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"Está difícil", afirma pai de menina que sofreu racismo em Criciúma

Quase dois meses após o ocorrido, família ainda está abalada e busca por justiça

Por Enio Biz Criciúma, SC, 11/05/2022 - 13:42 Atualizado em 11/05/2022 - 13:47
Foto: Arquivo / 4oito
Foto: Arquivo / 4oito

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Um ato pacífico contra o racismo vai acontecer no próximo sábado (14), a partir das 09 horas, na Praça Nereu Ramos, em Criciúma. O evento, em praça pública, visa chamar a atenção da sociedade  sobre este tipo de crime. O caso mais recente e que ganhou repercussão nacional ocorreu no dia 18 de março deste ano. Uma criança, de apenas sete anos, foi alvo de racismo nas redes sociais. 

Em entrevista ao programa Conexão Sul desta quarta-feira (11), o pai da menina, Fabrício Silvério Lucas, diz que falar do assunto ainda machuca.

"Quando toco nesse assunto ainda é complicado, principalmente psicologicamente e emocionalmente, em virtude de tudo o que a gente passou. Já vimos casos racistas em outros estados, mas nunca imaginamos que vai acontecer com a gente. Eu, particularmente, tento ser forte, mas estou abalado ainda. O que passamos, não quero que ninguém passe", afirma.

O pai revelou que a filha ainda chora quando relembra do caso. "Agradecemos muitas pessoas de Criciúma e de fora, já que o caso repercutiu nacionalmente. Todos os dias recebemos palavras de conforto, mas o que aconteceu foi com uma criança de sete anos. A minha filha tem passado uns dias com lembranças. Tem dias que a gente pega ela chorando relembrando tudo o que passou. Nós não podemos vingar e temos que mostrar o que é certo e errado para as próximas gerações. E a gente conforta e passa segurança para ela, mas é difícil porque o caso ainda é recente. Está difícil", lamenta ele.

Fabrício Silvério Lucas conta que tem receio do futuro. "O meu medo não é agora, e sim, é depois. A trajetória da vida da minha filha, como vai ser? Ela é uma menina muito esperta, só porque vem tudo à tona na cabeça dela", frisa.

Relembre o caso 

Para ele, a vítima de racismo não pode sofrer calada. "Eu me posicionei na rede social pela minha minha, mas também por outras pessoas e famílias que já sofreram racismo. Não podemos sofrer calado. E eu não vou parar aqui. Faço isso pela minha família e por todos. O racismo não vai parar enquanto as pessoas não se posicionarem", enfatiza o pai.

Na época, a autora dos atos racistas foi identificada, processada e demitida do emprego. O caso segue em sigilo. "O caso está sendo investigado. Já teve algumas pessoas ouvidas, mas o processo está em sigilo. Mas, a gente vai lutar. Temos um judiciário eficiente para isso e que possam reconhecer o ato como racismo", finaliza Fabrício. 

Tags: racismo crime

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