Das 20 equipes que começaram o campeonato apenas cinco mantém o técnico desde o início. 

O Criciúma com Cláudio Tencati, o Novorizontino com Eduardo Baptista, o Sport com Enderson Moreira, o Vila Nova com Claudinei Oliveira e o Vitória com Léo Condé. Concidentemente são as cinco que ocupam as cinco primeiras posições na classificação. 

Quem manteve o treinador até aqui está se dando muito bem.

Dos 15 que já foram demitidos, cinco deles continuam empregados, a exceção é Gustavo Morinigo que havia sido dispensado pelo Ceará depois da segunda rodada, foi para o Avaí e foi dispensado depois de apenas sete jogos.

Os outros cinco conseguiram se empregar e não se sabe até quando. Mozart Santos que deixou o Atlético-GO na rodada 3 foi para o Mirassol onde continua até hoje. Umberto Louzer que saiu do CRB na rodada 9 e hoje está no Guarani. Gilmar Dal Pozzo que começou o campeonato no Ituano foi dispensado na rodada 7 e hoje está na Chapecoense. Marcelo Chamusca foi demitido do Tombense na rodada 9 e foi contratado pelo Botafogo-SP. 

Finalmente Eduardo Barroca que viveu uma situação curiosa. Estava no Ceará quando inclusive foi campeão da Copa do Nordeste e foi dispensado antes do início da série B. Com a demissão de Morinigo voltou ao clube, não resistiu os maus resultados e foi demitido na rodada 13. Não ficou muito tempo desempregado, na rodada seguinte já estava trabalhando no Avaí. Cultura do futebol brasileiro.

Os técnicos dos times que no momento estão entre os cinco primeiros que se cuidem. Ou mantém o rendimento ou entrarão para a galeria dos demitidos. 
 

Botafogo e Criciúma estão com a mesma forma de encarar suas competições. Um brigando pelo título da Série A e outro pelo acesso à Série A em 2024. São objetivos distintos, mas os roteiros são parecidos, cada qual com seu potencial e os esquemas que têm sido a razão dos sucessos das campanhas até aqui.

O Botafogo que está mostrando ser um time com jogadores de qualidade sem muito retrospecto e que encontrou uma forma de jogar que tem lhe dado uma força inquestionável sobre outros adversários muito mais cotados para chegar ao título.

Baseado num forte dispositivo defensivo, sabendo sofrer com o assédio dos oponentes, busca encontrar uma bola que na maioria das vezes tem feito a diferença para suas 12 vitórias em 14 jogos realizados. Seja na bola parada, seja no contra-ataque ou no erro do adversário as vitórias vão acontecendo sem muitos sustos.

O Criciúma no mesmo ritmo, com jogadores que foram se revelando pela capacidade e pela permanência de outras campanhas, também encontrou a forma ideal para suplantar seus adversários de muito menor qualidade. 

A defesa tem sido o ponto alto na campanha. Sólida, com jogadores que neutralizam a bola aérea, recomposição rápida para dificultar os eventuais contra-ataques e jogando pela bola vencedora, de pênalti, do erro do adversário ou pela velocidade para chegar ao gol. Com desempenho não muito brilhante está fazendo o básico para encontrar os resultados e se fixar na zona do acesso.

Comparando os roteiros não posso esquecer da fase fantástica dos goleiros das duas equipes que têm dado a segurança para que as campanhas caminhem para que os objetivos sejam alcançados. Muitos jogos ainda estão para acontecer, mas no momento são os dois melhores times em suas respectivas séries. 
 

Dois erros definiram o jogo e o resultado em Natal neste sábado.

Primeiro o erro do Rodrigo na saída de bola, atravessando a bola que foi dominada na meia lua pelo atacante do ABC que tentou driblar o Walisson Maia, foi derrubado e o zagueiro foi expulso após o VAR chamar o árbitro que confirmou a expulsão. O segundo foi também um erro da defesa do ABC que saiu errado, Felipe Vizeu deu ao Fabinho que foi tocado por trás dentro da área. O árbitro em cima do lance marcou o pênalti que se transformou no gol da vitória.

