Oito dias após a passagem do ciclone extratropical que atingiu o estado, a Secretaria da Educação (SED) fechou o levantamento dos estragos para iniciar o processo de recuperação das 412 escolas atingidas, cerca de 38% do total de unidades estaduais. Das 36 coordenadorias regionais (CRE), somente a de São Miguel do Oeste não teve unidades escolares afetadas.
Nos doze municípios de abrangência da Gerência Regional de Educação de Criciúma, são 18 que precisarão passar por reformas. A gerente, Ronisi Guimarães diz que entre os principais problemas ocasionados pelo fenômeno, estão destelhamentos, ginásios que tiveram as telhas removidas, quedas de árvores, entre outros. “Terminamos o relatório e as empresas para a reforma serão contratadas no mesmo molde da contratação para a manutenção”, fala.
Entre as unidades educacionais com mais problemas, cita Ronisi, está a Udo Deek, de Treviso, com destelhamento e a Escola Ernani Cotrim, de Lauro Müller, onde parte do muro caiu e o ginásio foi afetado. Das 35 regionais de educação, apenas uma não sofreu com o ciclone bomba de terça-feira passada. A Grande Florianópolis, Itajaí, Jaraguá do Sul, Blumenau e Brusque foram as regiões com o maior número de escolas atingidas, totalizando 155. Nesta semana, a Secretaria de Estado da Educação enviou às CREs um documento de orientação para a futura manutenção das unidades.
De acordo com o documento, os serviços referentes aos reparos ocasionados pelo ciclone serão tratados de duas formas. As avarias de pequeno e médio porte podem começar a ser consertadas a partir desta quarta-feira, 8, com os contratos de manutenção civil já existentes. Esses trabalhos serão concentrados nos reparos de estrutura das escolas, troca de telhado, manutenção na fiação elétrica e obras de conservação do prédio, caracterizados como manutenção civil, que não demandam projetos de engenharia.