Que a violência nas escolas tem aumentado muito, é sabido, mas isso não pode ser visto de maneira simplista. Muitas escolas lançam mão de formas autoritárias de “manter a disciplina”, baseadas mais no que é proibido do que no investimento na formação de educadores capazes de praticar formas democráticas de convívio.
Pensando nisso, a ONG Moradia e Cidadania, juntamente com a Unisul Pedra Branca, está oferecendo um curso de extensão em Educação Biocêntrica, com início em 2 de agosto de 2018 até 13 de setembro de 2020. O curso será as sextas à noite e sábados o dia todo, num total de 163 horas de aulas presenciais e visa atingir educadores, sócio-educadores e gestores do terceiro setor, líderes comunitários e todos que lidam com o público de modo geral mais carente.
Segundo Célia Vicente, coordenadora do curso, a Educação Biocêntrica é uma metodologia que utiliza a dialógica de Paulo Freire, a complexidade de Edgar Morin e a vivência de Rolando Toro, o criador da Biodanza. “O resultado dessa prática em escolas tem demonstrado significativa redução da violência e evasão escolar, como vem acontecendo na escola municipal Faustina da Luz Patricio, de Tubarão, que já utiliza esse método desde 2012 “, completa.
No Brasil, quem desenvolveu essa prática para ser utilizada nas escolas e em projetos sociais, foi a professora cearense Ruth Cavalcante, que estará na abertura do curso passando toda a sua experiência.
Os interessados devem se apressar porque as vagas são limitadas em 45 e já tem interessados de Porto Alegre, Canoas (RS), Fortaleza, Brasília, Florianópolis e várias cidades catarinenses. O curso não tem fins lucrativos. Os valores da matricula, R$ 50, e a mensalidade de R$ 180 são o suficiente para os custos básicos do curso.