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* as opiniões expressas neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do 4oito
Por Adelor Lessa 18/05/2020 - 07:02

Desmontado na região pelo ex-deputado Cleiton Salvaro, o PSB começa a ser reorganizado pelo empresário Fabio Brezola.

Convidado pelo ex-deputado Claudio Vignati, presidente estadual, Brezola assumiu a presidência do PSB de Criciúma.

No fim de semana, fez reunião da nova executiva local, definiu estratégias e os primeiros objetivos (Brezola de camisa azul, o segundo a partir da direita).

"A idéia é organizar a parte administrativa e burocrática do partido, para em seguida começar a movimentação política", informou.

O PSB não terá candidatos na eleição deste ano em Criciúma, porque o "desmonte" foi feito praticamente na semana anterior ao prazo de filiação.

Os candidatos a vereador que estavam filiados, foram levados para outros partidos, principalmente PP e PSDB.

 

 

Por Adelor Lessa 17/05/2020 - 09:59 Atualizado em 17/05/2020 - 10:29

Fim de semana com duas perguntas no ar.

1. Sai o impeachment do Governador Moisés?

2. Quem vai comandar o Criciúma pós-Dal Farra?

Não há resposta pronta, definitiva, para nenhuma das duas.

No caso do impeachment, se sair, não será em 2020.

São vários pedidos em análise na Assembléia, e há um rito a ser cumprido.

Como nada pode ser feito na correria, não vai dar tempo de cumprir todas as formalidades ainda em 2020.

Mas, se sair o impeachment, é mail fácil que seja de Governador e Vice.

Ao lado de tudo isso, tem os arrazoados para os pedidos de impeachment e as articulações do governo de Moisés para salvá-lo.

Amândio da Silva Junior, novo chefe da Casa Civil, operador político do governo, é quem está pilotando a operação de salvamento. Com carta branca.

O ambiente ainda é muito ruim para o Governador, mas ele está se movimentando. Passou a fazer conversas telefônicas, receber para reuniões/encontros privados, e fazer concessões do governo para municípios e segmentos do setor produtivo.

Para a semana estão previstas novas ações (e revelações) da força tarefa que está investigando ilicitudes praticadas no governo, que vão além do caso dos respiradores e hospital de campanha. Isso pode criar problemas para o andamento da missão de salvamento.

Até semana passada, o governador Moisés, mesmo com os problemas levantados, ainda tinha 16 votos para barrar um pedido de impeachmet na Assembléia.

A revelação pelo blog, com os nomes dos deputados alinhados, alterou o quadro. Porque os deputados foram cobrados duramente pelos eleitores/apoiadores e tiveram que se afastar.

Então, não dá para apostar, ainda, o que vai dar no capítulo final. As duas possibilidades ainda são reais.

Quanto ao Criciúma, o processo é mais tranquilo. Embora, também delicado. Mas, tem tempo para fazer.

Jaime Dal Farra decidiu sair. Não conseguiu fazer o que queria, e entendeu que é o mmento de parar. Há que se respeitar.

A primeira discussão que o Criciuma precisa fazer é sobre o modelo de gestão.

Esse que está aí, deu certo? Deve ser mantido?

Ou, deve voltar ao modelo tradicional, com avanços. Com Presidente eleito, e diretoria, mas com gestor contratado (e remunerado).

No país, o Grêmio e o Atletico do Paraná podem ser exemplos do modelo tradicional de comando com gestão profissisonal.

O Flamengo, também.

Foi assim que saíram do buraco e se firmaram entre os melhores do país.

Há muitos torcedores, conselheiros e empresários que tem idéias e querem participar de um novo processo.

E tem muitos torcedores que são conselheiros e empresários que só estão esperando ser chamados.

A solução para o Criciúma pode ser doméstica. Com os que conhecem e vivem o clube. Não precisa inventar moda.  

 

 

 

Por Adelor Lessa 15/05/2020 - 10:43 Atualizado em 15/05/2020 - 16:00

Governador Carlos Moisés não participa mais todo dia na live do coronavírus, convidou para almoço reservado na Agronômica o deputado Júlio Garcia (presidente e principal liderança da Assembléia), mandou assinar contrato para repasse de parte da receita da Casan em Criciuma para a prefeitura (prefeito Salvaro pedia isso faz mais de ano) e instituiu um "telefone vermelo" para contato direto/aberto com os deputados.

