A morte de uma mulher catarinense infectada com raiva levantou debates acerca da doença. Para explicar sobre este problema, o Jornal das Nove ouviu a médica veterinária da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive), Alexandra Schlickmann Pereira. Ela explicou que a raiva pode ser transmitida por qualquer animal mamífero, estando presente na saliva dos infectados.
“A raiva é uma doença viral altamente fatal. Não existe um tratamento especifico e tem praticamente 100% de letalidade. Se a pessoa ficar doente, quase sempre evolui para óbito”, comentou. Segundo Alexandra, a vítima catarinense foi dar remédio para um animal que estava doente e acabou sendo mordida, o bicho morreu e ela não procurou ajuda médica.
Os sintomas podem surgir 15 dias depois da contaminação, incluindo alteração de comportamento, mal-estar, aumento de temperatura, dor de garganta e náuseas. Em alguns casos raros a pessoa pode ficar por anos com a doença no organismo sem a manifestação. O alerta fica para as pessoas que sofrerem mordidas de cães e gatos.
“É feita uma análise para verificar se a pessoa necessita de soro ou vacina. Os pequenos animais, como cães e gatos, eles iniciam a transmissão da doença dois dias antes dos sintomas. Após a mordida, o animal deve ser observado por dez dias”, relatou a veterinária.