Por que os dois erros definiram o jogo? Independente do que poderia ter sido o resultado final, o erro do Criciúma obrigou o técnico Cláudio Tencati mudar sua estratégia. Entrou com três volantes sugerindo um time com a costumeira marcação forte, com a expulsão teve que mudar seu sistema, tirou um volante para recomposição da zaga

]Até então o ABC tinha a bola, mas errava demais nos momentos de decidir e sem um dos volantes a opção do Criciúma foi dar a bola ao adversário e tentar especular para chegar ao gol. Não teve nenhuma chance até surgir o segundo erro do jogo. Com a vantagem o Criciúma fez o que mais sabe que é exercer uma forte marcação e neste jogo ainda mais com um ônibus estacionado na frente de sua área. E para completar o estilo como que uma Kombi foi colocada mais atras, quase dentro da pequena área.

Vitória justa e tranquila de um time que vai de rodada em rodada mostrando as credenciais necessárias para o acesso.

E o ABC, hem? Teve a bola em quase todo o jogo e não conseguiu melhor resultado pela pouca produção ofensiva. Muitos erros de passes, jogadores maus tecnicamente, a rigor dois chutes de fora da área, com um acertando o travessão e outro que parou na defesa do Gustavo. O time potiguar, lanterna do campeonato pelo futebol que mostrou caminhando com convicção para o retorno à série C. 

A CBF finalmente encontrou um paliativo enquanto espera por Carlo Ancelotti. Depois de ficar rodando pela Europa atras do possível futuro técnico e de quem poderia fazer a interinidade, achou a solução aqui no Brasil.

Entre tantos nomes especulados passar assumir em definitivo o cargo e com a CBF afirmando que não tiraria nenhum técnico brasileiro ou mesmo estrangeiro que estivesse trabalhando definiu Fernando Diniz para tapar o buraco até a chegada do italiano.

Chama atenção o fato do Fluminense concordar com a escolha. Um técnico da seleção, mesmo interino e com várias partidas em jogo não pode simplesmente fazer uma lista de convocados numa competição importante como as eliminatórias sul-americanas para a Copa de 2026.

Mesmo sendo interino Fernando Diniz terá que montar o time para os seis jogos oficiais e certamente não poderá observar de perto os jogadores que atuam na Europa que têm historicamente formado a base da seleção brasileira. Terá que cuidar do Fluminense que está em duas competições importantes na sequência da temporada.

A experiencia com Ramon Menezes que foi sacado do Mundial sub-20 para escalar a seleção para dois amistosos foi a pior possível. Sem conhecer os jogadores, sem tempo para traçar um sistema de jogo foi o fiasco que se viu com as duas derrotas para seleções africanas.

Está criada a expectativa da forma como Fernando Diniz irá administrar as duas funções. Ou se consagra e poderá ficar no cargo, mesmo como auxiliar do Ancelotti ou terá sua carreira colocada em xeque. E o Fluminense que foi conivente também poderás ser prejudicado/
 

Definitivamente o Criciúma encontrou a fórmula exata para cumprir com sucesso seu objetivo na série B do brasileiro. E não foi pelo jogo na Maranhão, mas pela sequência das atuações ao longo destas 15 primeiras rodadas.

Houve derrotas no percurso? Sim, aconteceram alguns insucessos características de um campeonato longo de 38 rodadas. O que mais importa para o acesso é a manutenção do rendimento e a permanência dentro ou muito próximo do G-4. O aproveitamento atual é de 67%, percentual que permite o acesso com folgas.

A receita é simples como refeição com arroz e feijão mexido. Fazer ou achar um gol antes do adversário. Marcar forte, fechar espaços, recompor com velocidade e deixar a bola com o outro, esperando a oportunidade de dar o bote num contra-ataque letal. Ah! E também saber sofrer quando pressão contrária é forte, principalmente fora de casa.

