Assim como em outubro, a campanha Viva Mais da Som Maior e do 4oito focou na saúde da mulher, em novembro, a iniciativa enfatiza os cuidados do homem.
Em alusão ao Novembro Azul, o programa 60 Minutos entrevistou três profissionais da área para tratar do tema.
O Urologista, André Rodrigues, destaca que o Novembro Azul passou a estimular o homem a ter mais atenção com a saúde. “O objetivo não é mais tratar doenças, mas fazer a prevenção. Todo este empenho mostra a necessidade do acompanhamento precoce e isso tem levado ao diagnóstico de patologia, principalmente do câncer. Neste mês damos ênfase ao diagnóstico precoce, e sabendo que com isso é possível curar 90% dos casos”, diz.
Ele lembra também a orientação de que todo homem acima dos 40 anos procure um médico para fazer o acompanhamento. “Com a pandemia, muitos não foram às consultas periódicas, mas estão voltando agora. O câncer de próstata, geralmente, leva um tempo para evoluir, então não está tendo tanto impacto, mas outros tumores o protelar de um ano já faz diferença para um tratamento adequado”, diz Rodrigues, acrescentando as formas de exame para detecção do câncer de próstata. “Fizemos associação que é o exame de sangue e o físico, que é o toque retal. A associação dos dois nos dá a ideia se o homem pode ter o câncer de próstata ou algum sinal para seguirmos com a investigação”, pontua.
Tratamento
Após a detecção, é preciso fazer o tratamento, que segundo o Oncologista, Cléber Serafin Daltoé, varia conforme o caso. “O tratamento é uma associação com diversos especialistas para analisar o tratamento adequado. Quando chega no oncologista são casos mais avançados. Quando se tem chance de 90% de cura, não precisa procurar o oncologista. O caso é individualizado porque é uma doença que não tem rotina específica para cada situação. Às vezes, três profissionais dão tratamentos diferentes que chegam a resultados iguais”, cita.
Entre os tratamentos estão radioterapia e cirurgia, ou até mesmo os dois. “Quando é de baixo risco, às vezes, o profissional somente acompanha o paciente”, fala.
Além da próstata, os cânceres mais comuns nos homens são de pele, pulmão e cólon. “Mulheres têm menos de pulmão, tendo o câncer de mama com um percentual grande tal qual o homem tem da próstata”, conclui Daltoé.
Mais prevenção
Para o presidente da Unimed de Criciúma, Leandro Avany Nunes, o conceito de prevenção foi deixado de lado por muitos anos. “Porque do ponto de vista de tratamento, ele é mais rentável para hospitais, clínicas e terapias do que a prevenção, mas isso mudou de um tempo para cá. A Unimed por exemplo, nos últimos três anos, mudou esta dinâmica porque entende que prevenir as doenças é muito melhor que tratar a doença. Temos um programa na saúde da mulher onde aquelas acima de 40 anos, fazem a mamografia uma vez por ano. Não precisa da requisição, e não paga coparticipação. No homem há alguns programas nas empresas de conscientização para que ele procure o médico”, comenta.