Limitações, dificuldades, desafios. Todas essas são palavras que os alunos da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Meleiro, no Extremo Sul (Amesc), aprendem a superar todos os dias, das mais variadas formas.
Desta vez, eles deram uma linda prova de sua capacidade motora e intelectual com a exposição denominada de "Movimentos Artísticos", que tem como tema a "Arte como Ponte de Inclusão".
Além de mostrar toda a habilidade na hora de praticar a pintura e criar arte nos manequins, os alunos, antes de pegarem tintas e pincéis, estudaram muito os artistas e suas técnicas utilizadas, cada um na sua época.
"Foi feito uma panorâmica de todos os movimentos artísticos, desde o início da arte (pré história) até os dias atuais e, após isso, os alunos escolheram qual artista representar", explica o professor de artes Deridiel Anastácio.
"Todos nós conseguimos fazer"
Toda obra de arte tem um significado especial, uma leitura a ser feita ou decifrada. Com a obra dos estudantes da Apae de Meleiro não foi diferente.
"As releituras que os alunos da Apae produziram não foi diferente, ainda mais juntando a obra original do artista com o sentimento do aluno. A mensagem é essa: "todos nós conseguimos fazer", todos nós temos capacidade de criar algo e nos expressar, de ser um artista renomado ou não", explica Anastácio.
O professor destaca ainda que a exposição tem como intuito mostrar à sociedade que todos eles possuem capacidades extraordinárias, e que essa é uma oportunidade dos alunos mostrarem que são capazes de mover o coração das pessoas com seus feitos.
"E a arte no manequim foi fundamental para conseguirmos nos inserir em lugares públicos e apresentar uma exposição de qualidade e bem fundamentada", ressalta Deridiel.
A emoção dos alunos ao verem os resultados
Como em outras disciplinas, a cada nova conquista os alunos comemoram muito e ficam muitos felizes com os resultados.
"A arte faz isso, enquanto você está fazendo uma produção artística, ela vai despertando a imaginação, a criatividade, a arte te faz sentir bem, e a autoestima para nossos alunos é de muita importância, eu apresento a atividade e a arte se encarrega do resto, o resultado pode nos impressionar de muitas maneiras", finaliza o professor.
Parceiros foram fundamentais para a realização da mostra
O feedback positivo foi imediato para quem já teve a oportunidade de conferir de perto as obras dos alunos, exposição que só foi possível graças a parceria de algumas empresas como a Kalline Couros, Ghandi, Chico Bella e Doce Sono.
Além, é claro, dos centros comerciais que estão apoiando a iniciativa com a exposição das peças em seus espaços, como o Center Shopping, cuja exposição segue até o próximo dia 30/05, Criciúma Shopping, de 30/05 a 16/06 e Fundação Cultural de Içara de 20/06 a 04/07.
Além desses locais, a exposição deve passar ainda pelo Japonês Shopping em Sombrio, Shopping Della em Criciúma, e depois seguirá para Florianópolis em um espaço ainda a ser confirmado.
"Não estava em nossos planos tanta repercussão, mas graças aos nossos alunos isso foi possível, só gratidão por toda a vontade que eles têm de fazer as atividade e apresentar sempre um trabalho significativo e de muita admiração. Que através deste trabalho, a sociedade venha a ter um novo olhar sobre os alunos especiais e acreditar mais no potencial de cada aluno da Apae. Somos todos diferentes e limitados. Que possamos acreditar mais no potencial do outro, e gerar mais oportunidades de maneira igualitária", finaliza o professor Deridiel Anastácio.