Além disso, recebeu o presidente da Federação Catarinense de Futebol e os dirigentes do Sindicato das empresas de ônibus. E vai passar a fazer despachos no Centro Administrativo, não ficando mais apenas no Palácio da Agronômica.

São alguns dos movimentos feitos durante a semana, depois da posse do novo chefe da Casa Civil, Amândio da Silva Júnior, que confirmam a decisão do governo de mudar o jeito de fazer.

Como estava fazendo, o governo se isolou. Não tinha votos na Assembléia para barrar a abertura do processo de impeachmenr. Estava se encaminhando para o fim de forma antecipada.

Na nova postura, que passa a ter a digital do novo chefe da Casa Civil, o governo promete deixar de ser dono da razão, garante que vai ouvir mais e partilhar decisões.

Em suma, vai ser mais democrático, transparente e respeitoso.

A missão principal de Amândio, que é reverter a onda a favor do impachment, não é fácil. Era impossível até o fim de semana. Hoje, já se pode dizer que tem uma luz no fim do túnel. Mas, se fosse colocado em votação hoje, ainda passaria o afastamento do Governador.

O governo deve passar a ser mais rápido nas decisões. É o que está acertado. 

Mas, a demissão do diretor do porto de São Francisco envolvido no "contrato dos pombos", foi decidida ontem pela manhã, e ainda não foi consumada.

É um processo que está apenas começando. Tem muito por fazer. Mas, o fato é que o Governador Moisés foi convencido da necessidade e assumiu compromisso de aceitar as mundaças necessárias. Quem começam por ele.

Por Adelor Lessa 14/05/2020 - 17:07 Atualizado em 14/05/2020 - 17:08

O chefe da Casa Civil, Amandio João da Silva Junior, a presidente da Casan, Roberta Maas dos Anjos, e o prefeito Clésio Salvaro, estiveram reunidos na tarde desta quinta-feira, 14, no Centro Administrativo do Governo, em Florianópolis. Na ocasião, foi assinado um termo aditivo ao contrato de programa que prevê o repasse mensal de 5% do valor arrecadado com a prestação de serviços da Casan na cidade ao Fundo de Saneamento Básico do município.

Os recursos poderão ser usados em obras e ações de saneamento em Criciúma.

Por Adelor Lessa 14/05/2020 - 07:12 Atualizado em 14/05/2020 - 17:54

Compreensível que o governador Carlos Moisés esteja abalado,  e indignado, com tudo o que está revelado, porque se trata do seu governo.

Não há nenhum indício que aponte para o seu envolvimento pessoal em nenhuma das falcatruas desnudadas, ele é um homem sério, o Ministério Público diz isso textualmente, mas o seu nome acaba inevitavelmente ligado aos fatos, indiretamente, porque é o seu governo e tem pessoas do seu time, inclusive muito próximas dele, que estão entre os investigados, acusados e denunciados.

Por isso, compreensível (e necessária) a indignação do Governador.

Mas,  ele reagiu ontem, na entrevista coletiva, apenas em relação aos agentes de fora do governo. Aqueles que deram o golpe e os críticos.

Deveria se mostrar mais indignado (e decepcionado) com os "da casa".  Que abusaram da sua confiança e usaram do poder por ele concedido para praticar o indevido.

A força tarefa apurou (e anunciou) que o núcleo político da organização que fraudou o estado era o seu principal secretário, considerado o primeiro ministro do governo.

E ele nada disse a respeito. Uma palavra sequer.

Não queria pré-julgar?

Mas então fez pré-julgamento em relação aos demais, porque até  agora ninguém foi condenado.

Ao mesmo tempo, ninguém mais enrolado que o seu primeiro ministro.

O Governador tentou relativizar os fatos.

Tratou como "pequena crise", aquilo que se confirgura no maior escândalo dos últimos tempos na gestão pública catarinense.

Também afirmou que foi o seu governo quem descobriu e, por sua ordem, produziu a ação para trazer de volta ao estado os r$ 11 milhões.

