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Sem credibilidade

Empresário Edson da Soler comenta sobre a febre das redes sociais na relação com o mercado publicitário

Por Redação Criciúma, SC, 14/08/2020 - 07:09 Atualizado em 14/08/2020 - 07:18
Foto: Divulgação
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Edson da Soler, empresário, proprietário do jornal Tribuna de Notícias

A febre das redes sociais está passando. Tem muita empresa que estava anunciando nas redes sociais, achando que estava fazendo bom negócio, e hoje está vendo que não está tendo bom retorno. Aliás, péssimo retorno. Ninguém quer ter a marca ligada a ofensas e rancores, e nos últimos tempos, o que mais se tem visto é justamente isto. As pessoas acham que podem sair ‘atirando” contra tudo e todos. E, o pior, as plataformas que deveriam impedir tais comentários, pouco têm feito.  

O boicote das grandes indústrias multinacionais começou faz algumas semanas. Você já imaginou que um dia Coca-Cola e Pepsi estariam unidas? Ou Adidas e Puma? Essas marcas, assim como centenas de outras, aderiram recentemente ao Stop Hate For Profit (“Pare o ódio pelo lucro”), movimento de boicote publicitário que visa forçar o Facebook a agir energicamente para combater o discurso de ódio em suas redes sociais.

Neste cenário em específico, o boicote envolve diretamente companhias gigantes por elas serem grandes anunciantes na mídia online. Como a campanha defende causas importantes — o combate ao discurso de ódio e à desinformação, essencialmente — o posicionamento a favor do movimento acaba sendo mandatório para muitas empresas, até para dar seguimento ao código de ética que cada uma segue.

As empresas não querem ter suas marcas atreladas a comentários que denigrem e ofendem. Isto é fato. Ninguém quer exibir a marca em um ambiente que desperta o ódio e o rancor das pessoas, onde desavenças, bate-bocas e brigas são alimentadas e fomentadas a todo o momento. É muita baixaria. O que deveria ser um aliado para fomento da marca está sendo visto como um inimigo no momento.

O descrédito das mídias sociais só mostra o quanto os tradicionais veículos de comunicação, TV, rádio e jornais, ainda são os melhores locais para divulgação de publicidades. Todos eles têm credibilidade e não dão espaço para troca de farpas e ofensas entre consumidores. Os espaços oferecidos pelos tradicionais veículos de comunicação só vem a somar com o propósito das indústrias, que é o de mostrar o melhor produto para o mercado. Não importa a área.

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