"O mercado, né". Essa tem sido, nos últimos anos, a resposta mais comum para justificar as dificuldades do Criciúma na hora de contratar jogadores. "Nós achamos que teríamos que trazer dois ou três, mas temos que trazer melhores que os que temos aqui. Os que procuramos os clubes não liberaram", afirma o diretor executivo de futebol, João Carlos Maringá.
O meia Dudu, que já teve uma passagem pelo Criciúma, foi um caso. O clube tentou e não deu certo. "Nós tentamos o Dudu que jogou aqui, foi do Coritiba e Chapecoense, ele está voltando do mundo árabe. Falei com o empresário, vai voltar para lá. Às vezes você quer mas não é possível. Temos um período até a janela", observa.
Mas além das dificuldades para buscar atletas no mercado, há o entendimento de que o Criciúma está bem servido no elenco atual para a sequência da Série B. "Nós temos um bom grupo, acreditamos, temos bons jogadores que vão evoluir, que estão fora do time e poderão ganhar lugar. O grupo é qualificado, então não dá para sair no desespero. Agora são contratações pontuais e com cuidado. Contratar por contratar fica bom por três ou quatro dias, mas daí pode ser pior que o que temos aqui", coloca o dirigente. "Estamos atentos ao mercado. Daqui a pouco surge um jogador que a gente quer. As coisas essa semana são bem difíceis, tem clubes com dez dias de folga e você não consegue falar com ninguém", pondera.
De zero a três
Sobre quantidades de reforços, não há um número fixo definido. "Pode ser uma, duas ou três ou nenhuma. Contratar por contratar pode ser uma armadilha para o clube. Se não trouxermos ninguém vamos com esse grupo, vamos nos fechar internamente", adianta Maringá. "Teu principal adversário, às vezes, é tu mesmo, se te desorganizar internamente. Se preocupar com o ambiente interno, que os jogadores treinem e joguem no limite. Com esse grupo tem chance sim de melhorar muito a campanha", analisa. "Os jogadores vão jogar mais que estão jogando", complementa.
Sexto lugar
Sobre o rendimento no Campeonato Brasileiro, o diretor reconhece que a expectativa era ter partido para o recesso da Copa América com até 12 ou 13 pontos conquistados. "Para estar até em sexto lugar, mas infelizmente tropeçamos em alguns jogos, mas felizmente melhoramos nas quatro últimas rodadas. Se fizer um paralelo, nas primeiras quatro fizemos 2 pontos, nas outras quatro fizemos 7 pontos", calcula.
O Tigre tem, por enquanto, apenas um reforço acertado. O meia Guilherme Foguinho deve chegar do Caxias em agosto ou até antes, caso o clube gaúcho seja eliminado logo da Série D do Campeonato Brasileiro.
Depois de oito dias de folga, o Criciúma reapresentou-se nesta quinta-feira para a retomada dos treinamentos em seu CT. O time volta a campo pela Série B no dia 9 de julho, em casa, contra o Coritiba.