Na verdade, as investigações foram feitas pela "força tarefa" e a ação protocolada no Judiciário pelo Ministério Público.

Enfim, a reação do Governador era até necessária. Demorou. Mas, veio incompleta e com desvio de foco.

A propósito, a troca da guarda na comunicação do governo já foi definida, anunciada, mas ainda não efetivada.

As manifestações de ontem do Governador, no entanto, confirmaram a necessidade da mudança. Foi uma "lambança".

Por Adelor Lessa 13/05/2020 - 17:27 Atualizado em 13/05/2020 - 17:37

O governador Carlos Moisés deve anunciar daqui a pouco, na coletiva das 18h, a liberação do transporte coletivo no estado.

Conversações encaminhadas durante o dia sinalizam para isso.

Hoje pela manhã, o novo chefe da Casa Civil, Amândio da Silva Júnior, adiantou que os ônibus devem ser liberados nesta semana.

A secretaria de comunicação do Governo do estado acaba de confirmar a participação do governador Carlos Moisés na coletiva das 18h.

Faz poucos minutos, a Assembléia Legislativa aprovou projeto de lei que considera o transporte coletivo como serviço essencial.

O projeto foi assinado pelos deputados Luiz Fernando Vampiro, Jerry Comper e Sargento Lima.

Ontem o Governador recebeu representantes do setor de transporte coletivo, com intermediação do deputado Rodrigo Minoto. 

 

 

Por Adelor Lessa 13/05/2020 - 16:38 Atualizado em 13/05/2020 - 16:47

O Criciúma não terá problemas para retomar os treinos, como tem os times de Concórdia e Florianópolis.

O prefeito Clésio Salvaro garante que vai liberar os treinos de imediato,  seguindo portaria assinada pelo governo do estado.

"Claro que sim", respondeu o prefeito, de maneira enfática, quando indagado a respeito pelo blog.

Em Florianópolis e Concórdia, os prefeitos decidiram não permitir os treinos, apesar de o Governo do estado liberar.

Depois da liberação dos treinos dos times, o presidente da Federação Catarinense de Futebol, RubinhoAngeloti, já está tratanto com o Governador Moisés da retomada do campeonato catarinense no dia 4 de junho.

 

Por Adelor Lessa 13/05/2020 - 06:40 Atualizado em 13/05/2020 - 12:52

Impeachment em Santa Catarina é uma possibilidade.
Possiblidade real, pelas circunstâncias que estão postas.

Impeachment precisa de fato determinante e de condições políticas favoráveis.
E tem os dois.
Sobram os fatos que podem justificar o impeachment, e as condições políticas são plenamente favoráveis.

Não será bom para o estado se acontecer. Porque vai parar o estado.
Vai criar inevitavelmente clima de instabilidade e insegurança.

Mesmo que o estado catarinense seja muito forte na economia, e que o setor produtivo ande com suas próprias pernas, um processo de impeachment produz desdobramentos.
 Mas, o governo Moisés ficou muito exposto. Errou demais.
Se embebedou na soberba, subiu o salto na arrogância e se colocou acima de todos, como poder absoluto, não ouviu, não partilhou decisões.
E foi se isolando.

É claro q ainda tem espaço para reverter o quadro, e evitar o impeachment.

Mas, vai ter que trabalhar muito, e muda. Vai ter que ser um outro governo.
Transparente, aberto, respeitoso, pés no chão, que não precisa e não deve atender tudo o que pedem, mas deve ouvir e avaliar os pleitos e as propostas das forças representativas da sociedade.

Vai ter que se convencer que não sabe tudo, e que não pode tudo.

Enfim, muita tarefa de casa por fazer.

De tudo isso, fica a dica. Eleição deve ser levada mais a sério.
Pelos que votam, e por aqueles que definem candidatos e montam os times para buscar os votos.

O governo que está no comando do estado foi eleito numa onda. Ok.
Mas, foi eleito também porque os operadores políticos apresentaram candidatos muito ruins.
Candidatos que foram impostos, e que foram candidatos apenas porque se venceram as disputas internas.

Os candidatos não foram definidos pelo critério densidade eleitoral, aprovação da vóz das ruas, conteúdo, propostas, histórico, vida pregressa.

