O coronavírus é e continuará sendo por muito mais tempo o principal assunto a ser discutido e debatido entre as pessoas e, também, nas mídias. É uma pandemia que coloca em risco toda a população e que, se não for cuidada, poderá dizimar a população sexagenária e as mais longevas do mundo inteiro.
Há quase uma unanimidade nacional e internacional que diz que o confinamento, o recolhimento da população em suas casas, é a melhor forma de evitar contato com o vírus. Governos estaduais e municipais do Brasil inteiro falam a mesma linguagem, apoiadas nas orientações do ministro da saúde Luiz Mandetta. Mas na contramão dessas orientações, vem o discurso do presidente Jair Bolsonaro.
“Quando todos esperávamos uma palavra de apoio e incentivo a prática do confinamento, vem o bolsonaro, até em tom provocativo, afirmar que se trata de uma gripezinha e que prefeitos e governadores extrapolaram e extrapolam a sua competência com tais determinações. A mídia internacional nos alimenta com a informação de que a praga é maior do que se imagina, e que em países que não foram tomadas tais providências, o confinamento, estão pagando com muitos óbitos”, comentou o historiador Archimedes Naspolini Filho.
Em um momento em que os brasileiros sentem a presença do perigo, trancafiados em suas casas, surge o discurso tido como desnecessário. “O presidente pode até pensar que isso é exagero, mas não tem o direito de fazer isso em rede nacional. Bolsonaro faz o governo que nós brasileiros pedimos, ainda deve contar com a maioria dos que elegemos, mas tem que fechar a boca. O seu adversário, o congresso nacional é está ao lado”, concluiu Archimedes.