O Estado de Santa Catarina foi afetado, na última semana, pelo ciclone-bomba extratropical. Em Criciúma, o setor da Agricultura apresentou elevados prejuízos e, por isso, a Gerência de Agricultura e Agronegócio está planejando ações para amenizar a situação. Os bananicultores foram os mais afetados pela passagem do ciclone. A cidade possui aproximadamente 800 hectares de bananas e a perda de cada uma, na fase adulta, gera o prejuízo de R$ 40.
Nessa última terça-feira (7), a Gerência de Agricultura e Agronegócio fez uma reunião com técnicos engenheiros agrônomos da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) e com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Ficou decidido a visita aos bananais in loco e de forma presencial, a partir desta quarta-feira (8), para que seja possível fazer o levantamento exato dos prejuízos sofridos pelos agricultores.
“O ciclone-bomba chegou com ventos de até 91 km/h em Criciúma. Isso ocasionou a perda de mais de 50% dos bananais da cidade. A reunião foi muito positiva e é sempre muito importante que o poder público, junto com a Epagri, estude medidas para amenizar os prejuízos”, comentou o pesquisador da Estação Experimental de Urussanga (EEUr), Marcio Sônego.
Após a visita e com dados mais precisos, será considerada a possibilidade de melhorar o escoamento das estradas internas dos bananais de escoamento da produção. Também será analisada a possibilidade de dispor de mudas de bananas, além do fornecimento de nova cota de calcário para os agricultores.
“Durante as visitas, serão prestadas orientações, verificado o percentual de perda e buscado soluções de melhorias para o bananal. As bananas são extremamente sensíveis ao vento por conta do peso do cacho e das folhas grandes. Pretendemos estar com todos os dados prontos até esta sexta-feira”, afirmou a gerente de Agricultura e Agronegócio de Criciúma, Maristela Oenning Borgert Bresciani.