E depois, fizeram campanha enfadonhas.
Deixaram espaço aberto para um candidato desconhecido (desconhecido no seu próprio partido), que foi puxado por uma onda nacional.
E deu no q deu!

Sem experiência, amador, que se deslumbrou com o poder, e com o palácio, e assim se fez uma presa fácil para golpistas.

Então, que a vida ensine!
 

 

Por Adelor Lessa 12/05/2020 - 18:21 Atualizado em 12/05/2020 - 21:09

A principal novidade na coletiva de hoje do governo do estado, fim da tarde, foi a ausência do governador Carlos Moisés.

Quem coordenou a coletiva foi o secretário da saúde, André Mota Ribeiro.

Oficialmente, o governador estava ruim da garganta. Mas, na real, ele foi poupado.

Aparecer todos os dias para anunciar mortos,  e "abrir janela" para levar petardos nas redes sociais, era um equívoco.

A sua retirada de cena faz parte das mudanças que o governo começa a sofrer, a partir da ascensão de Amândio da Silva Junior na chefia da Casa Civil e Gonzalo Pereira na chefia da comunicação.

Amândio substituiu o desgastado (e denunciado) Duglas Borba, e passa a ser o responsável pela articulação política do governo.

Gonzalo assumiu o cargo que estava com Ricardo Dias, que foi levado da RBS Tv de Criciúma para o cargo, na "cota pessoal" do Governador.

Amândio passou boa parte do dia na Assembleia Legislativa, enquanto eram protocolados mais dois pedidos de impeachment e a CPI dos Respiradores definia os primeiros depoimentos.

Ele saiu da Assembleia convencido que a missão será mais difícil do que parecia. Governador terá que se empenhar pessoalmente para tentar reverter a situação de hoje, que é amplamente desfavorável ao governo (e favorável ao impeachment).

Moisés terá que sair do Palácio residencial da Agronômica, passar a despachar no Centro Administrativos, e, principalmente, abrir as portas do gabinete. Receber dirigentes de entidades representativas, deputados, prefeitos, e se dispor a ouvir. 

Dos dois pedidos de impeachment protocolados hoje por deputados, um pede cassação de governador e da vice.

Se fosse a voto hoje, o pedido impeachment de Moisés passaria.

O da vice, não se sabe. Ninguem sabe ao certo como ela é.  E isso pode ajudar Moisés.

Por Adelor Lessa 12/05/2020 - 16:25 Atualizado em 12/05/2020 - 16:35

O advogado criciumense Jeferson Monteiro passa a integrar a executiva estadual do PSL.

Ele passa a ser segundo tesoureiro da executiva.

O presidente da executiva estadual, Fabio Schichet, acaba de aprovar alterações principal pela exclusão de Douglas Borba e Matheus Hoffman, até então secretário geral e tesoureiro do partido.

Dougasl era o chefe da Casa Civil do governo do Estado e Matheus o adjunto. Foram exonerados no final de semana.

Jeferson Monteiro se filiou no PSL no final do ano, convidado pessoalmente pelo presidente Fabio Schiochet, e vem se destacando no trabalho político para crescimento do partido na região.

 

Por Adelor Lessa 12/05/2020 - 11:30 Atualizado em 12/05/2020 - 11:56

O novo chefe da Casa Civil do governo do estado, Amândio da Silva Júnior, começou seu primeiro de trabalho "batendo ponto" na Assembléia Legislativa.

Chegou pouco antes das 11h e foi direto para o gabinete do presidente, deputado Julio Garcia.

Agora, está passando por outros gabinetes e conversando com vários deputados.

Está acompanhando do seu "futuro" adjunto, Juliano Chiodeli (que será nomeado durante o dia).

Escolha de Chiodeli foi anunciada em primeira mão na radio Som Maior, às 7h20.

Amândio foi começar a sua missão por um dos pontos nevrálgicos do governo.

A relação com a Assembléia é muito ruim.

O governo atende poucos deputados, não responde, não se comunica.

Por isso, terminou 2019 com uma base de apoio com 24 deputados, e hoje tem 14 ou 15.

Mas, se for contar voto sobre o pedido de impeachment, não fecha 10.

São poucos os que aceitam passar para a opinião pública que são "do governo".

