Não tinha como segurar mais. A pressão era violenta. A corda esticou demais. Estava em vias de arrebentar.
O que o governador Carlos Moisés fez foi assumir a gestão do processo e, na prática, garantir o cumprimento do seu decreto, esticando o isolamento até quarta-feira. Se não tivesse feito isso ontem, correria sério risco de ser atropelado. As medidas seriam derrubadas e desrespeitadas. O pé na porta foi dado pelo presidente Jair Bolsonaro, ao seu estilo.
Depois disso, o movimento pela retomada das atividades virou uma onda crescente, que estava a ponto de se transformar em tsunami. Moisés corria o risco de ser atropelado até pelo deputado Jessé Lopes, que projeto na Assembléia para revogar o seu decreto de isolamento, que poderia ser aprovado a qualquer momento.
O médico Renato Matos, autoridade referência na área, queria mais tempo de isolamento. A grande dos profissionais na saúde pensam como ele. Mas, foi feito o possível. Moisés saiu na frente na determinação do isolamento e restrição de atividades, assumindo a liderança o processo. Agora, dá de novo o norte para a flexibilização.
Onde erra
O governador Moisés erra em não se comunicar com os prefeitos do estado. Poderia fazer tudo o que está fazendo, mas pelo menos ouviria quem está nas cidades, onde tem que ser cumpridas as medidas que baixa por decreto.
Na quarta-feira os prefeitos das 15 maiores cidades, num movimento feito pelo prefeito Salvaro, pediram para falar com o governador. Até ontem à noite, nenhum retorno.
Rose no PSD
Depois de avaliar convites de pelo menos seis partidos, a professora Rose Reynaud decidiu ontem encaminhar sua fiação no PSD para ser candidata a vereadora. É das filiações de maior impacto na semana.
A professora Rose é uma referência na área da educação em Criciúma. Foi professora na Unesc, e se fez uma das principais lideranças na instituição, e foi secretaria municipal de educação em duas gestões. Também desenvolveu funções de direção no colégio Michel e ultimamente na Acic. Ontem, ela telefonou ao deputado Julio Garcia, presidente da Assembléia, e ao vice-prefeito Ricardo Fabris, para comunicar sua decisão.
Time de Minotto
O deputado Rodrigo Minotto está montando um time de candidatos a vereador que permite trabalhar a possibilidade de o partido ter duas cadeiras na próxima composição da Câmara. Ontem, fez a filiação da sindicalista Jucelia Vargas, presidente do Siserp.
Fora da majoritária
O delegado de polícia Marcio Campos Neves descarta qualquer possibilidade de compor na chapa majoritária para a eleição, vindo a ser vice de Julia Zanata. Ele assinou filiação no PL para ser candidato a vereador e não admite mudar de projeto.
Em torno de Aníbal
O jeito “Anibal de ser”, diferente por completo dos políticos tradicionais, está sendo explorado pelo MDB para atrair candidatos a vereador. Ontem, o presidente Rodrigo Ganso apresentou mais dois que foram filiados. Ana Alano, agente de saúde, e Daniel Antunes, presidente do conselho de saúde da Mina do Mato.
O time de Márcio
O ex-prefeito Márcio Burigo reforça o time do PL em Forquilhinha. Filiou ontem mais três candidatos a vereador. Herlon Arruda, ex-presidente do PSC, Dino Rampineli, ex-PSB, e Laercio Colombo, empresário, ex-PSL.
No PSL
Ricardo Beloli, ex-vice-presidente do MDB, agora filiado e um dos principais operadores políticos do PSL, levou ontem mais um candidato a vereador para o seu novo partido. André Füchter, filho de Nicolau Füchter, fundador da Fruteira Pinheirinho, conhecido como Dinho da Fruteira. Ele estava no PL.