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* as opiniões expressas neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do 4oito
Por João Nassif 30/11/2019 - 19:25

A frase serve para todos nós, já foi refrão de samba enredo e ouvida muitas vezes no futebol. E cabe perfeitamente ao Criciúma nesta temporada quando mais uma vez disputou a série B.

Primeiro o sonho do acesso foi alimentado pelas palavras do presidente Jaime Dal Farra que garantiu o time na série A em 2020. Já no primeiro jogo contra o Cuiabá no Heriberto Hülse o sonho foi se transformando numa pequena perspectiva de se se tornar realidade.

Com o passar dos jogos e a presença constante no Z-4 veio o segundo sonho, o de permanecer na série B com a troca de comando, com um discurso muito mais sentimental do que técnico pela quantidade de jogos em casa. O ínfimo aproveitamento como mandante o sonho se transformou em pesadelo e o rebaixamento foi inevitável.

E eis que de repente surgiu a possibilidade de muitos sonharem com uma virada de mesa pela situação possivelmente irregular do Figueirense. O terceiro sonho foi alimentado por dirigentes, técnico e até jogadores após o jogo em Barueri na última rodada. Mas, os jogos de sábado disseram o contrário e as vitórias do Londrina e São Bento deixou o Criciúma numa humilhante penúltima colocação acabando com o sonho de conquistar no tapetão a permanência da segunda divisão. 

Sonhar não custa nada, mas estes sonhos alimentados ao longo do ano custaram a decepção de uma grande torcida, além da marca Criciúma ser cada vez mais dilapidada por uma gestão omissa e sem noção, cujo presidente não tem a coragem de vir à público e confessar seus erros.
 

Por João Nassif 30/11/2019 - 10:01

O futsal feminino vai aos poucos tentando se aproximar do masculino com a formação de várias equipes pelo mundo e principalmente na América do Sul com várias competições onde vão se destacando os times de todo continente.

O futsal feminino tem o domínio completo dos times brasileiros que venceram todos os cinco torneios organizados pela CONMEBOL que levam o nome de Copa Libertadores de Futsal Feminino. Todos os torneios são disputados em sede única.

Unochapecó campeã da Libertadores

O regulamento é o mesmo desde início, são 10 clubes envolvidos, os campeões dos países que compõe a CONMEBOL. São formadas duas chaves com cinco clubes com os dois primeiros colocados de cada chave indo para as semifinais. Os vencedores das semifinais decidem o título 

A primeira Libertadores foi realizada em 2013 e teve o Chile como país anfitrião. Na decisão o time da Unochapecó derrotou o San Lorenzo da Argentina por 5x1 e ficou com o título.

Na segunda edição da Libertadores de Futsal Feminino em 2015 o campeão foi o Barateiro de Brusque que venceu a final contra o Santiago Morning do Chile por 11x0. O torneio foi novamente no Chile.

O Barateiro se sagrou bicampeão novamente no Chile em 2016 vencendo na final o Estudiantes de Guárico da Venezuela por 7x2.

A Unochapecó recuperou o título em 2017 no Paraguai ao derrotar na final os donos da casa, o Sport Colonial por 4x2.

E no ano passado outro clube brasileiro e também no Paraguai venceu a quinta Libertadores de Futsal Feminino. As Leoas da Serra de Lages derrotaram o Sport Colonial por 4x0.

Resumindo, domínio completo das meninas do Brasil na Libertadores de Futsal Feminino na América do Sul. Venceram todas as cinco edições já realizadas do torneio.

A sexta Libertadores terá início amanhã e pela primeira vez disputada no Brasil. A sede do torneio será em Balneário Camboriú. 
 

Por João Nassif 29/11/2019 - 09:32

Continuando com o histórico de seleções que ocupam as últimas posições no ranking da FIFA, hoje é dia de falar sobre a seleção das Ilhas Virgens Americanas que ocupa a posição de nº 207 entre as 209 filiadas à entidade.

As Ilhas Virgens Americanas disputam as competições da CONCACAF, Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe.

As Ilhas Virgens Americanas são colônias americanas no Caribe, tem população de pouco mais de 100 mil habitantes e sua capital é Charlotte Amalie. O arquipélago ocupa a parte ocidental das Ilhas Virgens, a leste de Porto Rico. O território inclui três ilhas principais, São Tomé, São João e Santa Cruz e cerca de 50 ilhotas desabitadas. Seu relevo é de origem vulcânica.

