A folga de oito dias do Criciúma no início do recesso da Série B para a Copa América vai render bons frutos. É o que garante o preparador físico William Hauptmann. "Não podemos esquecer que temos um planejamento de trabalho. Nos apresentamos no dia 26 de dezembro, já sabendo dessa parada, ela já estava programada desde o começo do trabalho quando traçamos os planos para 2019", defendeu.
"Essa parada foi dividida em setores. Alguns atletas ficaram trabalhando, não no clube, mas em academia da cidade com o meu auxiliar, orientados os treinos por mim", apontou o preparador. "Atletas que se apresentaram em dezembro, eles teriam essa semana de repouso e descanso pelo tempo. Quem chegou para o Brasileiro, sentamos com a comissão, a fisiologia para a necessidade de dar uma segurada nesses atletas, na intensidade do trabalho, para que descansassem e recuperassem", completou.
A sexta-feira foi de treino à tarde no CT. Neste sábado o grupo trabalha pela manhã e folga à tarde. No domingo, treinamente pela manhã de novo. O clube confirmou um jogo treino para o dia 5 de julho contra o Grêmio no CT do clube gaúcho, em Eldorado do Sul (RS).
Fisicamente, Tigre em dia
Os jogadores estão em dia com a balança. "Vou citar um jogador que quando chegou, chegou com 99 quilos e 16% de percentual de gordura, que é o Liel, que está com 11,2 de gordura e 93 quilos. Quando ele saiu estava com um pouco mais. É para deixar claro que com essa semana o atleta não perde muita coisa", contou Hauptmann.
Voltando à folga, em comparação com o estágio físico do elenco, o preparador comentou que "isso não é prêmio nem castigo. Estamos fazendo o trabalho dentro de um planejamento. Temos um atleta só em um grupo de 26 atletas de linha com percentual acima de 12%, isso devemos muito ao comprometimento e seriedade desses atletas", avaliou.
Pausa suficiente
O volante Liel já não preocupa mais a comissão técnica na questão física. "O Liel é página virada, participou do último jogo e jogou os 90 minutos. A parte mais difícil, dele fora de forma com percentual lá em cima, sem ritmo, ficou para trás", relatou o preparador.
Mas uma das preocupações é Léo Gamalho. Ele não está treinando normalmente com o elenco desde a reapresentação desta quinta-feira, 20. "O Gamalho a gente não conseguiu dar uma sequência. Hoje pela manhã eu conversava com o médico, quando colocamos ele se lesiona, tem sentido. Falei com a fisioterapia para já iniciarmos o trabalho dele antes dele ser liberado para o campo, no trabalho de força. Precisamos dar sequência. Ele fez bom jogo mas tomou pancada, o que agravou", sublinhou.
Poucas lesões
Hauptmann avalia que o Criciúma não tem sofrido tanto com lesões nesta temporada. "Eu considero o número baixo baixo. As lesões que tivemos, houve uma de segundo grau, o resto só de primeiro grau. O último ano com número baixo foi em 2016, por coincidência nós estávamos no clube. E agora um número baixo de novo. O maior problema das pequenas lesões é o nível diferenciado de condicionamento", ponderou o preparador.
Ainda sobre Léo Gamalho, Hauptmann lembrou que "ele vem de fora do país, uma metodologia completamente diferente, lá se treina menos, veio parado, sem jogar, estamos tendo essa dificuldade. Como se trata de um bom profissional e que depende muito do seu vigor físico, temos que ir tateando e conhecendo esse atleta", completou.