O deputado federal Jorge Boeira está citado na Veja desta semana.

A revista o ranking dos políticos mais “infiéis" a seus partidos na câmara dos deputados e ele aparece em primeiro, disparado. 

Desobedece a orientação partidária em 52% dos casos.

A informação registrada na edição de sábado do jornal A Tribuna que a Latam está cancelando o vôo pela manhã para São Paulo, Congonhas, a partir do aeroporto regional de Jaguaruna, provoca reações na região, principalmente no meio empresarial. A Associação Empresarial de Criciúma deve tratar do assunto hoje em reunião de diretoria.

Primeiro, foi a Azul que cancelou o vôo das 6h. Agora, a Latam decide operar com vôo das 11h45 apenas até o final de março. E o sul do estado ficará sem vôo pela manhã.

O aeroporto de Jaguaruna não tem nada com isso. É o aeroporto regional do sul.

Mas, a gestão do aeroporto, sim. Porque não se movimenta. Não aparece. Aceita tudo de forma muito passiva.

A explicação pode estar no fato de a administradora do aeroporto, a RDL, receber valor fixo por contrato assinado com o governo do estado. 

Deveria ser por passageiro embarcado. Ou pelo menos uma parte do total pago.

Em qualquer relação comercial, tem que ganho pela produção.

A Latam anunciou intenção de levar o vôo da manhã para tarde, próximo das 15h. 

Vão ficar muito próximos os horários da Azul e da Latam.

O risco é que fique apenas um dos dois, pela sobreposição de horários.

O sul do estado vai perder muito com isso.

É preciso mobilização para tentar reverter. É preciso falar grosso com as companhias aéreas.

Afinal, elas tiveram ganhos do governo do estado, com redução do ICMS no combustível, por exemplo.

O governador Eduardo Moreira tem que ser acionado.

Acabo de falar por telefone com o senador Paulo Bauer, PSDB. Ele acabara de sair de reunião com advogados e assessores. Disse que ficou assustado, mas que não está precupado. "Posso assegurar que nada de irregular será identificado, todos os recursos da minha campanha foram contabilizados", afirmou.

O ministro Edson Fachin, do STF, mandou o Ministério Publico Federal/Procuradoria da República investigar suposto caixa 2 de r$ 11,5 milhões na campanha de 2014 de Bauer ao governo do estado.  

Abaixo, nota distribuida por Paulo Bauer:

Nota Oficial

Como sempre, defendo que a Justiça cumpra o seu papel e que os órgãos de investigação realizem com isenção e liberdade total o trabalho que a Constituição Federal lhes atribui.

Surpreendido no final desta tarde com a decisão do Supremo Tribunal Federal sobre investigação referente a um suposto envolvimento com a empresa Hypermarcas, venho com tranquilidade prestar os seguintes esclarecimentos:

Apesar de não ter conhecimento do teor do despacho e do processo, tomei conhecimento pela imprensa de que a decisão do Supremo Tribunal Federal tem relação com a delação pela qual diretor da empresa acima citada afirma que recebi recursos não contabilizados para a campanha eleitoral entre agosto de 2013 e dezembro de 2014. A respeito disso, registro que:

1.            em 2013, não era candidato e nem realizava ações para tornar-me candidato no ano seguinte

2.            ao fim de 2014, não poderia ter recebido – e não recebi – qualquer valor, pois não fui vitorioso no pleito daquele ano

3.  todos os recursos utilizados naquela campanha foram rigorosamente contabilizados tendo sido as contas aprovadas pela Justiça Eleitoral.

4.            Tenho a vida pública conhecida, transparente e honrada nos últimos 37 anos. Por isso, quero manifestar total confiança no Judiciário e assegurar aos catarinenses que estou tranquilo sobre minha inocência.

Paulo Bauer

Senador da República

O senador catarinense Paulo Bauer, candidato do PSDB ao governo, será investigado pela Procuradoria Geral da República/Ministério Público Federal sobre o suposto recebimento de R$ 11,5 milhões não-declarados para a campanha eleitoral de 2014, quando concorreu pela primeira vez a governador. Na terça-feira, o ministro Edson Fachin, do STF, autorizou a investigação.

As supostas doações foram apontadas na delação premiada do ex-executivo da empresa Hypermarcas, Nelson José de Mello.

A Procuradoria fará uma investigação específica para decidir se apresenta denúncia ao STF contra Bauer.