A Federação de Futebol das Ilhas Virgens Americanas foi fundada em 1989, mas por falta de campos de futebol adequados às competições estreou oficialmente somente em 1998. O futebol não é o esporte mais popular nas Ilhas, ao contrario do basquete e do beisebol.

Começou a jogar as eliminatórias visando a Copa do Mundo de 2002 e em cinco participações, as Águias Elegantes, como é chamada a seleção das Ilhas Virgens Americanas disputou 15 jogos com três vitórias e 12 derrotas. Seu ataque marcou oito gols e a defesa sofreu 80.
 

Por João Nassif 28/11/2019 - 09:42

Ontem falei aqui no Almanaque da Bola sobre seleção de Anguilla, que ocupa a posição 209 e é a última colocada no ranking da FIFA. Anguilla fica no Mar do Caribe e está filiada à CONCACAF, Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe.

Pela pontuação do ranking oficial divulgado em outubro a seleção de San Marino que disputa as competições oficiais na Europa está empatada com Anguilla na última posição e já foi assunto aqui no Almanaque.

Hoje é dia de falar das Ilhas Virgens Britânicas, também filiada à CONCACAF cuja seleção ocupa a posição de nº 208.

Ilhas Virgens Britânicas

As Ilhas Virgens Britânicas à exemplo de Anguilla é um território britânico ultramarino e fazem parte da Ilhas Virgens assim como as Ilhas Virgens Americanas e as Ilhas Virgens Espanholas que pertencem a Porto Rico. 

O arquipélago é composto por cerca de 40 ilhas, das quais somente 11 são habitadas. Sua capital é Road Town e a população de pouco mais de 27 mil habitantes.

A Associação de Futebol das Ilhas Virgens Britânicas foi fundada em 1974 e somente 20 anos depois se filiou à FIFA. Jamais se classificou para uma Copa do Mundo, nem para uma edição da Copa Ouro, sendo eliminada nas fases preliminares.

Participou das eliminatórias pela primeira vez para a Copa do Mundo de 2002 e de lá até agora disputou todas eliminatórias. Realizou um total de 10 jogos e não venceu nenhum, conseguindo apenas três empates e foi derrotada em sete jogos. Marcou sete gols e sofreu 34.

que Pela Copa Ouro da CONCACAF, no mesmo formato da Copa América e da Eurocopa, a seleção das Ilhas Virgens Britânicas até hoje não conseguiu classificação para a fase final do torneio. 
 

Por João Nassif 27/11/2019 - 09:55 Atualizado em 27/11/2019 - 15:07

Anguilla é um território britânico ultramarino que fica localizado no Mar do Caribe e compreende a Ilha de Anguilla e algumas ilhotas próximas. Sua população é de pouco mais de 13.500 habitantes com densidade demográfica de aproximadamente de 132 hab/km2.

Sua capital é The Valley e com o tempo tornou-se um paraíso fiscal. Por não ter ganhos de capital, patrimônio, lucro ou outras formas de tributação direta, a administração introduziu uma taxa de 3% sobre as aplicações, portanto foi a primeira forma do imposto de renda da ilha.

Praia de Anguilla

Como o assunto aqui no Almanaque da Bola é esportes, vou registrar a participação da seleção de Anguilla em torneios da FIFA e da CONCACAF.

A Associação de Futebol de Anguilla foi fundada em 1990 e se filiou à FIFA seis anos depois. Participou das eliminatórias para a Copa do Mundo pela primeira vez buscando classificação para o Mundial de 2002 compartilhado pela Coréia do Sul e Japão. Não conseguiu.

A partir daí sempre disputou as eliminatórias pela Confederação de Futebol da América do Norte, Central e do Caribe, a CONCACAF sendo sempre eliminada na primeira fase.

No total a seleção de Anguilla disputou 10 partidas valendo pelas eliminatórias ao Mundial e não conseguiu nenhuma vitória. Empatou apenas uma partida e perdeu as outras nove. Nestes 10 jogos marcou somente dois gols e sofreu 41. Ocupa a posição de nº 209 no ranking da FIFA, é a última seleção no ranking da entidade.

Pela Copa Ouro da CONCACAF, no mesmo formato da Copa América e da Eurocopa, Anguilla até hoje não conseguiu classificação para a fase final do torneio. 
 

