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Quilômetro a quilômetro, agonia que se renova na Jorge Lacerda

Na espera pelo tapa buracos e a futura revitalização, a reportagem relacionou buracos e piores trechos

Por Denis Luciano Criciúma, SC, 29/07/2019 - 08:55
Fotos: Denis Luciano / 4oito
Fotos: Denis Luciano / 4oito

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É praticamente impossível transitar os 8,3 quilômetros da Rodovia Jorge Lacerda entre a BR-101 e a rótula de acesso a Forquilhinha, ingressando em Criciúma pelo sul, sem observar algum carro parado com motorista espiando pneus e o assoalho do carro. Garantia de trabalho para borracheiros, a deteriorada estrada é uma agonia crescente metro a metro. Para atestar isso, a reportagem fez a conta.

Não existe qualquer sequência de 500 metros que a Jorge Lacerda ofereça conforto ao tráfego, sem solavancos nem surpresas indesejadas. Contador de quilometragem do zero, a arrancada a partir da BR-101 mostra as primeiras sete centenas de metros sem tantos sobressaltos. O pior começa em seguida dos 700 metros, com buracos que fazem fila nas extremidades, às margens do acostamento que, de ponta a ponta, é desprovido de pavimentação. Trata-se de um corredor de poeira e pedras. Largo, mas não urbanizado.

Acostamento, só na terra mesmo. E com pedras e buracos

Nos 900 metros no sentido BR-101 a Criciúma, há o primeiro ponto com mais remendos e saliências nas duas pistas, principalmente nas margens. No quilômetro 1, um buraco redondo, aberto e nada discreto sinaliza a inexistente faixa central. Entre subidas e descidas, o local mais crítico da viagem até então apresenta-se no quilômetro 1,8, com mais saliências, mais buracos e remendos, vários, cujas cores do pavimento entregam.

Remendos são centenas nos 8,3 quilômetros de estrada

No quilômetro 2,1 está a indicação do acesso ao Bairro Verdinho, É um ponto com menos falhas. Um dos menos ruins da rodovia. Mais trepidações ao volante e chega o quilômetro 4,1, bastante crítico. O cenário repete-se, com buracos, outros remendos e a característica reinante de antes e depois, a ausência de sinalização. É exercício de lógica e geometria encontrar o centro da pista. Uma visão encoberta ou a ausência do sol complicam ainda mais a missão dos motoristas.

Um dos muitos buracos, e esse não é dos maiores

Uma verdadeira árvore está brotando de um borrachudo na margem do quilômetro 6. O borrachudo nada mais é que a saliência lateral da pista formada pelo desgaste do asfalto que se acumula e forma morros, via de regra pontiagudos e que, aos desatentos, resulta em generosos cortes nos pneus. Esse em questão, logo a seguir de uma lombada na altura da localidade de Capão Bonito, é o retrato do abandono da Jorge Lacerda. A vegetação vai tomando conta e, de alguma forma improvisada, ajuda a sinalizar o risco iminente.

Mais desníveis na rodovia no quilômetro 7, com buracos perto do acesso ao Capão Bonito. 

Eis o borrachudo do Capão Bonito

E as providências

Em audiência pública provocada pela Câmara de Vereadores no último dia 5, foram aprovadas resoluções encaminhadas ao Governo do Estado pedindo por operação tapa buracos urgente entre agosto e setembro e a prioridade da revitalização em 2020. "Concordamos com essa necessidade e podem acreditar que a Jorge Lacerda é uma prioridade da nossa gestão", disse na ocasião, perante a uma numerosa plateia, o coordenador Regional Sul de Infraestrutura, Gustavo Taufembach.

A audiência pública do começo do mês no Verdinho

Moradores sinalizaram que o abandono da Rodovia Jorge Lacerda, que era municipal até 2015, quando tornou-se estadual, vem impactando economicamente a região. "O prefeito já nos mostrou projetos bonitos para atração de empresas, mas ninguém quer vir para cá", disse Silvina Westrup, vice-presidente da comissão montada na comunidade para lutar por melhorias na estrada.

O projeto

R$ 18 milhões. É o montante do projeto de revitalização completa da Jorge Lacerda. Originalmente, era de R$ 13 milhões, mas precisou ser atualizado. "O pavimento atual vai servir como base, vamos fazer uma base de 15cm abaixo do asfalto, mais 10cm de asfalto e 3cm nos acostamentos", informa Taufembach. "Não será apenas um recapeamento", garante. Trata-se de uma obra que, quando iniciada, levará um ano para alcançar a conclusão.

Os primeiros metros da Jorge Lacerda, para quem chega em Criciúma

Não há qualquer garantia orçamentária por enquanto. "Estamos trabalhando muito para isso, no primeiro financiamento que vier aí. O governador está olhando com cautela, o secretário também. Existe a possibilidade de, com o novo financiamento que vier, essa seja uma das primeiras obras contempladas, a Jorge Lacerda", completa o coordenador.

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