Dengue: Sul não vive situação crítica, mas momento é de cautela e conscientização

Apesar de não passar por uma situação crítica em relação às outras regiões de Santa Catarina, o Sul deve ter cautela e conscientização com a Dengue. Segundo o diretor da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive), João Augusto Brancher Fuck, “esse é o momento de atuar”. Afinal, as variáveis seguem a mesma tendência de 2022, que registrou o maior número de casos até então.

“Não sei se podemos dizer que a situação está tranquila, a gente vê, na região Sul do Estado, que não tem uma transmissão acelerada, mas começamos a ver municípios em condição de infestação e isso é o primeiro ponto”, salientou Fuck. “Começa com a presença do mosquito, evolui para uma infestação e, depois, transmissão. Esse é o momento de atuar, justamente para conseguir reduzir essa presença do Aedes Aegypti e diminuir o risco de surtos e epidemias”, completou.

Desde o início do ano, foram notificados 167.586 casos suspeitos de Dengue no estado. Desses, 57.369 foram confirmados e 57.027 permanecem como casos suspeitos. No mesmo período de 2022, os suspeitos eram 41,2% menores em relação a 2023.

Em relação aos casos confirmados, apesar da diminuição em comparação ao mesmo período do ano passado (76.614 casos) é necessário cautela quanto a esta tendência. Segundo o último informe da Dive (de quarta-feira, 5), 57.027 casos permanecem como suspeitos no sistema de notificação.

“2022 foi um ano com muitos casos de Dengue em Santa Catarina, o maior número já registrado até então. Nesse ano, a curva é muito semelhante, temos visto uma transição bastante aceleradela em vários municípios catarinenses. Quando comparamos números de casos confirmados, esse número ainda é menor, mas ainda temos muitos suspeitos. Nós vemos um aumento dos casos confirmados nas próximas semanas”, alertou o diretor da Dive.