Passado o natal, muitas das pessoas começam a se relembrar dos tempos natalinos de antigamente, de uma época já distante. Costumes que, em décadas anteriores, eram extremamente comuns entre as famílias durante o dia de natal, hoje em dia são substituídos por outros - talvez, de igual valor para alguns.
“Ao meu tempo de criança, quem trazia os presentes na noite de natal era o menino Jesus, montado num burrinho que comia todo o capim que, cuidadosamente, a gente deixava em um prato sobre a mesa que seria visitada pelo menino Deus”, relembrou Archimedes Naspolini Filho.
Segundo Archimedes, em sua infância, as atitudes natalinas divergiam de muitas outras consideradas comuns atualmente - entre elas, os presentes recebidos pelas crianças. “Na manhã do dia 25, as crianças saíam às ruas mostrando os presentes, geralmente presentinhos. O menino, uma bola nova ou um caminhãozinho, as meninas uma boneca, quando não uma camisa nova e apenas isto”, afirmou o jornalista.
Até mesmo a ceia de natal, comemorada geralmente na noite do dia 24, era diferente há anos atrás. Isto porque, segundo Archimedes, muitas pessoas nem ao menos sabia do que se tratava a ceia e, no lugar dela, estava um almoço de natal “de tamanho descomunal”, com muito macarrão e galinha ensopada - comidas típicas italianas.
Apesar de tantas mudanças, uma única coisa do natal parece não ter mudado tanto com o passar dos anos: a missa do galo e a comemoração cristã da data. “O que não muda mesmo é o cerimonial da igreja católica apostólica romana. São missas em uma igreja matriz lotada, com uma liturgia ricas de detalhes, paramentos e adereços, orações e hinos, fé e esperança. Os anos passam, mas o cerimonial litúrgico da Santa Madre permanece inalterado”, concluiu.