Na Assembléia, alem do processo de impeachment, vai começar a trabalhar a CPI dos Respiradores, com uma composição majoritariamente de oposição.

Amândio é habilidoso, e respeitado.

A sua nomeação foi uma "bola dentro" do Governador Moisés.

Mas, ele terá que se desdobrar, fazer valer todas as suas hbilidades, para conseguir reverter em tempo a situação ruim do governo.

O seu prazo não vai além de 30 dias. 

 

 

Por Adelor Lessa 12/05/2020 - 10:49 Atualizado em 12/05/2020 - 11:27

Curitiba é uma das capitais com números mais baixos do coronavírus. Tanto em contaminados, quanto em mortos.

Por isso, virou referência nacional.

Entrevistei hoje na rádio Som Maior o prefeito Rafael Greca.

Prefeito de segundo mandato, que já foi ministro, deputado. Politico experiente, e um intelectual.

É da geração de Jaime Lerner, e foi o seu sucessor no comando de Curitiba.

Anotei e faço questão de passar adiante o que ele disse sobre transporte coletivo.

"Em nenhum momento eu deixei de fazer o transporte funcionar. Nem nas grandes cidades. Nem o metrô de Nova York, nem o metrô de Pequin, nem o metrô de Milão, pararam de funcionar. No dia que Milão enterrou 4 mil pessoas, o metrô estava funcionando. O transporte é fundamental. Aqui eu deixo o povo entrar em 50% do ônibus. A Guarda Municipal, com a Polícia, e agora com apoio do Exército, trabalham para disciplinar filas, obrigar as pessoas a só entrar nos ônibus com máscara. dar máscara para quem ainda esta sem máscara". 

A mostrar que o que acontece por aqui é só aqui. Ônibus 100% parado, na garagem.

O mundo mostra que é possivel circular os ônibus, com critérios e controle.

Como em Curitiba, só usar 50% do ônibus e tem que estar com máscara.

Ou, estabelecer banco sim, banco não. Liberar pelo menos nos horários de pico, com mais veiculos.

O que parece sem noção é manter todos os ônibus parados, enquanto as Vans circulam livremente, fazendo o papel do ôbibus, lotadas (algumas superlotadas), sem fiscalização.

Por Adelor Lessa 11/05/2020 - 18:49 Atualizado em 11/05/2020 - 19:15

A sessão do Tribunal de Contas estava terminando, quando dei informação em primeira mão no Ponto Final, rádio Som Maior. Governador sofre mais um revés, desta ve no Tribunal de Contas. Não se trata da compra de respiradores. Agora, é o caso do pagamento de verba remuneratória aos Procuradores do Estado, sem amparo legal.

Isso pode dar crime de responsabilidade e subsidiar processo de impeachment.

O Governador ja está ameaçado por outros cinco pedidos de abertura de processo de impeachment que estão protocolados na Assembléia, e mais um que será encaminhado hoje (o mais ameaçador) pelo deputado Mauricio Eskudlark, PL, que foi lider do governo de Moisés até o inicio do ano (e não aceitou continuar na função).

O parecer do conselheiro Wilson Wan Dal, relator do processo, que foi respaldado hoje pelos demais conselheiros, define assim a concessão dada aos Procuradores:

"Pagamento de verba remuneratória institulada "verba de equivalência" a Procuradores do Estado, com base em isonomia inexistente entre carreras de Procurador do Estado e Procurador da Alesc, e sem disposição legal que indique o seu pagamento, em descumprimento dos artigos 37 e 39 da Constituição Federal, e artigos 23 e 26 da Constituição do Estado".

 A par disso, o pleno do Tribunal decidiu hoje conceder cautelar para sustar de imediato o pagamento de tal verba remuneratória, e abrir prazo de 30 dias para que o Governador possa apresentar as suas razões.

Por Adelor Lessa 11/05/2020 - 12:54 Atualizado em 11/05/2020 - 13:45

O Tribunal de Justiça atendeu pedido do Ministério Publico e acaba de retirar o sigilo do processo dos respiradores, tornando públicas todas as informações.