Simples assim? Simples e com muito mérito para os jogadores que entenderam a filosofia do técnico e se aplicam com muita organização na receita que vai se mostrando vencedora.

O cardápio é este e tem que ser mantido, mas também passa pela janela de transferência que será aberta segunda-feira. O Criciúma tem hoje vários destaques, jogadores que certamente estariam numa eventual seleção da série B e a manutenção de todos será fundamental. Caso contrário a direção e o técnico terão que encontrar uma forma de reposição sem perda do rendimento.

Nem falo nos adversários que estão no mesmo embalo e também têm os mesmos objetivos. 

As portas para o acesso estão se abrindo, compete ao Criciúma saber como entrar e para isso terá que manter o futebol que vem apresentando para no final do ano comemorar o tão sonhado acesso.
 

O Criciúma subiu para a Série A do Campeonato Brasileiro, pela última vez, em 2012. De lá para cá, foram quedas e acessos, o clube chegou até a Série C e, agora, disputa a Série B pelo segundo ano consecutivo.

Este ano, a tabela mostrou que foram realizadas até agora 14 rodadas, faltando apenas um jogo do Sport contra o CRB, que foi transferido no início do campeonato. Vamos comparar com 2012, ano do último acesso do Criciúma para a Série A.

Há nove anos, depois de 14 rodadas, o Criciúma liderava com 35 pontos, o Vitória vinha em segundo com 32, o América-RN com 26 em terceiro e o América-MG em quarto com a mesma pontuação. São Caetano e Goiás, com os mesmos 26 pontos, pelos critérios estavam na quinta e sexta posições.

No final, depois de 38 rodadas, o Goiás foi o campeão com 78 pontos. O Criciúma em segundo com 73, depois Vitória e Atlético-PR com 71 foram os outros dois clubes promovidos. O time paranaense, em 2012, era o nono colocado com 20 pontos depois de 14 rodadas. Lembrando que o São Caetano também atingiu 71 pontos, mas não conseguiu o acesso pelos critérios de desempate.

E agora? Este ano, depois de 14 rodadas, o Vila Nova lidera com 30 pontos, o Novorizontino é o segundo com 29, Vitória e Sport vem em seguida com 28 pontos cada um, o Sport com um jogo a menos. O Criciúma está colado no G-4 com 27.

Perceberam que a diferença entre os primeiros colocados nos dois campeonatos é praticamente a mesma, sendo que em 2023 a pontuação dos ponteiros é menor.

Seguindo a tendência, estes cinco deverão disputar palmo a palmo o acesso, mas poderão ser acossados por outros seis times. Repetindo 2012, Mirassol e Guarani vem logo a seguir, com 25 e 22 pontos, respectivamente. Em seguida, com 21 aparecem Juventude, Ceará, Botafogo-SP e Atlético-GO.

Alguém arriscaria um prognóstico? Se alguém acertar a resposta no meu Facebook (João Nassif) vai ganhar um exemplar do ALMANAQUE DAS COPAS e um do BRASIL NAS COPAS. A promoção vai encerrar assim que terminar a rodada 30 da Série B.

Depois de sofrer em Chapecó pela incapacidade de converter em gols sua enorme superioridade, o Criciúma encontrou no CRB o adversário ideal para a recuperação e a subida na classificação.

Bem no estilo Cláudio Tencati, em casa, um gol no início do jogo facilita a estratégia. Defesa segura, recomposição intensa e a espera do bote para aumentar o placar. O script foi seguido à risca e o segundo gol foi consequência.

Registrei que o time alagoano foi o adversário ideal, porque mesmo ter acertado a trave no primeiro ataque do jogo, mostrou uma defesa fragilizada e totalmente fora do melhor posicionamento, situação que permitiu os dois contra-ataques que resultarem na definição do jogo.

