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O Hospital São José de Criciúma recebeu a visita de membros da diretoria da Penitenciária Sul para a entrega de 14 macas à instituição. Os equipamentos que seriam descartados foram restaurados pelos internos da penitenciária por meio do projeto Semear o Bem e retornaram ao HSJosé para uso da comunidade.
"Esta é uma ação conjunta que esbanja exemplo, amor ao próximo e beneficia toda a sociedade. Trata-se do Projeto social Semear o Bem, conduzido pela Penitenciária Sul em parceria com o Poder Judiciário (Vara de Execuções Penais de Criciúma), MP/SC (4ª Promotoria de Justiça) e o Conselho da Comunidade de Criciúma, onde utilizando-se da mão de obra de internos recolhidos naquela unidade, passou a restaurar macas e cadeiras de rodas de organizações filantrópicas, ou seja, entidades sem fins lucrativos e que prestam um serviço social", explica o diretor da Penitenciária Sul, Wagner Batista Ismael.
Ao todo, foram entregues 14 macas totalmente restauradas do Hospital São José. Participaram da entrega o diretor da Penitenciária Sul, Wagner Batista Ismael, o chefe de segurança, Mickael Pavei Abatti, o coordenador laboral, Alessandro Pereira Ferreira, além de contar com o apoio dos demais servidores da unidade.
"As macas foram recebidas em estado crítico e agora foram entregues totalmente restauradas e utilizáveis. O material utilizado na reforma ficou a cargo do HSJosé. É um projeto que beneficia toda sociedade e também ao interno, que além dos dias remidos em razão do seu trabalho, faz reacender em seu coração o espirito de união e amor próximo. Uma ação conjunta que semeia o bem e colhe a transformação", enaltece o diretor.
Diretor da Penitenciária Sul relata sua experiência pós-Covid-19
A pandemia passou, mas este período deixou muitas marcas e histórias. Uma delas foi a do Diretor da Penitenciária Sul de Criciúma, Wagner Batista Ismael, que ficou 29 dias internado no HSJosé devido a covid-19, sendo destes, 15 dias intubado.
Como forma de agradecimento durante o período de internação, Wagner sentiu, mesmo que inconscientemente, o carinho e cuidado dos profissionais. Por isso, resolveu voltar à instituição para contar aos profissionais de saúde o que sentiu e viveu em seu período de internação. "Eu vejo que nada melhor do que se sentir vivo, do que ser bem tratado. Humanizar é fundamental e o Hospital busca fazer isso. No nosso trabalho também procuramos ser o mais justo possível. Estamos tentando humanizar também o sistema. E, se executarmos um trabalho de Excelência, as situações serão melhores", pontua Wagner Batista Ismael.
Durante a palestra, Wagner afirmou que a fé ajudou muito para superar o momento, além de todo cuidado que a equipe teve com ele. "O trabalho destes profissionais aqui dentro do hospital é indescritível, é necessário. Foi muito importante para minha recuperação", enaltece o diretor.
Para a diretora geral do HSJosé, Irmã Isolene Lofi, este foi um momento muito especial para a entidade. "Poder ouvir de alguém, o que significou esse período é gratificante, e mais ainda, uma doença onde todos foram aprendendo. Não existe gesto maior que ser grato e essa conversa com colaboradores, Irmãs e médicos, foi exatamente isso. Isso é ser e fazer parte de história do outro que celebra agradecido a vida. Também gostaria de ressaltar esse trabalho de restauração das macas, que também, teve a participação de muitas mãos, de quem está em um processo de recuperação. Não vivemos em uma ilha, mas em sociedade, e juntos, construiremos algo melhor quando acreditamos que tudo pode ser melhor, através de pequenos gestos e grandes desejos de justiça", garante a diretora.
