A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) analisará nesta terça-feira (11) duas propostas que falam sobre a regulamentação de maconha para fins medicinais e científicos. Em entrevista ao Jornal das Nove, a psiquiatra, Ritele Hernandez da Silva e a doutora em Ciências da Saúde, Gislaine Zilli Réus falaram sobre os benefícios e cuidados caso seja aprovado.
“Pode ter efeitos positivos para tratar a depressão, a epilepsia. Não é só ter a dor crônica e começar a utilizar a planta”, comentou Ritele. A psiquiatra lembrou que por enquanto o tratamento com produtos oriundos da maconha é liberado apenas por meio judicial, após diversos exames no paciente.
“Em pacientes terminais a utilização da maconha pode ajudar a comer e reduzir a dor, mas são poucos estudos e não tem uma representatividade importante. Tem vários estudos robustos, mas outros não”, comentou. Citou ainda que a planta fumada pode não apresentar todos os resultados e então deveria ser consumida de outra maneira.
Uma das propostas é para o cultivo de Cannabis sativa para ser utilizada em questões medicinais e cientificas e a segunda tenta redefinir o monitoramento dos medicamentos com base em Cannabis. Atualmente é proibido o cultivo da planta no território brasileiro.