Na delação, o ex-executivo diz que o repasse de recursos foi feito por meio de contratos fictícios assinados com outras empresas que não prestaram os serviços oficialmente contratados. Os repasses teriam sido realizados em agosto de 2013 e dezembro de 2014 - abrangendo os períodos anteriores e posteriores à campanha eleitoral.

Era a "bomba" anunciada ontem em Floranóplis que "explodiria" até sexta-feira.

O deputado Gelson Merisio anunciou nesta manhã, em Criciúma, durante a terceira edição da Sabatina Regional, que "recrutou" o professor Antenor Naspolini no Ceará para fazer parte da sua equipe que está elaborando o seu plano de governo para a campanha.

Antenor é de Criciúma, irmão do jornalista Archimedes Naspolini, mas foi residir no Ceará faz mais de três décadas. Lá, se firmou como uma das mais respeitadas autoridades do país na educação. Fez parte do Unicef e recebeu vários prêmios internacionais.

Ele foi o autor do programa de governo de Altair Guidi, o Criciúma Criança, na sua segunda eleição para prefeito de Criciúma, na década de 80.

Merísio enfatizou na Sabatina que sua prioridade na campanha (e eventual governo) será a segurança pública.

Disse que tem muito das convicções de Jair Bolsonaro, mas só vai definir o seu candidato a presidente da República em abril.

Refirmou que não quer aliança com o PMDB, mas evitou crítica direta ao governador Eduardo Moreira, que foi prefeito da cidade.

Abaixo, a sabatina na integra:

O prefeito Arlindo Rocha, de Maracajá, aproveitou o espaço aberto na câmara de vereadores para fazer a prestação de contas e “detonou” os vereadores de oposição. Dando o nome de cada um.

Disse que um deles, disse que defende a volta de “decidir as coisas à bala”.

Do outro, questionou o caráter. Acusou a maioria de “covardia”.

Horas depois, por nota oficial, disse que “precisava fazer para preservar o seu governo”, e arrematou: “depoimento foi duro, mas necessário”.

Necessário ou não, o que não há como divergir é que foi duro! Nitroglicerina pura!

O video do seu discurso na internet (facebook) viralizou. Abaixo, trecho do pronunciamneto na Câmara:

Quem ligou o radio hoje cedo e esperava me ouvir anunciando "no sul do estado catarinense são 7 horas da manhã, muito bom dia ...", achou que estava sintonizado na rádio errada. Porque veio uma voz feminina. Voz agradável, aveludada, mas não era para estar ali, naquele horário. Isso em condições normais de temperatra e pressão. Na rotina. Mas, hoje não é um dia como todos os outros.

No dia da mulher, a rádio Som Maior FM decidiu entregar o microfone e o comando de todos os seus programas de jornalismo para mulheres jornalistas. Por isso, a Giovana Pedroso fez o que eu faria. E o fez muito bem.

A proposito, lá pelas tantas, 15 minutos de programa no ar, ela mesmo largou - "você que ligou agora, não está na rádio errada, aqui é a Som Maior, eu sou a Giovana Pedroso e hoje, no dia da mulher, o programa é comigo".

Um gaiato, espirituoso, despachou mensagem no meu celular - "dia da mulher e tu é quem ganha folga!!".

Folga, nada. Acordei no mesmo horário de todos os dias, fiquei acompanhando a movimentação e fiquei curtindo a homenagem que a Som Maior fez as mulheres.

Giovana, nota 10!

Agora, mais marcante e impactante do que a Giovana no meu lugar, foi a Clara Floriano, jornalista do 4Oito, fazendo a função do Jota Del Fabro, dando as informações da área policial e do trânsito. E não ficou devendo nada para o "Grandão"! 

E depois, veio a Amanda Farias no Jornal das Nove, a Kelley Alves vai para o Debate Aberto e o Ponto Final, e a Pitty no Avesso e no Ponto a Ponto.

No momento em que se discute pelo mundo o empoderamento da mulher,  nada mais em sintonia do que entregar o "comando" para elas.

Dia da mulher, nossa homenagem para todas as mulheres. Por tudo. 

Minha caminhada tem mulheres importantes, decisivas, imprescindíveis.

Patrícia, Lourdes, Luíza, Alice, Ana Frida, Ivonete, Rafa - elas estão na minha vida pessoal e profissional. Em momentos de alegria, duvida, tristeza, incerteza. São as que me "aturam" e me ajudam. Me fazem feliz e me colocam no "prumo". 

