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Entenda a técnica utilizada na vacina de Oxford para Covid-19

Estudo da universidade britânica vem mostrando resultados positivos

Por Paulo Monteiro Criciúma - SC , 22/07/2020 - 13:25 Atualizado em 22/07/2020 - 13:26
Foto: divulgação
Foto: divulgação

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A Universidade de Oxford, do Reino Unido, divulgou no início desta semana resultados preliminares positivos sobre a vacina para Covid-19 que vem desenvolvendo. Segundo a universidade, a vacina é segura e induz resposta imune - isso em suas duas primeiras fases de imunização. Em entrevista ao Ponto Final desta terça-feira, 21, o pneumologista Renato Matos explicou a técnica utilizada pela vacina de Oxford.

Confira também - Avanços positivos nos estudos da vacina de Oxford para Covid-19

De acordo com o médico, a técnica usada tanto pela universidade britânica quanto por cientistas chineses, que também estão desenvolvendo uma vacina, envolve a extração de um adenovírus, que provoca resfriados comuns, de chimpanzés, a modificação de seu código genético e a injeção em uma pessoa.

“É como se a gente trocasse a camisa do adenovírus. Como se estivessemos com a camisa do Criciúma e colocássemos uma do Figueirense, que seria o coronavírus. O nosso sistema imunológico reconhece esse adenovírus modificado com a outra camisa como sendo um agente estrangeiro, invasor, que não é desejável no nosso corpo, e provoca contra esses novos invasores anticorpos extremamente potentes”, declarou Renato.

O estudo britânico foi testado em aproximadamente 1070 pessoas, todas sadias e com idade entre 18 e 55 anos de idade. Isso significa que ainda não se sabe se a vacina, caso venha a ser de fato efetiva, funcionará em crianças, pessoas com mais de 55 anos ou em pacientes com comorbidades.

Apesar disso, já é quase um consenso de que uma vacina para o coronavírus chegará antes de um medicamento efetivo. O tempo levado até então para conclusão de um estudo em uma primeira fase, quando comparado ao de outras pandemias, também anima os profissionais da área.

“São resultados animadores. O tempo em média para uma vacina ser planejada até chegar na sua fase 1 é de três à seis anos. Conseguimos isso em seis meses, é um avanço imenso para a ciência. São estudos preliminares e essa é a nossa grande esperança, alguns acham que no início de 2021 já tenhamos essa vacina para aplicação em massa”, disse Renato.

Tags: coronavírus

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