O Partido Progressista (PP) nasceu e cresceu grande no município de Criciúma, carregado de lideranças que disputavam entre si as posições em chapas de candidatura em todos os poços eletivos. Apesar disso, atualmente, o partido que tem o sambinha de uma nota só de Tom Jobim e o canto gregoriano materializado em seu diretório municipal, não apresenta mais tanta força assim em Criciúma.
Segundo Archimedes Naspolini FIlho, basta olhar para trás para ver monumentais disputas em sucessivos pleitos, os quais sempre contavam com o PP chegando ao poder ou ficando próximo dele. “Na Câmara Municipal, o partido chegou a eleger maioria folgada e tinha na lista dos suplentes nomes expressivos de lideranças comunitárias - isso acabou”, afirmou.
O jornalista destaca que o partido foi perdendo força pleito após pleito no município, com as únicas lideranças que poderiam reacender o fogo do PP em uma eleição, deixadas de fora do processo. “Das bancadas majoritárias, está reduzida a duas cadeiras na Câmara, uma das quais não esconde o seu pendor para o partido não disputar a eleição majoritária, ou seja, dos dois conta como um - e este é o seu tamanho no poder legislativo municipal de Criciúma”, ressaltou.
O PP que antes tinha representatividade significativa dentro da Câmara, atualmente se tornou um partido de uma liderança só: ou é Boeira, ou é Boeira. “Melancólico fim de um partido que não se entende nem para eleger a sua comissão executiva, e quando o faz, vai buscar lideranças periféricas que deveriam receber orientações de Criciúma, e não ser por elas orientadas”, concluiu o jornalista.