível estadual e breca a vontade do deputado Fernando Vampiro de assumir o papel de defensor maior do governo Moisés. Enquanto isso, o próprio partido o chama para assumir a candidatura ao Paço Municipal, mas ele afirma com todas as palavras: a possibilidade para tal é zero.
Já o PP, anteriormente tão grandioso em Criciúma, se encontra em frangalhos e rasga a sua história e balança entre apresentar um candidato à cadeira de Marcos Rováris ou hipotecar apoio à reeleição do atual mandatário do poder executivo. Apostava em Jorge Boeira, que negou possibilidades de concorrer ao cargo, e agora estuda outros três possíveis nomes para a candidatura.
“O que causa a grande surpresa é que historicamente MDB e PP dividiam a hegemonia política local, disputando cargos majoritários e a maioria na Câmara Municipal, um e outro, de lanterna acesa às mãos, caminham a luz do dia em busca de nomes dispostos as disputas de outubro. Juntam os cacos a que foram reduzidos e não levantam qualquer bandeira capaz de reaglutinar os exércitos que comandavam”, destacou Archimedes Naspolini Filho.
Já os partidos menores, que estão proibidos de formar uma coligação para a eleição de vereador, agora estudam alternativas para encontrar um nome capaz de utilizá-los em uma candidatura única, com possibilidades de disputar o pleito, e não apenas participar dele.
“Acontece que a metamorfose do cenário político eleitoral determina que nada está posto definitivamente, nada é imutável. Um episódio qualquer pode mudar o rumo da história e ensejar um resultado que hoje, do jeito e forma que está montado, é inimaginável. Haverá um vencedor, teremos vencidos, para uns, uma solene missa, para outras uma celebração litúrgica”, concluiu o jornalsita.