Por João Nassif 26/11/2019 - 14:38

Não tenho conhecimento de que outro clube, a não ser o Criciúma, ter firmado contrato de parceria no futebol com uma empresa e entregue ao dono da empresa a chave do clube. O modelo adotado foi implantado com Antenor Angeloni que merecia esta prerrogativa em razão do seu histórico no comando do clube.

Quando por razoes que não vêm mais ao caso o Angeloni resolveu sair, foi feita uma triangular entre o Criciúma, Antenor Angeloni e Jaime Dal Farra, um simples torcedor, para que o contrato fosse mantido da forma como foi concebido e teve o aval do Conselho Deliberativo do clube. Quer dizer, o dono da GA continuou presidente do clube. Foi uma ação entre amigos.

Pelo estatuto do Criciúma é obrigatório haver eleições para que uma nova diretoria do clube seja empossada. Lembro bem que a direção do Conselho Deliberativo não queria novas eleições, temendo que uma improvável chapa de oposição pudesse ser eleita, inclusive houve suspeita de rasura no estatuto e as eleições foram marcadas por absoluta pressão de quem não está alinhado com a atual situação. 

Ao Conselho resta apenas zelar pelo patrimônio e assim o contrato vem sendo cumprido em todos os seus artigos. 

Mas, tem uma situação que novamente merece observação. Numa condição normal o presidente do clube teria por obrigação cobrar do presidente da GA explicações sobre a má gestão no futebol e a derrocada nos últimos anos que culminou com a queda para a Série C. O presidente do clube teria então que fazer uma autocobrança, pois também é o presidente da GA. Portanto, fica tudo como está. 

E o Conselho? Será que a mesa diretora esqueceu que a marca Criciúma EC está sendo dilapidada? A marca não é o maior patrimônio de um clube de futebol com histórico vencedor e uma torcida fanática? É conveniente ficar calado por conivência ou por ignorância? Até quando?  
 

Por João Nassif 26/11/2019 - 09:12

A seleção togolesa de futebol, conhecida como “Os Falcões”, é a 124ª do ranking da FIFA e conseguiu participar de uma Copa do Mundo somente em 2006, torneio disputado na Alemanha.

Foi eliminada na primeira fase jogando no Grupo G que terminou com a Suíça em primeiro, a França em segundo e a Coréia do Sul em terceiro. Togo foi a última colocada do grupo sem ganhar sequer um ponto.

Perdeu na estreia para a Coréia do Sul por 2x1, depois foi derrotada pela Suíça por 2x0 e fechou sua participação com derrota de 2x0 para a França. Ficou na 30ª posição ao final do Mundial.

A participação de Togo na Copa de 2006 foi conturbada. A Federação local prometeu aos jogadores uma premiação em dinheiro pela classificação. Ao chegarem na Alemanha, os atletas acusaram os dirigentes de reter o prêmio prometendo o dinheiro caso a seleção passasse para as oitavas de final.

Como a equipe perdeu seus dois primeiros jogos os jogadores ameaçaram não entrar em campo contra a França caso o prêmio não fosse pago. A FIFA foi obrigada a intervir no impasse e forçou a Federação Togolesa a pagar a premiação aos atletas.

Mais tarde, os dirigentes da Federação acusaram a FIFA de pagar um valor insignificante para a participação da seleção na Copa do Mundo. A FIFA afirmou que o valor pago é o mesmo para todas as seleções participantes. 

Exigiu um pedido oficial de desculpas sob pena da exclusão de Togo das principais competições organizadas pela entidade, o que foi imediatamente feito.

Em janeiro de 2010 a seleção de Togo foi vítima de um ataque terrorista quando se deslocava para disputar a Copa Africana de Nações em Angola. Assim que atravessou a fronteira a delegação foi atacada pelo grupo rebelde de Cabinda que brigava pela independência da região.

No ataque morreram três componentes da delegação, o motorista do ônibus, um assessor de imprensa e um assistente técnico e três jogadores ficaram feridos. No dia seguinte a delegação decidiu abandonar o torneio.  
 

Por João Nassif 25/11/2019 - 16:44 Atualizado em 25/11/2019 - 16:51

Li a matéria do Denis Luciano aqui no portal e confesso não fiquei nada surpreso. Não poderia esperar outra atitude do advogado do Criciúma, Dr. Albert Zilli, ao ventilar a possibilidade do clube ainda permanecer na série B, desde que vença o Oeste e os demais do Z-4 não vençam seus jogos. É lamentável que o Criciúma derrotado no campo pela sua incapacidade pense em ir ao tapetão reivindicar algo que não conquistou ao longo do campeonato. 