As mexidas do Tencati foram muito mais para segurança do resultado com o controle absoluto do jogo.

O que ninguém esperava foi o gol do CRB, aos 44, que deixou todo estádio em alerta nos sete minutos que faltavam para o final o jogo. Ainda houve tempo para um susto numa blitz que terminou com uma defesa do Alisson quase à queima-roupa.

Somando e dividindo, o importante foram os três pontos que fizeram com que o Criciúma terminasse a terça-feira dentro do G-4. Independente do que acontecer amanha com Vitória e Mirassol buscando superar o Criciúma na classificação, a briga está empolgante, seis, sete ou oito times se credenciam ao acesso.

Ainda falta muito, mas Ceará e Atlético-GO tem potencial para entrar nesta batalha e ainda faltando 24 rodadas para o final certamente teremos muita emoção para um G-4 que promete ser empolgante. 

É comum falarmos que empate fora de casa é vitória. Também uso este argumento, mas algumas vezes empatar fora de casa pode ser um castigo para o time que é infinitamente superior ao adversário. Foi assim que analiso o empate do Criciúma em Chapecó.

A diferença do Criciúma comparado com a Chapecoense é brutal. O time do oeste justificou plenamente sua presença na zona de rebaixamento do campeonato e somente conseguiu um pontinho pela enorme quantidade de gols que o Criciúma perdeu na reta final do jogo.

Aí pode-se argumentar que a Chapecoense teve alguns movimentos ofensivos que levaram perigo. Verdade, foi uma bola que desviou na trave do Alisson e que o Marcelo Hermes tirou uma bola em cima da linha ainda quando o Criciúma estava vencendo. Mas, foi só.

No mais, o Criciúma dominou a maior parte do jogo e na reta final mostrou sua maior dificuldade em transformar em gols as muitas chances criadas. 

A Chapecoense perdida em campo, nos últimos 10/15 minutos não conseguiu passar do meio-campo, errando passes, entregando a bola, sua trave salvando e certamente saindo aliviada com o empate, mesmo continuando na zona da degola.

Por isso que afirmo: o empate do Criciúma em Chapecó deve ser lamentado por uma partida que poderia perfeitamente ter vencido até com folga.

Mais um vexame proporcionado pela CBF numa acachapante derrota na Europa, agora para uma seleção africana. Aliás, desde o Catar, a Seleção Brasileira foi derrotada por Camarões na Copa do Mundo e por Marrocos e Senegal. Virou freguesa dos africanos. 

Causa preocupação e não somente de minha parte, mas de quem aprendeu respeitar a seleção nos seus três primeiros títulos mundiais. Os outros dois foram consequências do até então desorganizado futebol europeu. 

A partir de 2002, os europeus iniciaram um processo de remontagem em todos os níveis, nos gramados, no investimento nas categorias de base e na organização do calendário que permite em todas as datas disponíveis os confrontos entre suas seleções. 

Enquanto isso, a CBF, que tem na Seleção Brasileira sua galinha dos ovos, de ouro viu seu time não conseguir disputar sequer uma final de Copa do Mundo desde 2006. Pela ordem, França, Holanda, Alemanha, Bélgica e Croácia acabaram com o sonho do hexa dos brasileiros.

E o vexame é tanto que o presidente da CBF ficou quase de joelhos para o Ancelotti aceitar ser o técnico da seleção na próxima Copa, na maior humilhação já sofrida pelo país em se tratando de futebol, superando, inclusive, os 7x1 de 2014. 

Chamou o técnico Ramón Menezes para ser o boi de piranha que, coitado, não tem o mínimo tempo para montar o time. Qualquer time médio do futebol brasileiro ganha com folga de Guiné. Quando o Brasil teve que enfrentar uma seleção de um nível mais superior foi aquilo visto em Portugal.

De vexame em cima de vexame seguimos em frente num calvário patrocinado pelos incompetentes cartolas do futebol brasileiro.
 

