Toda a ação tem uma reação. Parece algo óbvio, mas é a maior verdade. O lembrete do pneumologista Renato Matos vem em face da situação que se enfranta com pandemia do novo coronavírus. Em entrevista ao Programa Adelor Lessa, na Rádio Som Maior, na manhã desta sexta-feira, 10, o pneumologista lembrou dos pesquisadores que avisavam que a curva pandêmica da região deveria demorar para chegar em Santa Catarina, mas chegaria.
Conforme o pneumologista, o cruzamento de diversas informações sobre a curva atrapalhou um pouco o entendimento da situação. " Nós nos baseamos em dados dos organismos oficiais e na época o Mandetta já falava que pandemia chegaria em Santa Catarina. Ele afirmava que vai chegar em 30 dias, 15 dias, 10 dias e essa demora levou a população achar que a gente já tinha passado da situação, mas isso chegou agora", explica.
Renato Matos coloca que os dados já apontavam que a curva e o ápice chegaria atrasado no estado em relação ao restante do país. "Nós tivemos um aperitivo naquela época e certamente as medidas precoces e rigorosas de afastamento físico no início da pandemia ajudaram esse atraso. Agora passamos a ter uma situação diferente", comenta.
Para ela, os três estados estavam em uma situação tranquila e agora estão assolados com um crescimento avançado do número de casos. "Uma morte hoje tem relação com algo ocorrido há três ou quatro semanas. O que estamos fazendo e vivendo hoje vai refletir daqui a um mês", conclui.