Os “pecados capitais” na paralisação dos caminhoneiros

Foram quase duas semanas, mas a paralisação dos caminhoneiros chegou ao fim. Apesar do nome, não foram apenas os caminhoneiros que participaram de manifestações. Tornou-se um movimento do povo. Foi sobre este assunto que o comentarista Archimedes Naspolini Filho tratou no Bom Dia desta sexta-feira (1º).

“Os caminhoneiros conquistaram o Brasil. Desligaram o motor do caminhão, postaram-se a beira da estrada e disseram que com o valor do litro do Diesel estavam pagando para trabalhar. E quando falaram em Diesel a sociedade entendeu combustíveis, isto é, qualquer dos combustíveis comercializados pelos postos de combustíveis distribuídos pelo território nacional. De quebra, e aí a torcida cresceu mais, eles queriam o fim da corrupção e a deposição de Michel Temer da Presidência da República”, disse.

Archimedes comentou que havia sinceridade no apoio dos brasileiros aos caminhoneiros. “Bastou a notícia de que não havia mais gasolina nos postos de combustíveis para um ruído assustador tomar conta das ruas. Inescrupulosos comerciantes aumentaram o valor do produto e os desavisados não se importaram e pagaram o preço arbitrado. Ali deu pra ver que a coisa não era bem como se imaginava. De um lado os paredistas exigindo a redução do valor e do outro os demais consumidores fazendo quilométricas para comprar gasolina a preços na estratosfera. Abastecer virou sinônimo de aceitar: pode tudo, desde que não falte combustível. Aplaudimos os caminhoneiros por ter ido as ruas e fizemos exatamente o que não devíamos ter feito”, afirmou.