Em novembro do ano passado depois de comandar o Athletico Paranaense na decisão da Libertadores, derrotado pelo Flamengo o técnico Luiz Felipe Scolari avisou que estava terminada sua carreira, vitoriosa, como técnico de futebol.

Estudava ser diretor do clube paranaense o que acabou acontecendo e escalou como técnico Paulo Turra, seu fiel escudeiro. O trabalho da dupla até então vinha sendo positivo com boas campanhas na Libertadores e no campeonato brasileiro deste ano.

Causou estranheza Felipão aceitar o convite para treinar o Atlético-MG. Mas, ficou novamente confirmado que o futebol repete a política. Nada é definitivo quando se tomam decisões que podem ser revisadas com o passar do tempo.

A mudança de partido, no caso clubes de futebol, além da ideologia são motivos que sugerem outros motivos, principalmente o financeiro.

No caso do Felipão, questão financeira não é o caso. Depois de longos anos na ativa, com bons contratos e vencedor de importantes competições deve ter sua vida e de seus dependentes tranquila por várias gerações.

Sua saída do Athletico motivou a diretoria do clube demitir Paulo Turra que voltará a ser seu escudeiro no time mineiro.

Por que a mudança? Não interessa a ninguém, somente a comprovação que uma verdade tem vida curta também no futebol. 

O Vitória me fez lembrar da história da vaca que foi vista no alto de um poste. Ninguém sabe como subiu, mas é certo que vai cair. Causa surpresa ver o time baiano tantas rodadas na liderança da série B.

O Criciúma enfrentou um adversário que não colocou nenhum tipo de problema que ameaçasse sua vitória pela forma correta como se postou após fazer o gol no princípio do jogo.

Até o gol aos 15 minutos o Criciúma já dava mostras de superioridade e ficou a seu feitio administrar a vantagem. Fez um jogo físico muito forte, mesmo com os desfalques no meio de campo soube se recompor como tem sido talvez sua maior virtude, consolidando de maneira efetiva um setor defensivo que sofre poucos gols.

No segundo tempo todo deu a bola para o Vitória que mostrou não saber como atacar levantando muitas bolas facilitando a defesa e nas raras vezes em que conseguiu alguma vantagem não soube aproveitar, tanto que o Gustavo quase não trabalhou.

Aliás, no seu melhor estilo o goleiro do Criciúma levou cartão amarelo pela teimosia em atrasar a reposição. Já está manjado pelos árbitros.

Joga bem, joga mal, novamente joga bem o Criciúma vai avançando no campeonato oscilando como todos os times num campeonato longo em que fica difícil manter a regularidade e uma boa sequência de resultados positivos.

O importante foi o time responder positivamente depois da derrota em casa e uma vitória sobre o até então líder dá moral e tranquilidade para a o que virá pela frente.
 

A Série B de 2022 foi a mais difícil para os times médios e pequenos do futebol brasileiro. A presença do Cruzeiro, Grêmio e Vasco da Gama, em princípio deixava apenas uma vaga em aberto para o acesso. Bahia e Sport também podem ser incluídos na primeira prateleira entre os times da Série B.

Depois de 11 rodadas, o Cruzeiro era o primeiro colocado com 28 pontos trazendo o Bahia em segundo com 22, o Vasco da Gama em terceiro com 21 e o Sport com 18 na quarta posição. O Grêmio era o quinto colocado com 17.

Agora, em 2023, apenas o Sport que foi sétimo colocado no campeonato anterior é cotado como favorito para o acesso. E vai justificando este favoritismo, pois atingiu a quarta posição com 20 pontos a cinco pontos do líder Vitória e com dois jogos a menos.

Além do Sport, Vitória, Vila Nova-GO, Criciúma e Ceará são times com tradição e estão entre os sete melhores depois de disputadas 11 rodadas.

