O Ministério Público Federal (MPF) instaurou um inquérito civil para investigar o cumprimento pelo Município de Criciúma das orientações do Ministério da Saúde para manuseio medicamentoso precoce de pacientes com diagnóstico da Covid-19 e a adequada fiscalização por parte dos Conselhos Regionais de Medicina e de Farmácia. O inquérito, instaurado de ofício pelo procurador da República em Criciúma Fábio de Oliveira, teve como fundamento divulgação pela mídia de que Criciúma disponibilizará tratamento alternativo para o tratamento da covid-19.
Com o inquérito civil, o Município foi oficiado para que apresente, com urgência, cópia do protocolo clínico adotado e distribuído aos médicos de Criciúma, com orientações para o “manuseio medicamentoso precoce” no tratamento de pacientes com diagnóstico de covid. “Manuseio medicamentoso precoce” é quando o paciente de covid-19 recebe medicação logo no começo da infecção, antes de apresentar sintomas mais graves.
O prefeito Clésio Salvaro bateu na tecla da oferta de medicamentos para a população durante live realizada nessa terça-feira, 7. A intenção do município é investir na aquisição de ivermectina, azitromicina, dipirona e analgésicos para servir à população, bem como buscar um estoque de hidroxicloroquina. "A Covid não tem cura ainda. Nós temos os medicamentos que vamos deixar à disposição dos médicos. O médico é o responsável, não somos nós que vamos sair por aí com receita prescrevendo. Isso é papel do médico. O médico e o paciente que têm essa relação", afirmou Salvaro. "Se o médico receitar tal medicamento, a responsabilidade é dele, nós vamos respeitar o ato médico. O papel do prefeito é não deixar faltar medicamento para a população", destacou.