Antes mesmo do decreto do Governo do Estado de paralisação do transporte público urbano e proibição de concentração de pessoas em espaços de uso público vir à tona, a Associação dos Municípios da Região de Laguna (Amurel) já estava propondo um “mini lockdown”. A medida regional, que impõe o fechamento do comércio pelo prazo de nove dias, apresentado em 15 de julho, no entanto, não foi seguida por todos os municípios.
A Amurel conta atualmente com 44 óbitos e 4.195 registros do novo coronavírus, dos quais 2.869 já estão recuperados - restando, então, 1.282 casos ainda ativos. Tubarão é o município mais afetado pela doença na região, possuindo 284 casos ativos e 16 mortes. Foi de Tubarão, a maior cidade da Amurel, que partiu o princípio de lockdown na região.
“Nas últimas semanas nós percebemos, pelo mapa de risco de Santa Catarina, que a nossa região da Amurel está como risco gravíssimo. A ação mais efetiva que temos visto no mundo é o isolamento social e, em virtude disso, lançamos um decreto regional para quarentena por pelo menos nove dias. Essa ação tem que ser efetiva, para que possamos minimizar a transmissão do vírus na região”, declarou o presidente da Fundação Municipal de Saúde de Tubarão, Daisson Trevisol.
Braço do Norte, Rio Fortuna e Grão Pará haviam decidido por não aderir ao decreto regional da Amurel mas, após a recomendação do Ministério Público, decidiram seguir as medidas restritivas adotadas pela região. Braço do Norte é, inclusive, o segundo município mais afetado pela Covid-19 na Amurel, com 199 casos ainda ativos e 5 mortes.
Apesar disso, dos 18 municípios pertencentes a Amurel, três ainda não cumpriram a recomendação regional de implementação de lockdown: Sangão, Imbituba e Jaguaruna. Os três estão sob o vigor de decretos municipais com medidas de contenção de atividades.