Época de campanha, tempo certo para tratar de novas possibilidades para atender e fazer melhor à vida das pessoas.
Na mesa redonda feita aqui nesta semana para tratar das pautas da região, o presidente da Amrec, prefeito Neguinho, trouxe ao debate a proposta de um hospital público.
Hospital geral para atender pelo SUS.
Criciúma é a única sede da microrregião, único polo regional, que não tem hospital geral público.
Tem o Hospital Materno-Infantil Santa Catarina, mas é nichado, atende uma faixa dos pacientes do SUS.
Hospital da prefeitura, administrado pelo estado.
Hospital geral público que atende pelo SUS, não tem.
O Hospital São José cumpre o papel, atende pacientes do SUS. E faz bem.
Mas é o único.
Via de regra, lotado.
Uma segunda alternativa, segunda porta, é importante. Dá mais segurança.
Criciúma tem curso de Medicina na Unesc.
Unesc já administrou o Hospital Regional de Araranguá. E administrou bem.
Unesc tem profissionais para fazer tocar um hospital.
Alunos que precisam fazer residência, práticas e especialização.
E tem formados que são colocados no mercado.
A Unesc acaba de assumir a Unidade de Saúde Central de Criciúma, com seus profissionais, alunos e estagiários.
A Unesc tem uma Clínica de Saúde que é quase um pequeno hospital.
A rigor, a Unesc poderia fazer um hospital universitário.
Mas, seria alto risco, porque a Unesc nao pode operar no vermelho.
Não tem retaguarda financeira.
Se colocar um hospital universitário a operar, e faltar recurso para fechar as contas, a Unesc teria que tirar do seu caixa, de outras dotações.
Seria tirar dos pés para cobrir a cabeça. Faltaria para outras obrigações.
Poderia, no entanto, ser encaminhada uma operação em parceria a três mãos.
O município de Criciuma tem o Hospital do Rio Maina, é da prefeitura.
A Unesc tem profissionais, expertise, plenas condições de fazer funcionar um hospital.
O estado teria obrigação de contemplar Criciúma com um hospital público, porque é a única cidade polo regional do Sul que não tem.
Araranguá, sede da Amesc, tem.
Criciúma, sede da amrec, maior cidade de todo o Sul, não tem.
Então, porque não juntar os três:
prefeitura, que coloca a estrutura, o hospital. Unesc, que faz funcionar. E o estado, que aporta recursos para garantir que as contas não vão fechar no vermelho.
Seria um jogo de ganha-ganha para a região, que se consolidaria como referência na saúde.
E as pessoas teriam mais segurança no atendimento.
Então, por que não?
Um hospital público para Criciúma e região.
Uma proposta para ser tratada pelos políticos, especialmente, os candidatos.
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