O Figueirense já foi punido com a perda de três pontos pelo WO em Cuiabá no primeiro turno. O MP denunciou no STJD a falta de pagamentos dos salários de atletas profissionais e da base. O STJD erradamente tirou mais três pontos e rapidamente voltou atrás, pois não existe jogo de que valha seis pontos. O Figueirense foi absolvido, pois provou que havia quitado os salários em atraso e qualquer nova manobra dos rebaixados já está fora dos prazos. E se o Figueirense vencer o Operário? Perderia mais seis pontos?

Espero que os dirigentes do Criciúma não façam o clube passar por novo vexame, haja vista que o rebaixamento já manchou a imagem do clube. Aceitem a série C, façam time e retornem pelas vias normais.  
 

Por João Nassif 25/11/2019 - 09:59

A Inglaterra, país que é considerado o berço do futebol foi sediar uma Copa do Mundo somente em 1966, portanto 36 anos após a primeira ter sido disputada.

Em 1930 quando Jules Rimet conseguiu que apenas quatro seleções europeias fossem ao Uruguai para o primeiro Mundial, os ingleses que não acreditavam no sucesso do torneio se negaram a participar. 

Gol dos Estados Unidos contra a Inglaterra em 1950

Somente após a Segunda Guerra Mundial é que os países do Reino Unido decidiram disputar as eliminatórias para a Copa de 1950 e os quatro, Inglaterra, Escócia, Irlanda do Norte e País de Gales jogaram entre si com a classificação da Inglaterra e Escócia.

Com a desistência da Escócia somente a Inglaterra veio ao Brasil como representante do Reino Unido e protagonizou a primeira grande zebra dos Mundiais ao ser derrotada pelos Estados Unidos por 1x0 no Estádio Independência em Belo Horizonte. Os ingleses foram eliminados na primeira fase. 

Como anfitriã em 1966 a Inglaterra conquistou o título vencendo a Alemanha Ocidental no jogo final. A partida foi cercada de uma polêmica que dura até hoje.

A partida foi realizada no Estádio de Wembley com a presença de cerca de 100 mil pessoas pela primeira vez a Copa do Mundo foi decidida na prorrogação.

No tempo regulamentar o jogo terminou empatado em 2x2 com a Alemanha Ocidental marcando o gol de empate no minuto final. Aos 11 minutos do primeiro tempo da prorrogação o atacante inglês Hurst chutou a bola que bateu no travessão, caiu sobre a linha e o árbitro suíço Gottfried Dienst confirmou o gol.

Imagens de arquivo observadas digitalmente confirmam que a bola não cruzou a linha do gol, portanto um erro da arbitragem definiu a Copa do Mundo de 1966, mesmo que no minuto final a Inglaterra marcasse o quarto gol.
 

Por João Nassif 24/11/2019 - 11:41

O futebol é fantástico pelo seu imponderável. Em questão de minutos transforma a história de um campeonato e registra para sempre heróis e vilões. A decisão da Libertadores-2019 exemplifica a magia do esporte quando nos últimos cinco minutos de um jogo fez um campeão que até então não havia produzido para escapar de uma derrota que parecia definitiva.

O vilão

O atacante do River Plate, Lucas Pratto, que havia entrada há pouco para marcar presença na área aproveitando os espaços que seriam dados por um Flamengo desesperado, foi o protagonista do jogo. 

Depois de ter dado dois chutinhos sem perigo, tentou trabalhar uma bola na intermediaria de ataque, sem enrolou, foi desarmado e a retomada aos 43 do segundo tempo gerou o contra-ataque que parou no fundo do gol.

Totalmente perdidos e sem rumos os zagueiros do time argentino que dominavam o ataque mais poderoso do futebol brasileiro perderam a noção do tempo da bola e aos 46 minutos entregaram o segundo gol.

Flamengo, bicampeão da Libertadores no título que parecia improvável pelo andamento do jogo, jogo que produziu o herói Gabigol que marcou os dois gols da virada e o grande vilão, Lucas Pratto que entregou a taça e que, convenhamos, também merecia a faixa de campeão.