Ainda é cedo para cravarmos os quatro que irão subir, mas comparando com 2022 o campeonato deste ano vai mostrando uma tendência que deixa em aberto a briga pelas quatro primeiras posições.

Só lembrando que, em 2022, o Criciúma estava na nona posição com 13 pontos depois de 11 rodadas. Agora, é o quinto colocado com 20 pontos depois de 11 jogos.
 
 

Nem a força da torcida, que propiciou recorde de público no Heriberto Hülse, deu jeito no time. Novamente o Criciúma voltou a ter um desempenho ruim que determinou sua segunda derrota em casa nesta série B.

Até podemos admitir que fora de seus domínios o time tenha dificuldades, quase todas as equipes sofrem quando visitantes, mas não é justificativa. Pior é quando não conseguem apresentar um futebol mais consistente quando jogam em casa.

A forma de jogar do Criciúma tem que ser repensada pelo técnico, o segundo tempo contra o Atlético-GO iludiu a todos e contra o Juventude o time voltou ao modo de antes, sem criatividade, sem força ofensiva e vivendo para encontrar uma bolinha salvadora.

O Juventude que vem escalando a classificação com seis vitórias seguidas também criou pouco, mas encontrou uma bola parada para fazer seu gol depois do Gustavo operar novamente um quase milagre.

Chances mesmo o Criciúma teve apenas uma no último segundo quando o Torrão recebeu livre na área pela direita e jogou para fora. Um chute cruzado do Fellipe Matheus exigiu a única defesa do goleiro. No mais foram chuveirinhos na área facilmente controlados pela zaga e goleiro do Juventude.

Depois de 11 rodadas pela primeira vez o Criciúma fica fora do G-4 com os mesmos 20 pontos do Sport que tem dois jogos a menos, mas tem como ameaça o Mirassol e o Ceará, ambos com 19 e o Juventude agora sexto colocado com 18 pontos.

Sinal amarelo para o time do Tencati que irá enfrentar em Salvador o líder Vitória na próxima rodada.   

O jogo de hoje à noite mostrou um Criciúma completamente diferente do que vinham apresentando nas últimas rodadas.

Desde o primeiro tempo em que deu amostragem do que faria durante todo o jogo, fez um segundo tempo de alto nível mostrando autoridade de quem joga em casa e uma superioridade incontestável sobre um adversário cotado para o acesso.

O esquema com três jogadores de características ofensivas, podemos dizer todos eles atacantes, mas com um trabalho de participação na marcação para evitar a sobrecarga nos homens de meio. 

Este dispositivo deu à equipe o equilíbrio para comandar o jogo contando também com o ótimo desempenho dos laterais, alas, que trabalharam muito forte pelos lados do campo.

O que mais chama atenção é a força defensiva do time. Chega a ser absurda a forma como é feita a recomposição nas poucas vezes em que o adversário consegue esboçar um contra-ataque. Também é digno de registro a vantagem na quase totalidade dos confrontos individuais.

O Cláudio Tencati teve inspiração ao colocar o João Carlos, num momento em que tinha o 1x0 a favor sabendo que o Atlético iria se atirar ao ataque e o atacante foi decisivo nos outros dois gols que geraram a primeira vitória do time pela diferença de três gols.

Depois de vários jogos com desempenho ruim, apesar dos resultados, a vitória de hoje foi um ponto fora da curva e deixou a expectativa, se repetir o desempenho, de um caminho positivo para a sequência do campeonato.

O Criciúma começou a rodada na 3ª posição e a manteve depois dos jogos de sábado, dependendo de uma vitória em Mirassol para assumir a liderança nesta 9ª rodada.

Os empates do líder Vitoria na Ressacada e o empate entre o Atlético-GO e Botafogo deram ao Tigre o privilégio de ocupar a liderança caso vencesse no interior de São Paulo.