Lembrando um ex-presidente, são elas que não me deixam só. Elas são as minhas sócias. Algumas com maior, outras com menor "participação acionária".

Mas, eu não seria nada sem elas. 

Quando o deputado estadual Ricardo Guidi anunciou migração do PPS para o PSD, com o compromisso de sair candidato a deputado federal em 2018 beirava a loucura.

Deixava uma candidatura relativamente segura para reeleição e mergulhava num projeto de federal num partido onde teria que disputar espaço com João Rodrigues, João Paulo Kleinübing e Cesar Souza (pai),todos campeões de votos.

Dos três, dois com base eleitoral no sul - João e João Paulo.

A impressão era que o filho de Altair Guidi havia entrado numa fria!

Mas, o tempo passou, pedras rolaram para lá e para cá, e hoje o quadro é completamente diferente.

Dos três federais campeões de voto, um está preso, inelegível e fora da eleição (João Rodrigues). A sua mulher, que poderia ocupar o seu espaço, pediu desfiliação do PSD na terça-feira.

O outro, assina ficha hoje no DEM - João Paulo Kleinübing.

O terceiro, não disputará mais eleição. Está fora do jogo. Talvez o seu filho ocupe o espaço. Mas, não tem o potencial de voto do pai.

Sem os três, o caminho ficou aberto para Ricardo Guidi. A sua candidatura a federal passou a ser viável.

Ainda mais que ele pode receber uma parte do “espólio" de João Rodrigues (pelo menos a que está no sul). 

A rigor, o PSD tem hoje dois candidatos a federal considerados fortes - Ricardo Guidi e Darci Matos, deputado estadual de Joinville.

A somar com tudo isso, o fato de Guidi ser organizado, metódico e dedicado. Era ele quem organizava as ultimas campanhas vencedoras do pai. Depois, fez a sua primeira para estadual. Desde o ano passado, está trabalhando firme em todo o estado para deputado federal.

O ex-deputado federal João Pizzolati, PP, teve denúncia do Ministério Público aceita ontem pelo STF e passou a ser réu em ação da Operação Lava Jato.

Vai responder por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Pizzolati foi muito bem votado no sul do estado, principalmente a sua ultima eleição, quando foi beneficiado pela renúncia da candidatura do ex-deputado Leodegar Tiscoski. 

O governador Eduardo Moreira e o prefeito Udo Döhler ser reuniram ontem, em Florianópolis, para discutir a eleição. Udo reafirmou intenção de ser candidato a governador. Eduardo disse que também considera a possibilidade, até pela sua condição hoje de governador.

Udo repetiu que gostaria de ter uma garantia ou sinalização forte (pelo menos) de que será o candidato ao governo, para então encaminhar sua renuncia em Joinville até 7 de abril. Mas, isso é difícil!

Quem pode dar uma garantia como esta, praticamente cinco meses antes da convenção do partido?   

E um dos dois abrir mão em favor do outro neste momento, seria precipitado. Tem muita água a passar por debaixo de muitas pontes.

Mas, a conversa serviu para que ratificassem a sintonia fina e o compromisso de estar juntos no processo, independente qual seja o desfecho.

Eduardo Moreira também se reuniu ontem, na Assembléia Legislativa, com os deputados estaduais do partido (foto). Entre eles, o presidente Aldo Schneider (lado esquerdo de Eduardo).

Trataram de questões administrativas, mas também de eleição.

Eduardo avisou que vai colocar o pé na estrada, em roteiro por todo o estado, com dois objetivos. Aproximar o governo da população e consolidar sua candidatura ao governo.

Depois das duas reuniões, uma proposta nova passou a circular nos bastidores do poder, em Florianópolis. Eduardo e Udo na mesma chapa.

Como Eduardo só pode ser candidato à reeleição, Udo seria candidato a senador ou a vice.

Seria também uma reação (forte) à anunciada intenção de adversários de isolar o MDB.

Mas, para isso Udo terá que renunciar em abril, mesmo sem garantias.

E se aceitar correr o risco, no final das contas, fora da prefeitura, pode até ser o candidato a governador e Eduardo apenas completar o mandato.

Vai depender de pesquisas e alianças que vierem até lá.

Fabiana Rodrigues, esposa do deputado federal João Rodrigues, oficializou ontem a sua desfiliação do PSD.

Rodrigues está preso na policia federal. Ontem foi transferido de Porto Alegre para Brasilia.