 

Por João Nassif 24/11/2019 - 09:20

A França foi protagonista durante as primeiras décadas no futebol mundial. Foi na França a reunião que criou a FIFA em 1904, hospedou a sede da entidade internacional até 1932 e é o país de nascimento de Jules Rimet, o cartola que criou a Copa do Mundo.  

Mesmo com este histórico, em campo a seleção francês não desempenhava um papel de feitos e conquistas. Mesmo participando das primeiras Copas do Mundo a seleção francesa não era destaque, tanto que suas campanhas foram modestas de sem empolgação.

Esteve presente nos três primeiros mundiais, foi 8ª colocada em 1930, 10ª em 1934 e novamente ficou em 8º lugar quando sediou a Copa em 1938. Não veio para o Brasil em 1950 e ficou em 9º lugar no Mundial de 1954. Em 1930 seu atacante Lucien Laurent marcou o primeiro gol da história dos Mundiais.

Depois de cinco participações sem brilho nas seis primeiras Copas do Mundo, na Suécia em 1958 a França surpreendeu o mundo com uma seleção fantástica que só não chegou à final por ter encontrado em seu caminho a seleção brasileira com Pelé, Garrincha & Cia, na disputa da semifinal.

Na primeira fase no Grupo com Escócia, Iugoslávia e Paraguai a França goleou os sul-americanos por 7x3 mostrando a força de seu ataque e uma zaga que não era das mais confiáveis. Sua linha de frente superava as dificuldades defensivas.

Nas quartas de final enquanto a seleção brasileira sofria para derrotar País de Gales por 1x0, a França despachava a Irlanda do Norte impondo a goleada de 4x0.

Derrotada pelo Brasil por 5x2 na semifinal, a seleção francesa arrasou a Alemanha Ocidental na decisão do terceiro lugar por 6x3 num jogo histórico com quatro gols de Just Fontaine que se tornou o maior artilheiro daquele mundial com 13 gols.

Até hoje esta marca não foi quebrada. A França no Mundial de 1958 disputou seis jogos com quatro vitórias e duas derrotas. Seu ataque marcou 23 gols e a defesa sofreu 15.  
 

Por João Nassif 23/11/2019 - 16:45

Alguém ainda se lembra do CEUB? Os alunos e funcionários do Centro de Ensino Unificado de Brasília em fevereiro de 1971 criaram um clube que estreou no mesmo ano no campeonato amador da Capital Federal.

Jogadores do CEUB

Os campeonatos de futebol de Brasília começaram antes da inauguração da cidade reunindo clubes originários de construtoras, associações classistas e órgãos governamentais. Grêmio Brasiliense, Cruzeiro, Rabello e o Departamento de Força e Luz, o “Defelê”, como era conhecido.

Houve até mesmo um período profissional na primeira década quando alguns desses clubes chegaram a disputar a Taça Brasil e que terminou em 1967 com a falência de poucos clubes que ainda resistiram.

Depois de dois anos disputando o campeonato amador da Capital, em 1973 o CEUB deu um passo ambicioso ao saber que a CBD pretendia ampliar o campeonato brasileiro de 26 para 40 clubes, incluindo um representante do Distrito Federal.  

Atendendo às exigências da CBD o CEUB se profissionalizou e como teria que possuir um estádio com capacidade mínima para participar do campeonato reformou e ampliou em tempo recorde o Estádio Edson Arantes do Nascimento, o Pelezão com capacidade para 40 mil pessoas. Além disso, para não fazer feio, contratou diversos jogadores do Sul e Sudeste do país.

A estreia foi contra o Botafogo num Pelezão lotado e o jogo terminou em 0x0. Conseguiu algumas vitórias marcantes como um 2x0 sobre o Cruzeiro e 2x1 em cima do Corinthians. Terminou o campeonato na 33ª posição, portanto livre do rebaixamento.

Continuou no campeonato brasileiro e em 1974 terminou na 37ª colocação. No ano seguinte depois de uma excursão à Europa participou pela última vez da competição nacional.

Fechou suas portas em 1976, ironicamente no primeiro ano em que o Distrito Federal voltaria a ter um campeonato profissional. 
 

Por João Nassif 23/11/2019 - 10:02 Atualizado em 23/11/2019 - 10:02

Fazendo um paralelo com o que Gabriel García Márquez escreveu no seu livro de 1981, podemos transferir para o Criciúma EC dos últimos anos a obra deste fantástico escritor colombiano.
Em seu livro García Márquez faz uma reconstrução jornalísticas dos últimos dias de vida de Santiago Nasar assassinado sem defesa pelos dois irmãos Vicario. Todos os habitantes do lugarejo onde vive a vítima sabiam do homicídio premeditado algumas horas antes, mas não fazem nada de concreto para proteger a vítima de seus algozes.