Novamente, o time do Cláudio Tencati foi ineficiente e não conseguiu encontrar o caminho do gol do adversário. O ataque foi modificado com a entrada do Fabinho no lugar do Vizeu e mesmo com o tão solicitado “beirada”, termo da moda, os meias e laterais de novo fracassaram e a derrota foi reflexo do mau jogo realizado.

Pergunta: Alguém viu o Marquinhos Gabriel por aí? 

Tenho repetido inúmeras vezes que a campanha não tem reflexo nos resultados. Bem ou quase sempre o mau desempenho fica ofuscado por algumas vitórias, a maioria delas sufocadas pelos adversários.

Ainda assim, o Criciúma termina a rodada na zona de classificação, agora caindo uma posição. É o 4º colocado e jogará em casa na sexta-feira contra o Atlético-GO, que despencou para o 7º lugar com 16 pontos, no entanto a um mísero pontinho do G-4. 

Portanto, é confronto direto. Que o Tencati dê um jeito neste time, pois a derrota decretará o Criciúma fora do G-4.

De novo o goleiro Gustavo salvou mais uma vitória do Criciúma. Quando o time pela sua incapacidade não conseguia vencer, o goleiro salvava o empate e fazia com que o Criciúma sempre pontuasse e avançasse na classificação.

Contra o Sport, depois de um gol na abertura do jogo que sugeria uma vitória tranquila, o que se viu foi um time com poucas soluções ofensivas e com o passar do tempo apostando na espetacular forma de seu goleiro. Inclusive foi dominado em quase todo o segundo tempo.

Quando o Gustavo não chegava na bola a trave resolvia e foi assim mais uma vez nesta quarta-feira.

Não posso deixar passar que o miolo defensivo, mesmo com algumas dificuldades, principalmente para neutralizar o Vágner Love, principal atacante do adversário, teve um desempenho de acordo com a forma de jogar do time. Faz um gol, aposta na defesa no grito da torcida e joga todas as fichas no goleiro disparado o melhor jogador do Criciúma. 

E que não venham discutir. Este tem sido o DNA do Criciúma nos últimos anos. 

Caso o Criciúma consiga o acesso e pelo início tem potencial para tal, o clube tem obrigação de colocar no pátio do Heriberto Húlse uma estátua para Gustavo.

Até jogar contra o Vila Nova na rodada anterior, o Criciúma estava sobrando na Série B depois de cinco jogos com quatro vitórias e um empate. Esses cinco jogos foram disputados com times na segunda página da classificação. 

Avaí, Ituano, Tombense e Ponte Preta foram presas fáceis e o empate no jogo contra o Londrina. A partir do jogo contra o Vila Nova, o Criciúma enfrentou times que brigam pelo G-4 e mostrou dificuldades para continuar na escalada de resultados positivos.

Em Goiânia, foi sumariamente amassado pelo Vila Nova e o empate aconteceu pela espetacular atuação do goleiro Gustavo. E neste domingo, contra o Ceará, novamente, o time fez um jogo muito ruim sem soluções para avançar no placar e achou um gol num chutaço do Marcelo Hermes que foi ao encontro do braço do jogador adversário.

Até se pode argumentar que os desfalques foram decisivos para a má atuação. Concordo, mas mesmo quem entrou não conseguiu fazer nada mais que jogar a bola na área pelo alto facilitando a defesa do Ceará garantir a vitória conquistada no primeiro tempo.

Mesmo com a vitória, o Ceará ainda permanece no 11º lugar, mas mostra um poder de reação para confirmar, como na previsão, que tem condições de brigar pelo acesso, afinal, ainda faltam 31 jogos para o final do campeonato.

Quarta-feira, o Criciúma terá um desafio dos mais indigestos. O jogo será novamente em casa contra um Sport que tem jogos atrasados e pode entrar na zona de acesso. Com o retorno dos titulares, certamente a perspectiva é de um futebol melhor que nos dois últimos jogos.

