Desde a inauguração, em dezembro de 2017 - às vésperas portanto de completar dois anos de abertura ao tráfego -, a Via Rápida convivia com um problema de limpeza. Ocorre que um impasse burocrático não permitia a atuação do Governo do Estado na rodovia de 12 quilômetros que faz a ligação entre Criciúma, Içara e a BR-101. Veio a estadualização, em ato assinado pelo governador Carlos Moisés na semana passada, e um efeito prático já foi percebido.
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Trabalhadores estão atuando na roçada das margens da Via Rápida. O trabalho foi acelerado entre esta terça, 19, e quarta-feira, 20, com frentes de trabalho em diversos pontos. A extensão de dez quilômetros que compreende o território de Içara está praticamente concluída. Equipes se concentram em um ponto próximo ao viaduto de acesso à Segunda Linha e nas proximidades da BR-101, última parte a ser limpa.
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Havia dois quilômetros da rodovia, no trecho compreendido por Criciúma, que vinham sendo conservados pelo governo do município. Em uma das oportunidades em que encaminhou equipes para limpar a Via Rápida, um equívoco chamou a atenção. Os trabalhadores de Criciúma acabaram avançando Içara adentro, até serem advertidos do equívoco enquanto removiam mato do canteiro da estrada.
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Na extensão içarense era uma decisão do prefeito Murialdo Gastaldon de não agir, por se tratar de uma rodovia estadual. “Não é a nossa intenção assumir um serviço que é obrigação do Governo do Estado. E a Via Rápida, se ela nem estadual é ainda, nós não podemos nos envolver nesse imbróglio. Eu não sei nem como fica essa situação juridicamente, como é vista pelo Tribunal de Contas a possibilidade de a Prefeitura fazer a roçada em uma estrada com essa situação”, disse diversas vezes o prefeito Murialdo. Uma delas, em abril de 2019, na Rádio Som Maior.
Em diversos pontos da Via Rápida havia acúmulo de mato suficiente para encobrir a sinalização. Em outros locais, a roçada permitiu a visualização de lixo acumulado. A prática de descarte de inservíveis é comum na rodovia, mesmo havendo em vários pontos placas orientando e proibindo essa prática.
Outro fator que muda com a estadualização da Via Rápida envolve a segurança. Já houve diversas reclamações de insegurança. Agora, a Polícia Militar Rodoviária (PMRv) está autorizada a fazer operações e até fiscalizar a velocidade máxima, que é de 100km/h no trecho.
A expectativa agora, passada a estadualização e colocada em dia a limpeza, é para o avanço do projeto de iluminação da Via Rápida. A previsão é que a rodovia ganhe cerca de 400 luminárias, com expectativa de entrega da melhoria no primeiro semestre de 2020.
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