Fabi vinha sendo citada como possível candidata a federal para ocupar o espaço de João.

A sua desfiliação indica insatisfação de João e seu grupo com o comando do partido.

As especulações sinalizam que o “time" de João Rodrigues pode estar migrando para o DEM.

Por decisão unânime, de hoje à tarde, o Tribunal de Justiça de Santa Catarina manteve sentença de primeira instância, condenando o vereador Moacir Dajori, PSDB, a perda de mandato.

O julgamento foi feito em recurso encaminhado por seu advogado de defesa na ação civil pública movida elo Ministério Publico a partir de denúncia que ele, Dajori, exigia que seu assessor dividisse o salário.

O caso vem tramitando desde 2013, quando Dajori cumpria o primeiro ano do seu primeiro mandato. Ele foi reeleito em 2016 e está no segundo mandato.

Em primeira instância a sentença foi dada pela juiza Paulo Botke e Silva em 2016.

De certa forma, o vereador está agora na mesma condição do ex-presidente Lula. Condenado em segunda instância, aguardando decisão do Supremo sobre inicio imediato do cumprimento da pena, mesmo que encaminhe recurso aos tribunais superiores.

No caso do vereador Dajori, não há risco de prisão. Mas, ele pode (e parece a tendência) ser afastado da câmara, em cumprimento da decisão de perda de mandato, mesmo encaminhando reucrso da decisão de hoje do TJ.

Hoje o STJ confirmou o início do cumprimento da pena depois de decisão de segundo grau (que é o caso). Mas, falta decisão do STF. Que deverá sair até semana que vem.

Os advogados de Dajori devem agora requerer o sobrestamento do cumprimento da pena, até que o STF se posicione a respeito do tema, na tese - cumprimento imediato da pena após condenação de segunda instância, ou não. 

A ex-vereadora Solange Barp, adversária de Eduardo Moreira na política de Criciúma, escreveu ontem no facebook:

"Todos mundo sabe das minhas diferenças e diferenças com Eduardo. Mas, acima das mágoas está a minha cidade de Criciúma e a nossa região. É visível o crescimento das regiões que tiveram um governador de Estado. E nossa, infelizmente, hoje é uma das menos desenvolvidas. Precisamos nos unir, deixar as mágoas e até às questões partidárias em benefício da nossa região. Sou criciumense e quero o desenvolvimento da minha cidade. Coragem Eduardo e vai a luta”.

O ex-deputado Julio Garcia marcou data para decidir sobre sua filiação partidária - 14 de abril.

O que ele tem decidido é que será candidato a deputado em outubro.

Mas, poderá ser pelo PSD ou DEM.

Conversações de bastidores estão sendo encaminhadas para tomada se decisão.

Existem a possibilidade também de Julio ser candidato a vice-governador.

Os vereadores de Içara que querem aprovar aumento de salário para os seus assessores políticos “trabalharam“ muito no fim de semana. Definiram estratégia para colocar a proposta em discussão e aprovar rapidamente. Resolver o assunto em apenas duas sessões. Hoje e amanhã.

Um dos principais líderes da movimentação para aprovar o aumento é o vereador Toninho Mello, PMDB.

O presidente do câmara, vereador Alex Michels, é contra. Mas sofre forte pressão.

Pela estratégia definida pelos vereadores que querem dar o aumento, a proposta será protocolada na câmara às 15h45, em tempo de garantir a inclusão na pauta para a sessão de hoje.

Assim, já garante tramitação a partir de hoje e votação definitiva na sessão ordinária de amanhã. 

A proposta já teria a assinatura de cinco vereadores, de varias partidos.

Hoje, 11h, os vereadores vão se reunir para definir últimos detalhes.

São 15 assessores políticos na câmara. Eles recebem hoje r$ 4,4 mil e, se aprovada a proposta, passarão a receber r$ 6,2 mil. Quase r$ 2 mil de aumento. Em torno de 40%.

A reação na cidade é grande.

As principais entidades representativas já se posicionaram contra o aumento.

Mas, os vereadores insistem.

Ignoram a crise financeira da gestão pública.

Estão se mostrando totalmente desconectados da voz das ruas e do “mundo real”.

Agem como se o dinheiro para pagar vantagens indevidas não viesse do cofre que está “furado”, onde falta para educação, saúde, manutenção as estradas.

