Luiz Antonio Fabro, presidente da Comissão Organizadora para Comemoração do 30º Aniversario do Gemellaggio. Como Vereador e 1º Secretário da Mesa Diretora da Câmara Municipal foi o Tesoureiro da Comissão Organizadora em Urussanga e compôs a Delegação Oficial para assinatura em Longarone.
Em 1992, Urussanga teve a oportunidade de ser agraciada com um elo que a uniria a Longarone, duas cidades tão distantes e ao mesmo tempo tão próximas, o Gemellaggio. O que podemos constatar desde o firmamento desse acordo até hoje é uma desinformação do cidadão urussanguense sobre o assunto, quais os benefícios que o Gemellaggio traz para Urussanga, e, de igual forma, para Longarone.
O significado do Gemellaggio, segundo as fontes, é o “acordo selado entre cidades de nações diferentes que facilita o acesso a informações, a troca de experiências, a elaboração de projetos e a cooperação econômica e cultural”.
A intenção dos urussanguenses naquele momento, com esse acordo, era encontrar as raízes dos antepassados. Uma busca pelas origens. Laços estabelecidos e emoções à parte, já se passaram 30 anos e é hora de se pensar como esse acordo pode ser melhorado.
Nestes trinta anos, várias foram às viagens feitas pelas comitivas oficiais de Urussanga e Longarone. Por aqui alguns acham que o pacto valeu a pena, outros acham que é desperdício de dinheiro público, que só proporciona pranzi e cena (almoços e jantas) aos diretamente envolvidos. Depende da ótica com que cada um avalia, mas quando falamos de dinheiro público, um melhor aprofundamento em relação à questão é necessário.
Tivemos avanços em algumas atividades, como o estímulo para os urussanguenses buscarem a dupla cidadania (apesar de custar caro e demorar muito) e conseguirem adentrar na exigente Europa sem maiores problemas, encontrando lá sua fonte de renda nas gelaterias; intercâmbio para estudantes aprofundarem seus conhecimentos em diversas áreas; aprimoramento e fortalecimento dos laços culturais dentre outras, todavia, a distribuição destas conquistas gera dúvidas quanto aos critérios adotados, pois o cidadão-comum de Urussanga não conhece os trâmites para se utilizar dessas oportunidades que o Gemellaggio proporciona.
Fica então uma inquietação: Como poderemos “explorar” mais esse acordo para ampliar os conhecimentos na área do turismo observando-se que o povo italiano conhece muito bem esta atividade? Como direcionar as atenções para os benefícios que a indústria, o comércio e outros setores podem obter com o acordo que já completa 30 anos? Enfim, o que Longarone pode oferecer? E nós, o que podemos oferecer em contrapartida?
Ainda podemos avançar muito, e o Poder Executivo Municipal, através do seu Prefeito, a Câmara Municipal, através de seus Vereadores, as Associações Culturais, a Associação Industrial – ACIU e a Câmara de Dirigentes Lojistas - CDL devem estabelecer o que essa coalizão poderá nos trazer nos próximos anos. A melhor forma para encaminharmos este debate é provocando os entes citados acima para tomar a frente dessa discussão, para que os próximos anos tragam aos envolvidos, urussanguenses e longaronenses, muito mais retornos e realizações.
Precisamos unir esforços para corrigir os rumos que queremos dar para este pacto de amizade. Ainda dá tempo!