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O valor de um bom ministro da Educação

O deputado estadual Rodrigo Minotto escreve sobre a transição que está ocorrendo no comando da Educação no Brasil

Por Redação Criciúma, SC, 04/07/2020 - 10:11 Atualizado em 04/07/2020 - 10:11
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

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Rodrigo Minotto, deputado estadual

O Ministério da Educação vem de longe. Foi criado no ano de 1930, pelo governo de Getúlio Vargas. Na oportunidade, dividia interesses com outra área essencial para os brasileiros em um órgão que se chamava Ministério dos Negócios da Educação e Saúde Pública.

Em 1953, a área da Saúde ganha vida própria e nasce o Ministério da Educação, como conhecemos hoje, e que tinha como objetivo primordial assegurar educação de qualidade para os brasileiros e brasileiras em todos os níveis, dos primeiros anos do ensino ao ensino superior.

São quase 80 anos de história.

O MEC, como é conhecido do Oiapoque ao Chuí, cumpriu seu papel nesse longo tempo, com inúmeras e relevantes conquistas, garantindo desde a alfabetização de crianças de todos os recantos do país até o acesso à universidade por todos. 

Na sua importante história, podemos destacar, entre outros, a criação da escola em tempo integral, o desenvolvimento das escolas profissionalizantes e tecnológicas, que tanta oportunidades de trabalho criou para a nossa juventude, o Programa Universidade para Todos, o Prouni, que ofereceu chances de acesso às universidades para milhões de estudantes de baixa renda, democratizando o acesso aos cursos superiores.

Resgato essa bela história do Ministério da Educação para focar em um assunto que muito nos preocupa neste momento; a indicação de um novo Ministro da Educação.

Me perdoem os que pensam ao contrário, mas o Ministério da Educação não está sem ministro apenas desde a surpreendente viagem de Abraham Weintraub para os Estados Unidos recentemente.

Na minha opinião e na opinião de milhões de brasileiros que, como eu, entendem que Educação é o maior valor de uma nação, o Brasil está sem Ministro da Educação desde o primeiro dia do atual governo. O antecessor de Weintraub, Ricardo Vélez Rodríguez, também não disse a que veio.

Após a desastrada indicação do senhor Carlos Alberto Decotelli, o Ministro da Educação que durou apenas cinco dias no cargo que sequer chegou a assumir, penso que está mais que na hora de pensarmos com muito carinho na escolha finalmente de um Ministro da Educação do tamanho dos sonhos do Brasil.

Deixemos de lado bobas e quase infantis questões ideológicas e concentremos no que realmente importa: conhecimento, perfil técnico, compromisso real com a educação de nossas crianças e jovens.

Escolher um bom Ministro da Educação não diz respeito à política.

Escolher um bom Ministro da Educação não diz respeito a atender este ou aquele grupo, a esta ou aquela corrente partidária.

Escolher um bom Ministro da Educação diz respeito a garantir a realização dos sonhos de milhões de crianças e jovens e suas famílias e assim construir um país com a grandeza que o Brasil merece.

Rodrigo Minotto
Deputado estadual
2º Vice-Presidente da Assembleia Legislativa de SC
Vice-presidente estadual do PDT/SC

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