No despacho dado,  a desembargadora Vera Lucia Copeti escreve:

"Conforme ponderou o Ministério Público, não mais se justifica a restrição de publicidade do feito, diante da deflagração da fase de campo e das normativas expressas no ordenamento jurídico pátrio que regulam o tema acerca da publicidade dos atos processuais"

Na entrevista coletiva de sábado, o chefe do Ministério Público, Fernando Comin, e o diretor geral da policia civil, delegado Paulo Koerich, não reponderam várias perguntas sob argumento que o processo estava com sigilo de justiça.

No sábado à noite, o Ministério Público protocolou pedido ao Tribunal de Justiça para retirada do sigilo.

Com a liberação das informações já foi possível confirmar, por exemplo, que realmente foram pedidas na semana passada as prisões de seis envolvidos no caso. Um deles foi o então secretário da Casa Civil, Douglas Borba.

Mas, a desembargadora Vera Lúcia Copeti negou todos os pedidos.

No sábado pela manhã, Douglas foi levado à sede da Deic para prestar depoimento.

Ontem, ele acertou a sua saida do governo. A assessoria de imprensa anunciou que foi por exoneração a pedido. Ou seja, ele pediu demissão.

Entre os outros pedidos de prisão, está o presidente da câmara de vereadores de São João de Meriti, cidade do interior do Rio, vizinha de Nilópolis.

Na sua casa, no sábado, a polícia sequestrou pouco mais de r$ 300 mil.

Quanto ao demais, tem pelo menos dois amigos de Douglas Borba.

Trecho processo que trata sobre os pedidos de prisão temporária:

"Com base na documentação e nos depoimentos que instruem o presente pedido, é possível afirmar que a prisão temporária de Douglas Borba, Samuel Rodovalho, Leadnro de Barros, Fabio Guasti, Pedro de Araújo,  Rosemary de Araújo, Giliard Gerent e Davi Perini Vermelho constitui medida indispensável à continuidade dos trabalhos investigativos".

Em seguida, mais informações do processo.
 

 

Por Adelor Lessa 11/05/2020 - 11:14 Atualizado em 11/05/2020 - 11:37

O deputado Valdir Cobalchini, MDB, acaba de garantir ao portal:

"A minha decisão sobre o processo de impeachment do governador Carlos Moisés não será individual. Será decisão coletiva. Vou seguir a posição assumida pela maioria da nossa bancada".

Disse ainda que o deputado Moacir Sopelsa deve seguir na mesma linha.

Sendo assim, a situação do Governador fica mais delicada. Na prática, por um voto.

Sopelsa e Cobalchini estavam na lista dos 16 votos que o Governador teria hoje para barrar a abertura do processo de impeachment.

Foram incluídos na lista pelas posições que vem assumindo na Assembléia, normalmente em sintonia com o Governo.

Sem os dois, o Governador teria apenas os 14 votos necessários para barrar o processo. Nenhum voto "de folga".

Mas, nos 14 são considerados os votos dos quatro deputados do PT, e o deputado Fabiano Luz, líder do PT, disse a pouco ao portal que a bancada ainda não tem posição a respeito, e só vai se decidir depois de avaliar o que for apurado e apresentado nos próximos dias pela CPI instalada na Assembléia e pela força tarefa formada por Ministério Público, Polícia Civil e Tribunal de Contas .

O pedido de abertura de processo de impeachment será protocolado amanhã pelo deputado Mauricio Eskudlerk, PL, que foi lider do governo até janeiro deste ano.

Pelo regimento interno na Assembléia, o pedido terá que ter 27 votos a favor (do total de 40 deputados) para ser aceito e iniciado o processo de impeachment.

Entre os votos que o Governador teria hoje a seu favor, contra a abertura de processo,  estão dois deputados do sul - José Milton Scheffer, PP, e Rodrigo Minotto, PDT.

A base de Moisés diminuiu muito na Assembléia neste ano. No fim de 2019, eram 24 deputados aliados.

De lá para cá, quase todo o MDB saiu fora, a maioria do PSL rompeu e passou a ser adversário ferrenho, e outras perdas foram contabilizadas.

Hoje, Moisés teria a seu favor, fechados, contra o impeachment:

Deputados Vicente Caropreso, José Milton Scheffer, Altair Slva, Jair Miotto, Sergio Motta, Coronel Mocelin, Ricardo Alba, Nazareno Martins, Paulinha e Rodrigo Minotto.