Gabriel García Márquez

Sem me alongar as considerações do escritor são cópia fiel do que acontece com o Criciúma EC. Todos sabiam do desfecho pela incompetência de sua administração que nos últimos anos flertou com o rebaixamento e ninguém, muito menos o Conselho Deliberativo, fez algo para estancar os erros e procurar salvar o clube da derrocada final. 

Se a missão contratual do Conselho é apenas zelar pelo patrimônio, a marca Criciúma que representa a essência deste patrimônio está sendo vilipendiada por uma gestão que não tem a mínima noção do que é administrar futebol nos dias de hoje. 

Desde algumas rodadas já era dado como certo o rebaixamento do Criciúma. Foi ganhando sobrevida pelo benefício da também incompetência de seus concorrentes. Até que não teve jeito, quem não se ajuda ficar na dependência de terceiros é como pedir para ser enterrado.

A “Crônica de uma morte anunciada” retrata fielmente o Criciúma dos últimos anos sem perspectivas de reação.  
 

Por João Nassif 22/11/2019 - 09:08

Ali Daei estabeleceu em 2006 o recorde de 109 gols defendendo a seleção do Irã em jogos internacionais. O número alcançado em jogos oficiais pelo artilheiro iraniano parecia inalcançável por qualquer outro até bem pouco tempo quando surgiu no seu rastro o português Cristiano Ronaldo.

Ali Daei

O recorde anterior pertencia ao húngaro Ferenc Puskas que havia anotado 84 gols pela sua seleção e até 2018 apenas os dois jogadores haviam superado a marca de 80 gols jogando por selecionados nacionais. No ano passado Cristiano Ronaldo completou o pódio tornando-se o terceiro jogador a superar os 80 gols oficiais por seleções.

De 2018 até agora com as datas FIFA e as eliminatórias para a Eurocopa, Cristiano Ronaldo aproxima-se rapidamente do recorde de Ali Daei. Com 11 gols marcados pelas eliminatórias o português atingiu a marca de 99 gols, faltando apenas 11 para se tornar o maior artilheiro de seleções na história do futebol. 

Os maiores goleadores pela média de partidas disputadas o primeiro é Puskas que marcou seus 84 gols em 85 jogos com a incrível média de 0,99 gols por jogo.

O japonês Kunishine Kamamoto com 0,95 gols por jogo tem a segunda maior média, pois marcou 80 gols em 84 jogos. 

O recordista Ali Daei jogou 149 partidas para marcar seus 109 gols, sua média é de 0,73 gols/jogo. Cristiano Ronaldo tem média de 0,60, pois precisou de 164 jogos para marcar 99 gols.
 

Por João Nassif 21/11/2019 - 10:11

Milão é a cidade italiana que abriga duas potencias do futebol mundial. Milan e Internazionale que além de ganharem inúmeros campeonatos italianos e Copa da Itália, têm bonita história no cenário mundial, pois venceram em conjunto 10 títulos da Taça Europeia dos Campeões, três da Liga Europa e cinco do Mundial de Clubes.

A Internazionale nasceu de uma dissidência do Milan em 1908 e desde lá foi criada uma rivalidade histórica, inclusive dividindo o mesmo estádio com nomes diferentes. Quando joga a Internazionale o estádio leva o nome de Giuseppe Meazza, quando é o Milan que está em campo muda o nome para San Siro.

Uma das formações do MilanInter

Mas, toda esta rivalidade não impediu que em poucas ocasiões fosse formado o MilanInter, time que agrupava jogadores dos dois times em ocasiões especiais para disputa de jogos beneficentes ou comemorativos.

O primeiro jogo do MilanInter foi disputado pela primeira vez em 1949 na comemoração do cinquentenário de fundação da Internazionale. O combinado foi derrotado pelo Áustria Viena por 3x1.

Depois de mais alguns jogos em 1980 a dupla se reuniu novamente em solidariedade após o terremoto na região de Irpínia que deixou 3 mil mortos e mais de 10 mil feridos no sul da Itália. O combinado foi derrotado pelo Bayern Munique por 2x1.