A força na torcida não foi suficiente para o Criciúma manter a invencibilidade em casa e no campeonato. Quem sabe agora com a casa novamente cheia, o time possa render mais e deixar os torcedores mais otimistas com relação ao futuro.

Os jogos que iniciaram a 7ª rodada da série B com as derrotas do líder Vitória e o empate o Atlético-Go deixaram o Criciúma na 3ª posição. Nada que não possa ser revertido com o jogo do Tigre amanhã contra o Ceará no Heriberto Hülse.

Mais um time neste início do campeonato se credencia pela briga pelo acesso. O Mirassol que derrotou o Vitória mostrou capacidade, pelo menos nestas sete rodadas para sonhar com um possível acesso.

De qualquer maneira o Criciúma que mesmo com desfalques de titulares tem nas arquibancadas o diferencial para buscar os três pontos que o levarão para a liderança ao final da rodada.

A briga é boa e intensa, com vários times buscando o G-4 que não quer dizer muito, mas mostrando apenas uma tendência sobre o futuro da competição.
 

O empate do Criciúma em Goiânia é um resultado que mostra aquilo que um time precisa para chegar ao título. Todos concordam que ficar entre os quatro primeiros nesta série B representa uma conquista, independente da posição. 

Contra o Vila Nova o Criciúma teve uma atuação espetacular do goleiro Gustavo e a inestimável ajuda das traves do estádio.

Jogando durante uma parte do jogo quando teve o Eder expulso e boa parte do segundo tempo com dois jogadores a menos o Criciúma foi massacrado pelo Vila Nova que não teve a competência para escapar da presença do Gustavo e a hostilidade das traves que impediram os três gols de uma grande vitória.

Um comentário para reflexão da comissão técnica comandada pelo Cláudio Tencati. O estado de alta tensão dos jogadores que entenderam ter havido uma falta a favor não marcada para na sequencia cometerem a falta que o árbitro sinalizou. 

O incidente gerou um protesto inexplicável que resultou em três cartões amarelos para na sequencia aparecer o cartão vermelho mostrado ao Eder. Vamos combinar, o atacante com sua experiencia de tantos anos no futebol italiano e na seleção da Itália jamais poderia ter a atitude que teve e o cartão vermelho foi bem aplicado.

Inclusive em muitos dos jogos anteriores o jogador quis mostrar seu status e teve atitude semelhante para complacência dos outros árbitros, tipo querer apitar o jogo.

A instabilidade emocional do time do Criciúma quando se vê acuado em campo é preocupante. O campeonato é longo e por mais que o time venha fazendo ótima campanha a continuar assim os nervos podem colocar tudo a perder.
  

Com o fechamento da 5ª rodada da série B o Criciúma ao derrotar o Ituano manteve a ponta com 13 pontos. O Vitória com 12 é o segundo e até agora o único 100% de aproveitamento e com um jogo a menos.

Também com um jogo a menos o Vila Nova, próximo adversário do Criciúma ficou com 10 pontos na quarta posição. Caso o time goiano vença o confronto poderá tomar a liderança do Criciúma. O Atlético-GO é o terceiro com 11 pontos.

Outro com três jogos atrasados é o Sport que tem dois pontos. O motivo do atraso foi pelo fato do Sport ter disputado as decisões do campeonato pernambucano e Copa do Nordeste. Caso vença estas três partidas que ainda serão jogadas certamente brigará pela ponta da tabela.

O fato de ser líder tem sua importância pela motivação dos jogadores, pela empolgação dos torcedores e mesmo ainda sendo muito cedo fica um gostinho da possibilidade de acesso.

Com cinco rodadas o Criciúma já acumula quatro pontos de vantagem sobre os quintos colocados. Permanecer no G-4 é fundamental, por isso, independente dos resultados fora de casa é fundamental que o Criciúma consiga as vitórias dentro do caldeirão do Heriberto Hülse para ficar cada vez mais longe do time que ocupará a quinta posição na classificação.