 A partir de agora vai depender muito dos desdobramentos da crise dos respiradores e os movimentos que o Governador venha a fazer para garantir os 14 votos necessários.

Um dado que pesa a favor de Moisés é a vice, Daniela Reinert, rompida com ele desde o final de 2019.

Ainda pouco conhecida, e muito reservada, é dito nos bastidores que ela não passa segurança. 

 

 

 

Por Adelor Lessa 11/05/2020 - 06:09 Atualizado em 11/05/2020 - 06:40

O governador Carlos Moisés fez a retirada de Douglas Borba do seu governo com uma semana de atraso, pelo menos.

Deveria ter aproveitado a saída de Helton Zeferino para, naquele feriadão, fazer a cirurgia completa.

Teria evitado parte do desgaste com as revelações "cabeludas" do Ministério Público, Polícia Civil e Tribunal de Contas, na coletiva de sábado.

Quando Helton saiu, Douglas estava tão enrolado quanto ele no caso dos respitadores. Ou mais.

Depois veio a entrevista da servidora demitida e o segundo depoimento de Helton ao Gaecco, que derrubaram as condições para Douglas continuar no cargo.

Mas, o Governador segurou. Até sábado.

 A coletiva de sábado foi arrebatadora, e a sua condução à sede da Deic para depoimento, foi o tiro de misericórdia.

Só que a saída de Douglas não resolve todos os problemas do governo. É um movimento apenas.

O Governador acerta em trazer de volta para o governo empresário Amândio Silva Junior, já anunciado para o lugar de Douglas.

Amândio fez respeitado e elogiado trabalho como adjunto da Secretaria de Desenolvimento Econômico, durante 2019.

Agora, Governador Moisés tem que avançar. Precisa fazer uma reengenharia urgente do seu governo.

Precisa fazê-lo mais aberto, transparente, que se comunique com outros poderes e com os setores representivos do estado.

Pessoalmente, Moisés não pode continuar no isolamento que se colocou desde que assumiu.

Douglas Borba virou primeiro ministro do governo, com plenos poderes para agir em todas as áreas, com poder de mando, porque o governador deu espaço para isso. Pelo seu afastamento da rotina de governo, e das relações externas.

O Governador não tem nenhum envolvimento com os ilícitos praticados no caso dos respiradores, como salientou o chefe do Ministério Público no estado, procurador Fernando Comin.

Mas, precisa fazer de imediato a mudança no governo, forte para ter o efeito de uma "virada", inicio de novo tempo, porque tem uma CPI andando na Assembléia, porque ainda tem mais de dois anos de mandato pela frente, e porque o Estado vai precisar a partir de agora de muitas ações conjuntas para se recuperar. O Governador tem que fazer tudo isso para estar em condicões políticas para liderar o processo.

 

 

 

 

 

Por Adelor Lessa 10/05/2020 - 22:19 Atualizado em 11/05/2020 - 06:38

O governo do estado acaba de confirmar por nota oficial o empresário Amândio da Silva JÚnior como novo Chefe da Casa Civil.

Ele vai substituir Douglas Borba, que teve exoneração confirmada no final da manhã pelo seu envolvimento no caso dos respiradores.

Douglas foi conduzido à DEIC no sábado para prestar depoimento.

Amândio foi secretário adjunto do Desenvolvimento Econômico em 2019, com desempenho reconhecido/elogiado, mas deixou o cargo por divergências internas.

Abaixo, a nota distribuída pela assessoria de imprensa do governo do estado:

"AMANDIO JOÃO DA SILVA JUNIOR É O NOVO CHEFE DA CASA CIVIL

O Governo do Estado informa que Amandio João da Silva Junior, ex-secretário adjunto do Desenvolvimento Econômico e Sustentável, será o novo chefe da Casa Civil. Ele assume suas novas funções nesta segunda-feira (11/05/2020) e imediatamente passa a compor a equipe de Governo que tem trabalhado 24 horas por dia no enfrentamento ao coronavírus. Este desafio frente à pandemia – que é de todos os cidadãos catarinenses – se soma à missão primordial do Governo, que é a de trabalhar ininterruptamente para melhorar a qualidade de vida dos catarinenses. A estrutura governamental segue ativa e atuante em todas as demais áreas, além da Saúde, garantindo a quem vive em nosso Estado a manutenção dos serviços essenciais e a continuidade dos projetos e ações de Governo. Unidos venceremos mais este desafio".