Dois anos depois terminou a história do MilanInter quando perdeu dois jogos preparatórios de Peru e Polônia para a Copa do Mundo.

No total o MilanInter disputou 10 jogos com três vitórias, três empates e quatro derrotas.
 

Por João Nassif 20/11/2019 - 09:29

Em março de 1977, a alemã Elizabeth Käsemann foi presa em Buenos Aires. Nascida em Gelsenkirchen e filha de um professor de teologia, a socióloga de 30 anos, estudava economia e trabalhava como professora de idiomas na capital argentina.

Elizabeth foi listada como terrorista pelo regime, foi levada para uma detenção e depois de semanas torturada foi executada em 24 de maio com um tiro nas costas junto com mais 15 prisioneiros.

Elizabeth Käsemann

Por que este episodio aqui no Almanaque da Bola?

No dia 05 de junho daquele ano foi realizado um amistoso entre Argentina e Alemanha Ocidental, os alemães então campeões mundiais e a seleção argentina que ganharia o título jogando em casa um ano depois. A partida foi realizada na Bombonera perante 60 mil espectadores.

Nas semanas que antecederam o amistoso grupos de direitos humanos e religiosos se mobilizaram ao redor da prisão de Elizabeth. A diplomacia alemã ignorou um pedido de habeas corpus e três dias antes do jogo a embaixada alemã em Buenos Aires e a Federação Alemã de futebol receberam a confirmação da morte da socióloga.

Mesmo assim as autoridades preferiram confirmar o amistoso e ignorar o assassinato. O presidente da Federação Alemã, Hermann Neuberger, já havia relativizado publicamente as acusações contra o governo argentino e se prontificou a evitar que os jogadores fossem informados sobre o caso.

Somente no dia seguinte ao jogo é que a informação sobre a morte de Elizabeth Käsemann se tornou pública. O ocorrido não mudou o pensamento dos dirigentes alemães que ignoraram mais uma vez os assassinatos e atrocidades cometidos pela ditadura argentina e um ano depois a seleção alemã retornou à Argentina para disputar a Copa do Mundo.

No amistoso de 1977 na Bombonera a Alemanha Ocidental derrotou os donos da casa por 3x1.
 

Por João Nassif 19/11/2019 - 15:39

Há exatos 50 anos, no dia 19 de novembro de 1969 o mundo mais uma vez reverenciava Pelé, O Rei do Futebol pelo seu milésimo gol na carreira.

O palco não poderia ser outro a não ser o Maracanã templo do futebol à época o maior estádio do mundo. Além de Pelé entrou para a história o goleiro Andrada do Vasco da Gama que sofreu o gol de pênalti marcado pelo Rei na vitória do Santos por 2x1 perante a presença de mais de 70 mil pessoas. 

Momento do gol 1.000 do Rei

A importância do gol gerou grande polemica entre alguns pesquisadores. O jornalista italiano radicado no Brasil, Thomaz Mazzoni chefe de redação de “A Gazeta Esportiva” tinha um acerco próprio e garantiu que o milésimo gol foi marcado uma semana antes em Recife na goleada do Santos sobre o Santa Cruz por 4x0.

Outros afirmam que o gol 1.000 de Pelé foi marcado no dia 14 de novembro em João Pessoa na Paraíba na vitória do Santos sobre o Botafogo por 3x0 numa partida amistosa.

Enfim, à época o bate-boca entre os jornalistas foi intenso, mas a imprensa mundial consagrou o dia 19 de novembro como a data oficial do milésimo gol de Pelé.

Pelé jogou pelo Santos de setembro de 1956 até outubro de 1974, poucos mais de 18 anos. Do Santos foi para os Estadas Unidos e defendeu a camisa do New York Cosmos de junho de 1975 até outubro de 1977 quando pendurou oficialmente as chuteiras às vésperas de completar 38 anos.

Na carreira entre jogos oficiais e amistosos por clubes e seleção brasileira Pelé jogou 1.363 partidas e marcou o total de 1.282 gols.
 

Por João Nassif 18/11/2019 - 10:45

As Eliminatórias da Copa de 2022 viveram uma partida histórica há pouco mais de um mês. Pela primeira vez, Coreia do Norte e Coreia do Sul disputaram um jogo oficial em Pyongyang. 

Como era de se prever, o duelo na capital norte-coreana foi cercado de cautela e tensões, diante da tênue trégua que existe entre os países – ainda tecnicamente em guerra, já que não existe um tratado de paz desde o armistício em 1953. E o clássico inédito também seria cercado de melancolia. 