Em 2017, os vereadores de Icara já tentaram aprovar pagamento para eles de “décimo terceiro” salário. Em função da ruidosa reação na cidade, desistiram da proposta.

O governador licenciado Raimundo Colombo, PSD, visitou ontem o deputado federal João Rodrigues, PSD, que continua preso na Polícia Federal em Porto Alegre.

Colombo foi levar solidariedade ao deputado.

A visita foi agendada pela mulher do deputado, Fabiana Matte Rodrigues.

João deverá ser transferido até quarta-feira para Brasília.

Professor Rogério Portanova, candidato ao governo do estado pela Rede, o partido de Marina Silva, admitiu na entrevista à radio Som Maior e A Tribuna - “eu acho que é uma grande incógnita onde vai descarregar toda esta indignação da sociedade”.

E ele destacou que na eleição em Santa Catarina, nenhum dos principais candidatos colocados ao governo tem vinculação com candidatos bem posicionados na disputa presidencial.

A operação malsucedida, desastrosa, para troca de João Fabris por Gentil da Luz na secretaria regional deCriciúma foi o “mico" da semana. Mas, não quer dizer que o assunto tenha sido “sepultado”.

Gentil não será secretário, mas João ainda pode ser substituído.

O assunto continua sendo tratado nos bastidores.

O perfil para um possível futuro secretario é que tenha formação técnica, não politico de carreira, “ficha limpa” e com inserção no meio empresarial.

De qualquer forma, se tiver nova decisão de troca, o processo será feito com mais habilidade.

A assessoria do governador Raimundo Colombo acaba de distribuir nota sobre decisão da Procuradoria da República de arquivar inquérito sobre corrupção e denuncia-lo por caixa dois. 
Segue a nota na íntegra: 

O governador licenciado Raimundo Colombo celebrou, nesta sexta-feira, a decisão da Procuradoria Geral da República de arquivar o inquérito sobre prática de corrupção referente à delação de executivos da empreiteira Odebrecht no âmbito da operação Lava-Jato. Colombo disse estar aliviado com a decisão.

“A Policia Federal, o Ministério Público, eles pediram o arquivamento do processo de corrupção. Isso é uma coisa rara”, afirmou, ao destacar que talvez seja o único governador que consiga essa situação.

Colombo lembrou que a defesa foi concentrada 100% na questão da corrupção. “O arquivamento limpa a minha honra, porque foi uma investigação de dois anos”, salientou o governador licenciado.

“Agora saímos da questão criminal e vamos para a eleitoral”, observou Colombo, ao comentar a decisão da PGR de encaminhar ao Superior Tribunal de Justiça a decisão de denunciá-lo por caixa 2 na campanha eleitoral de 2010. Disse estar tranquilo em relação ao caso.

Saiu a decisão de Brasilia, no STJ, que era a mais esperada em Florianópolis, no ambiente do poder. A Procuradoria da República/Ministério Público Federal definiu posição em relação às questões que envolviam o governador Raimundo Colombo.  O decidido foi ruim, mas também foi bom para o Governador.

Ministério Público mandou arquivar o inquérito contra Colombo e ex-assessores próximos por corrupção e recebimento de propinas. Eles haviam sido citados em delações de diretores da JBS.

Entre os citados estava o ex-secretário da fazenda do estado, Antonio Gavazoni, e a revelação da delação o levou a pedir demissão do cargo.

Mas, Colombo foi denunciado por prática de caixa 2 na campanha de 2014.

Dos males, o menor.

Se fosse denunciado por corrupção, Colombo teria ameaçada sua candidatura ao senado.

Caixa 2 é considerado "crime menor", não inviabiliza a candidatura.

Segundo assessores próximos e aliados políticos, Colombo ficou "aliviado" com a decisão do Ministério Público Federal.

Ele estava postergando a renúncia do governo para não perder o foro privilegiado, que mantêm o processo no STJ/Brasilia, pelo menos até a decisão do Ministério Público Federal.

Por isso, pediu uma licença, agora férias e depois pediria outra licença, até completar o prazo limite para renúncia, de acordo com a lei, e aguardando a decisão no STJ.

Com a decisão de hoje, ele deve antecipar a renúncia,  fazendo logo que encerrado o período de férias.

Agora, com isso resolvido, Raimundo Colombo deve mergulhar na articulação politica. Em duas direções - para viabilizar o maior arco possivel de alianças em torno de sua candidatura ao senado e para tentar reaproximar PSD e PMDB.