 

Por Adelor Lessa 10/05/2020 - 13:04 Atualizado em 10/05/2020 - 13:12

Já era dada como certa, mas só foi consumada agora, final da manhã, a exoneração de Douglas Borba da chefia da Casa Civil do Governo do Estado.

Assim com Helton Zeferino, ex-secretário da Saúde, a exoneração foi anunciada como "a pedido". Ou seja, Douglas pediu para sair.

Abaixo, na íntegra, a nota:

Por Adelor Lessa 10/05/2020 - 10:48 Atualizado em 10/05/2020 - 11:17

A vice-governadora Daniela Reinert, se dizendo muito triste com os últimos acontecimentos, e apontando para uma crise ética no estado, veicula depoimento defendendo uma nova forma de governar.

O depoimento é gravado no momento em que governador Carlos Moisés enfrenta a maior crise do mandato, com uma operação em curso do Gaecco e Ministério Público desnudando uma "organização" que fraudou o estado na compra de respiradores, e uma CPI instalada na Assembléia Legislativa. 

Os dois, governador e vice, estao rompidos pessoal e politicamente.

Daniela diz no vídeo que procurou ser em ouvida e ter um espaço para atuar, mas não lhe deram atenção, restando ir a público para se posicionar contra o contrato de midia em relação a ponte e a contratação do hospital de campanha, entre outras operações.

A vice defende uma nova forma de executar o executivo, diz que é hora de reafirmar os compromissos da campanha eleitoral e arremata:

"O Estado precisa de comando, de dialogo, sensibilidade e de firmeza nas ações. Precisamos da união de esforços para recuperação econômica e moral de Santa Catarina, e a retomada da função do estado. Estarei à disposição da nossa gente".

Abaixo, a vice publicado pela vice nesta manhã no instagram.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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Uma publicação compartilhada por Daniela Reinehr (@danielareinehr) em

Por Adelor Lessa 10/05/2020 - 07:39 Atualizado em 10/05/2020 - 08:12

Se o pedido de abertura do processo de impeachment do governador Carlos Moisés fosse levado a voto hoje na Assembléia Legislativa, não seria aprovado. Não teria votos suficientes para isso.

Pelo regimento, o pedido terá que ter 27 votos a favor para ser aprovado e iniciado o processo de impeachment. Mas, apesar do momento crítico pela crise dos respiradores, e a dificuldade de relacionamento com a Assembléia, o Governador mantêm 16 votos de aliados.

Entre eles, dois deputados do sul - José Milton Scheffer, PP, e Rodrigo Minotto, PDT.

A única bancada inteira que ficaria com Moisés é a do PT, que tem quatro deputados.

Apenas 16 votos a favor é muito pouco num plenário de 40 deputados. Mas, o suficiente para o caso. No momento.

A base de Moisés diminuiu muito na Assembléia neste ano. No fim de 2019, eram 24 deputados aliados.

De lá para cá, quase todo o MDB saiu fora, maioria do PSL rompeu e passou a ser adversário ferrenho, e outras perdas foram contabilizadas.

Hoje, Moisés teria a seu favor, contra o impeachment:

Deputados Vicente Caropreso, José Milton Scheffer, Altair Slva, Jair Miotto, Sergio Motta, Coronel Mocelin, Ricardo Alba, Fabiano Luz, Luciane Carminati, Neodi Saretta, Padre Pedro, Valdir Cobalchini, Moacir Sopelsa, Nazareno Martins, Paulinha e Rodrigo Minotto.

A manutenção dos 16 votos, a da "folga" de 3 votos contra o impeachment, vai depender muito dos desdobramentos da crise dos respiradores e os movimentos que o Governador venha a fazer.

Um dado que pesa a favor de Moisés é a vice, Daniela Reinert, rompida com ele desde o final de 2019, bolsonarista declarada.

Ainda pouco conhecida, e muito reservada, é dito nos bastidores que a vice não passa segurança. 

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