O governo norte-coreano proibiu a entrada de torcedores e jornalistas sul-coreanos. A partida não teve transmissão ao vivo. Pior, sequer a torcida local ganhou permissão para entrar. Ao final, praticamente ninguém viu o empate por 0 a 0, no vazio Estádio Kim Il-sung.

Coreia do Norte e Coreia do Sul haviam se enfrentado apenas uma vez em Pyongyang, mas em caráter amistoso. A chamada “Partida da Reunificação” recebeu 150 mil torcedores no Estádio Rungrado 1° de maio em outubro de 1990 e contou com a vitória norte-coreana por 2 a 1, a única do país na história do confronto. 

Duas semanas depois, aconteceu o reencontro no Estádio Olímpico de Seul, com vitória da Coreia do Sul por 1 a 0, diante de 70 mil espectadores. Naquele momento, ensaiava-se uma aproximação entre os países através dos esportes.
 

Por João Nassif 17/11/2019 - 14:16

Estamos a uma semana da decisão da Libertadores envolvendo Flamengo e River Plate, dois clubes com torcedores fieis e confiantes amparados no momento e na história dessas entidades centenárias.

Flamengo x River Plate na Libertadores 2018

Em duas edições anteriores do torneio já se enfrentaram e se empataram na fase de grupos em 2018, lá atrás em 1982 o Flamengo levou vantagem vencendo os dois confrontos.

A Libertadores de 1982 foi disputada por 21 times e o Flamengo campeão no ano anterior não participou da primeira fase. Os demais foram divididos em cinco grupos de quatro clubes em cada um e somente o primeiro colocado de cada grupo avançou para a segunda etapa do torneio.

Na segunda fase, chamada de semifinal, os cinco classificados mais o Flamengo foram formados dois grupos com três equipes em cada um e os dois primeiros colocados disputaram a final.

Num dos grupos o Flamengo enfrentou o Peñarol e o River Plate. No confronto contra os argentinos o time de Zico & Cia. Venceu as duas partidas, a primeira em Buenos Aires por 3x0 e a segunda no Maracanã por 4x2.

Na casa do River os goleadores foram Lico, Zico e Nunes. No Rio de Janeiro marcaram para o Flamengo, Tita, Júnior, Zico e Ronaldo.

De nada adiantaram as duas vitórias de 1982 sobre o rival do próximo sábado. O classificado no grupo foi o Peñarol que conseguiu quatro vitórias enfrentando Flamengo e River Plate, duas vezes um.
 

Por João Nassif 16/11/2019 - 19:15

Desde sempre os clubes do futebol brasileiro mostram descontentamento com a CBF, mas falta entendimento entre eles, além da coragem para uma ruptura com o poder central do esporte no país.

Há mais de 30 anos os maiores clubes tiveram a iniciática de formar uma associação que pudesse ter vida própria e organizar as competições como acontece, por exemplo, na Inglaterra onde os clubes fundaram a Premier League com resultados fantásticos financeiramente e que concentram muitos dos maiores craques do planeta.

O Clube dos 13 fundado em 1987 depois da CBF declarar que não poderia organizar o campeonato brasileiro daquele ano por falta de verbas.  

Os presidentes do São Paulo, Carlos Miguel Aidar e do Flamengo, Márcio Braga entenderam que era hora de unir os principais clubes brasileiros em torno de uma entidade que pudesse não só organizar o campeonato, mas também representar os interesses das agremiações.

Uma reunião no dia 11 de julho de 1987 num salão dentro do Estádio do Morumbi surgiu o Clube dos 13. Os fundadores foram os quatro grandes de São Paulo, São Paulo, Palmeiras, Corinthians e Santos, os quatro do Rio de Janeiro, Flamengo, Vasco da Gama, Fluminense e Botafogo, os mineiros Cruzeiro e Atlético, os gaúchos Grêmio e Internacional, além do Bahia representante do Nordeste.

Apenas o campeonato de 1987 foi organizado pela nova entidade, em 1988 a CBF reassumiu o comando e aos poucos, com muitas desavenças motivadas pelos interesses de cada sócio o Clube dos 13 foi perdendo força até usa extinção em fevereiro de 2011.

Foi perdida a grande chance de uma guinada total no futebol brasileiro.
 

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