A falta de leitos pediátricos de UTI pelo Sistema Único de Saúde (SUS) ficou evidente nesse final de semana. Muitas mães passaram pelos hospitais de Criciúma em busca de uma vaga, mas sem sucesso. Ao todo, na região foram 14 crianças esperando na fila. Os pacientes tiverem, devido à emergência, que ser encaminhados aos hospitais particulares.
A solução para suprir essa carência, que atinge várias regiões do Estado, está no extremo Sul, em Sombrio. No hospital Dom Joaquim serão instalados dez leitos pediátricos de UTI e dez de UTI neonatal. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, inclusive esteve visitando a unidade no início desse ano onde participou do lançamento do projeto da UTI Pediátrica. A obra será viabilizada com o repasse de R$ 5,5 milhões em emendas encaminhadas pelo deputado Daniel.
O superintendente do Instituto Maria Schmitt (IMAS), Robson Schmitt, entidade que administra o hospital de Sombrio, em entrevista ao programa Conexão Sul dessa terça-feira, 17, atualizou o processo de instalação dos leitos. “Acompanhamos uma pouco essa situação no final de semana e foi muito angustiante. Tentamos também conseguir leitos no hospital Regional de Araranguá, mas as crianças foram transferidas para outras regiões. Mas realmente a escassez é algo preocupante. A procura vem aumentando muito. Temos trabalhado desde o anúncio incansavelmente para a aprovação do projeto do hospital Dom Joaquim. Tivemos que fazer várias adequações a pedido da vigilância Sanitária, mas acreditamos que dentro de cinco a seis meses poderemos já ter os leitos instalados na unidade.”
O superintendente afirma que esse será um divisor de águas para a saúde do Estado. “Após a instalação dos leitos vamos buscar fazer cirurgias de maior complexidade. Hoje esses procedimentos são feitos apenas em Curitiba, Porto Alegre, Florianópolis e Joinville. Com as melhorias no hospital Dom Joaquim toda a população vai sair ganhando”, analisou Robson.
Os recursos advindos de emendas parlamentares ainda estão sendo aguardados para a instalação dos leitos. “Esses recursos são fundamentais para que possamos ter essas dez unidades pediátricas e dez de neonatal. O espaço nós já temos”, encerrou o superintendente do IMAS.