Desde que a pandemia do novo coronavírus chegou à Santa Catarina, o Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Saúde de Criciúma e Região (Sindisaúde) vem reforçando cuidados com os profissionais da área. A presença de Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) é a tecla mais reforçada pelo sindicato e ainda não representa um problema para o setor na região.
“O Sindisaúde corba fortemente essa questão, e as empresas vêm investindo em EPI’s, principalmente ao maiores hospitais. Não há reclamações de trabalhadores quanto às Unidades de Terapia Intensiva (UTI), inclusive”, declarou o diretor do Sindisaúde, Cléber Ricardo da Silva Cândido.
Apesar de estarem diariamente na linha de frente de combate a doença, a quantidade de profissionais da área que já foram internados na região é baixa - quando comparada a outros locais de SC. “É difícil ter um controle total e que todos escapem de ser contaminados. Estamos tendo uma taxa de contaminação entre os trabalhadores, tivemos 3 ou 5 que internaram devido a Covid-19 e poucos estão afastados hoje do trabalho”, disse.
O risco de contaminação, no entanto, não se limita a somente os profissionais que trabalham diretamente com pacientes positivos para a doença. “Quanto maior e mais complexo o setor, mais proteção os trabalhadores usam”, destacou Cléber. Apesar disso, a proteção de quem trabalha diretamente com pessoas contaminadas é maior. “Cobramos muito essa questão e realmente temos uma taxa de contaminação de trabalhadores da saúde baixa na região, uma das mais baixas do estado”, pontuou.
Os profissionais que apresentam síndrome suspeita da Covid-19 ou sintomas gripais ficam afastados por sete dias, até a realização do teste. Se positivo, o trabalhador fica afastado por mais sete dias e passa por uma avaliação médica para saber se pode ou não retornar ao trabalho.
A testagem em trabalhadores da saúde também é reforçada, feito de forma periódica para evitar a possibilidade de proliferação. “Infelizmente a população não vem se cuidando como deveria, e acabamos indo para a linha de frente trabalhar nesse tratamento”, ressaltou.