São 601 vítimas da Covid-19 em Criciúma. Em homenagem póstuma, o Conselho Municipal da Saúde organizou um ato na noite desta quinta-feira, 8, com a reza de um pai nosso e 600 velas acesas na escadaria da Igreja Nossa Senhora da Salete, no bairro Próspera.
Pouco mais de 10 pessoas estiveram no local nesta homenagem às vítimas da Covid. A ideia do ato foi de Maicon Saviato, representando do Siserp. Ele explicou as motivações para a mobilização.
"Organizamos um pequeno ato no miolo da Praça Nereu Ramos e resolvemos fazer uma maior hoje, com 600 velas em homenagem a cada vítima perdida em Criciúma e no Brasil. São famílias destroçadas, vítimas dessa pandemia que infelizmente continua matando pessoas", explicou Saviato.
"Só a vacinação em massa, o mais rápido possível, vai colocar o fim nessa pandemia. Não podemos nos esquecer das vidas, não são números. São histórias e famílias. Por isso a homenagem aqui em frente à igreja", acrescentou.
O presidente do Conselho Municipal de Saúde, Júlio César Zavanil, criticou as políticas públicas de saúde no combate à pandemia. "O prefeito de Criciúma diz, sem qualquer comprovação científica, que as crianças tem que obrigatoriamente voltar às aulas. É uma imposição e uma ditadura às mães e pessoas com medo. Estamos fazendo esse ato para lembrar o que acontece no Brasil e homenagear essas famílias", ressaltou.
"Nós temos clamado ao prefeito para que tenha políticas efetivas de saúde pública, porque essa questão depende muito de prevenção, isolamento, de evitar que o coronavírus se plorifere. Precisamos incentivar o uso de máscaras e de vacinação em massa. No Brasil, estão ganhando dinheiro em cima de vacinas, essa corrupção que estamos vendo", concluiu.